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𝐇𝐈𝐋𝐋𝐀𝐑𝐘
𝐃𝐎𝐈𝐒 𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐑𝐀𝐒

Já se passaram quatro meses desde que minha melhor amiga foi presa. Não tem sido fácil, as coisas viraram uma loucura de repente. Eu estou grávida de dezessete semanas, e a parte que mais me dói é saber que Hayley não vai estar comigo durante a minha gestação.

Me encaro no espelho alisando a minha barriga saliente que a cada dia cresce e me pego imaginando como seria se ela estivesse aqui. Um de seus sonhos era me ver grávida, mesmo que fosse uma brincadeira entre nós duas, ela sempre dizia que seria madrinha dos meus filhos. Sorrio para o espelho imaginando como seria sua reação ao descobrir.

Os últimos meses foram difíceis, ver Jaden Hossler dominar tudo o que ela trabalhou duro para conquistar me machuca a cada dia. Ele quer destruí-la. Isso é tudo o que vemos. Eles destroem um ao outro sem piedade, mas sei que no fundo queimaram o mundo um pelo outro.

Vinnie aparece em meu campo de visão vindo até mim. Ele me abraça por trás colocando a mão sobre minha barriga, e então, sorri deixando um selar em meu pescoço.

-Vamos ficar bem. - É tudo o que ele diz, mesmo me confortando ainda sinto que falta algo. Ainda me falta ela.

 Ainda me falta ela

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𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Não sei em que momento acabei adormecendo, porém meus olhos se abriram devagar, sentindo o colchão macio me abraçando, me desperto quando me lembrei que não foi ali que decidi passar a noite.

Ao tentar me levantar notei que minhas mãos e pés estavam presos na cama. Então eu gritei, mas não precisou de muito pois o cheiro de tabaco incendiou meu olfato e assim que olhei para o lado notei Jaden sentado em uma poltrona apenas me observando. Ele se levanta calmo e sereno vem até mim com um pano em sua mão.

-Abre a boca. - diz ríspido.

-Vai se fuder.

Sua mão vai para meu maxilar abrindo minha boca a força, enfiando o pano dentro. Grito para xingá-lo mas é em vão já que tudo é abafado.

-Agora podemos continuar. - ele se afasta até uma escrivaninha próxima.

Meus olhos arregalaram, comecei a balançar meus pulsos e pés presos tentando me soltar mas não pude. Suas mãos abriram meu caderno, ignorando meus gritos abafados ele começa a pronunciar.

-Vingança é um prato que se come frio, mas quando o seu inimigo está a passos de você, tudo poderia ser diferente. Eu poderia acabar com tudo, mas tenho que fazê-lo sofrer assim como ele me fez. — não importa o que eu faça ele continuava a ler. Ele pula uma boa quantidade de páginas então continua. - Tenho nojo de seu toque, de sua fala. Mas mesmo assim eu o beijei de volta. - Com pressa ele passa para última página, eu sei o que vinha por fim.

Suas mãos jogam o caderno para o outro lado do quarto quando ele pega a carta em mãos. Minha visão fica turva assim que ele começa.

—Eu não vou ler isso de novo, porque eu sei que você mentiu. — ele cospe as palavras como se a carta não fosse nada, uma lágrima escorre quando ele a rasga em minha frente. —Sabe porque eu matei o seu pai? Porque ele matou quem eu amava primeiro. Ela matou a minha mulher porra, na minha frente.

Minha mulher.

Duas palavras fizeram o meu corpo se inundar de ódio. Meus olhos pararam no seus, meu corpo parou enquanto em meu interior uma bomba relógio anunciava explodir.

Minha mulher. Porra não ela não é a merda da sua mulher.

—Ele matou ela, com uma bala no pescoço. Então eu matei ele e agora você quis me matar. Você teve a chance e falhou. Agora essa porra toda me pertence, sabe porque Hayley?

Cuspo o pano da minha boca em direção a ele.

—Se você não calar a boca, a próxima bala vai ficar alojada no seu pescoço. — Jaden vem para perto de mim jogando a carta rasgada no chão. —Eu te odeio.

—Eu também odeio você. Mas sabe de uma coisa, eu não ligo porque agora você me pertence. — Hossler se senta ao meu lado enquanto eu puxo meus braços querendo me soltar. — A porra dos nossos pais se conheciam Hayley, estamos ligados a mais tempo do que você imagina. — suas mãos seguram minhas bochechas me fazendo concentrar nas suas últimas palavras. — O filho da puta do seu pai não matou a minha namorada porque os pais dela deviam a ele, ele matou ela porque eu já era seu!

Com isso ele me larga se levantando. Eu não ousei me mover para falar algo, minha mente girou nos acontecimentos. Ele está mentindo.

—Você tá blefando. — ele vira o rosto em minha direção. —Você quer me manipular.

—É a porra de um contrato, feito quando você nasceu. Seus pais deviam ao meu então ele te prometeu pra mim. Uma união entre duas máfias. Meu pai nunca foi a merda de um empresário.

Com suas últimas palavras Hossler sai do quanto me deixou só. Eu não consigo digerir as informações. Muita coisa em pouco tempo. Isso não pode estar acontecendo é a porra de um pesadelo.

Aquilo não podia estar acontecendo. Eu não posso pertencer a ele. Meu pai nunca faria isso. É um contrato suicida.

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𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora