𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳ

14

𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Não faço ideia de que horas são, mas, considerando o sexto drink na minha mão e o modo como Hillary e eu dançamos, posso afirmar que estamos aqui há bastante tempo. Tomo o último gole do meu Manhattan, sentindo a sede por álcool invadir minha boca como uma velha conhecida.

— Hillary, vou pegar mais bebida! — grito, vencendo a barreira da música alta. Ela acena, sem interromper seus passos desconexos.

Caminho entre corpos suados e agitados — uns agrupados ao redor das strippers, outros apenas se movendo como podem. Um verdadeiro inferno.

Não sou exatamente fã de multidões, por isso costumo escolher áreas VIP. Mas, hoje, algo me empurra para fora da minha rotina. Paro diante do barman e peço, pela quarta vez, mais um Manhattan.

Viro-me para o salão enquanto ele prepara minha bebida. Meus olhos passeiam pelo ambiente enquanto me sento num dos bancos, cruzando as pernas com calma.

— Oi. Será que posso te pagar uma bebida? — uma voz grave ao meu lado me arranca da dispersão.

O homem é alto, moreno, com um corte provavelmente high fade e perfume amadeirado que quase me faz concordar automaticamente.

— Obrigada, mas já está pago — respondo com um sorriso contido no canto da boca.

— Que pena. Mas ainda assim, posso te convidar para subir ao camarote comigo?

— Vai ser um prazer — respondo, aceitando minha bebida deixada no balcão. — Mas antes, preciso saber seu nome.

— Adam.

A mão dele passa pela minha cintura, incentivando minha caminhada ao seu lado. E eu vou. Um arrepio me percorre a espinha — adrenalina e uma leve sensação de perigo. Estou consciente, não estou nem perto de alcoolizada. E por isso mesmo, não me preocupo.

Hillary, provavelmente, vai acabar nos braços de algum homem como sempre, e eu terei que passar a noite no meu apartamento. Subimos as escadas em direção à área VIP, quase vazia.

Um aperto repentino na minha cintura me arranca o fôlego. Respiro fundo tentando não sorrir. Meus olhos se fixam em um casal mais afastado, quando nos sentamos em um dos sofás.

A garota de corte chanel rebola no colo de um homem, enquanto ele aperta as bochechas da bunda dela com uma força desnecessária. Engulo seco, tento desviar os olhos, mas fico presa à cena.

— Se quiser, a gente pode fazer igual a eles. Só que melhor — murmura Adam ao meu ouvido, a voz rouca provocando um arrepio em mim.

Ele me puxa para seu colo, deixando um beijo úmido em meu pescoço. Mordo o lábio inferior ao sentir seu membro rijo pressionado contra minha bunda, mesmo coberto pelo jeans.

Meus olhos ainda estão presos na garota quando vejo ela se esfregar no homem abaixo dela. Ele estala um tapa firme na coxa dela e sua cabeça despenca no ombro dele. Meus olhos se arregalam.

Empurro minha bunda contra a virilha de Adam quando meus olhos encontram o azul cortante do comandante. Deus... Estou realmente excitada por ver meu inimigo com outra mulher?

Aquele azul oxford que me hipnotiza de longe me prende completamente. Mordo o lábio com mais força ao ver o sorriso cínico se formando na boca de Hossler. Deixo minha cabeça cair no ombro de Adam, que continua beijando meu pescoço, sem saber que virou peça de um jogo bem mais complexo.

A mão dele sobe lentamente entre minhas pernas.

Com um movimento ágil, viro-me de frente para Adam, posicionando uma perna de cada lado do seu corpo. Rebolo em seu colo devagar, olhando diretamente em seus olhos, e então me aproximo de seu pescoço, percorrendo minha língua até o lóbulo de sua orelha. Mordo levemente a carne macia. Ele geme baixo e segura com força minha cintura.