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E SAIU A NOTÍCIA QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU



𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Acordo sozinha, não há ninguém na cama, muito menos algum movimento pelo apartamento.

Bocejo me espreguiçando entre os lençóis macios, esfrego meus olhos antes de me sentar na cama. Por mais que eu tenha dormido ainda me sinto cansada.

Há um leve gosto de tabaco no fim da minha boca me fazendo recordar da madrugada de hoje. Prendo o cabelo em um coque mal feito e me levanto. Arrumo a cama e saio andando pela casa, mas é bem notável que Jaden não está aqui.

Aproveito para ir logo para o elevador e sair daqui como eu pretendia fazer de madrugada. Dessa vez o botão circular fica verde e em pouco tempo a porta se abre para mim. Agradeço internamente e aperto o botão do meu andar em seguida.

A porta abre revelando meu lar, entro arrastada indo direto para meu quarto. Graças a Deus as cortinas estão fechadas deixando o quarto um breu. A manhã está fria e como ainda estou meio sonolenta me enfio para debaixo do cobertor sem me importar.

Em pouco tempo caio no sono novamente.

A sensação é como estar caindo em um poço, tudo está escuro mas de repente sinto passos, meus olhos abrem e então vejo sangue ao meu redor. Minhas mãos sujas estão sujas pela tinta fluida que escorre pelo chão de mármore branco.

Eu não consigo entender, tudo está lento, estou ajoelhada no chão e não consigo mover um músculo sequer. Respirar parece impossível.

Meus olhos por algum milagre avançam para cima e então vejo meu pai morto, um pouco distante de mim jorrando sangue por todos os ferimentos de tiro.

Não consigo gritar, não consigo fazer nada, minha garganta está fechada me impedindo de respirar normalmente, lágrimas escorrem por minha bochecha.

Eu preciso acordar.

Preciso acordar.

Preciso acordar.

Em um pulo eu me levanto quase caindo da cama, estou suada, minha respiração acelerada e meu coração está disparando do peito, tão forte que penso ser indício de um infarto.

Faz algum tempo que não tenho tido pesadelos, mas pelo visto eles decidiram voltar para me açoitar e me mostrar que a minha tranquilidade durante esses dias tem sido uma farsa passageira.

Respirando fundo eu pego meu notebook no cômodo ao lado da minha cama. Procuro por assassina vermelha nos noticiários mas não há muitas notícias recentes a não ser uma de alguns dias atrás onde diz que a polícia está com o caso sob controle, o que é uma mentira.

Com Vinnie no controle de todo o plano eu não tenho nada para fazer, a não ser ficar vegetando no meu apartamento. Ainda são por volta das onze então decido levantar.

Tomo um banho, mesmo sendo inverno os dias em Los Angeles ainda são bem quentes, então visto um vestido de verão branco soltinho com um decote em V, nada muito vulgar. Calço uma sandália e arrumo meu cabelo antes de sair.

Penso em preparar algo para almoçar mas por conta do horário decido que será melhor almoçar fora e passar no supermercado para comprar alguns alimentos.

𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora