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𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Bryce levou o corpo de Claire para análise essa manhã, as coisas correram como deveriam ao longo do dia. Cooper, saiu essa tarde para ocupar o apartamento que alugou não muito longe do departamento.

Estou usando um moletom largo, calça legging e um tênis, todos pretos, minha máscara está em minhas mãos e eu sigo plantada desde às sete da noite em meio às árvores pouco distante do quintal da mãe do comandante. 

A casa fica literalmente de costas para um parque florestal, se não fosse pela cerca de arame de quase um metro e meio eu teria amplo acesso à hora que eu bem entendesse. Pelo meu relógio de pulso vejo que não se passa das nove e meia quando uma luz se acende dentro da residência, essa noite será um verdadeiro show de horrores para apenas uma pessoa.

Algumas luzes vão se acendendo até que o homem chegue à suíte, onde dá vista para as árvores ao meu redor. A parede inteiramente de vidro não está coberta pela cortina, o que me dá noção de cada coisa que ele faz.

Mesmo de longe consigo enxergá-lo retirando o suspensório da arma em sua coxa seguido pelo cinto da calça que suspende o distintivo e por fim a bota em seus pés, quando as mãos chegam na barra da camiseta para arrancá-la seus olhos se voltam para a parede de vidro. Sei que ele não pode me ver pois estou em meio às sombras mas mesmo assim um pequeno frio passa pelo meu estômago com a sensação de ser pega em flagrante.

Um pensamento passa por minha mente imaginando o que ele faria se me encontrasse aqui, o que ele diria. 

Ele sabe, eu sei que ele sabe que há alguém o observando.

Ele pega o celular e não duvido que ele está checando as câmeras que ele mesmo colocou ao redor da casa. O telefone é jogado de volta para onde foi retirado e então ele sobe a camiseta a jogando em cima da cama, como se ver as câmeras fossem suficientes. 

Vejo de longe pela pequena janela do banheiro a luz se acender, eu não tenho muita escolha a não ser ficar aqui e esperar que ele durma e prosseguir o plano. 

Meu cabelo está preso em um coque, a brisa fria e suave passa pelas minhas orelhas deixando-as geladas, não me dando outra alternativa coloco a touca preta na cabeça tampando minhas orelhas.

Os minutos se passam até que ele saia do banheiro enrolado apenas com uma toalha na cintura. Deus, eu queria poder dizer que este homem é feio, mas obviamente estaria mentindo.

As tatuagens cobrem ambos braços e seu abdômen, mesmo de longe consigo enxergar pequenos desenhos na sua perna esquerda. Jaden é literalmente um caderno de desenho humano.

As mãos rodeiam a toalha na cintura e então a puxa para longe do corpo magro musculoso, na mesma hora abaixo a cabeça. Eu nunca reparei no corpo que ele tem, nem mesmo quando o levei para a caverna, mas pelo o que eu vi sei que seus músculos mesmo sendo poucos são adequados para si. 

Balanço a cabeça ainda olhando para baixo tentando arrancar a curiosidade de levantá-la. 

[...]

As luzes da casa já se apagaram a uma hora, Bryce já me avisou pela escuta que Vinnie desativou toda casa e congelou as câmeras. 

Minha máscara está posta em meu rosto quando começo a escalar a cerca de arame, passo uma perna de cada vez e então pulo. Assim que chego ao chão caminho para a porta dos fundos, pego a cópia da chave em meu bolso do moletom abrindo a porta com cuidado para não fazer barulho.

Caminhei para dentro devagar, a casa silenciosa e escura me dá a sensação de frio na barriga pela adrenalina. Indo para a porta da frente abro e deixo com que Bryce entre com uma sacola de viagem extra grande.

Bryce foi para sala de jantar enquanto subi as escadas até o quarto do comandante, a porta entreaberta me dá uma meia visão do quarto.

Abro a porta devagar entregando e notando a respiração pesada vindo do homem deitado na cama. Caminho em passos leves até a mesinha da cama onde seu celular se encontra.

Minha mão coberta por uma luva vai de encontro com o telefone mas eu paro de imediato quando ele se mexe ficando de frente para mim. Não faço nenhum movimento, pela leve luz da lua que entra pela janela vejo seus olhos fechados. 

Desplugo o celular do carregador e volto lentamente para o andar de baixo, o cheiro nada agradável do corpo entrando em decomposição me faz querer tirar a máscara e tampar o nariz. 

O corpo de Claire está deitado em cima da grande mesa de jantar, coberta por um pano branco. Deixo o celular em cima dela enquanto eu e ele nos afastamos para sair de casa. 

O carro dele está estacionado na esquina e o meu do outro lado do parque. Bryce sai pela porta da frente, já eu pela porta dos fundos, deixo ela aberta de propósito. Pulo para o outro lado da cerca me escondendo no escuro novamente. 

Puxo o celular descartável com modificador de voz e ligo no número do comandante, o número chama pela quinta vez e é quando a luz do quarto se acende.

Grave seu recado... — desligo ligando de novo e mais uma vez a chamada cai.

A luz da sala de estar é ligada e mais uma vez eu ligo no número do comandante, por uma das janelas eu consigo vê-lo ir em direção a sala de jantar empunhando uma arma para frente andando devagar em direção ao cômodo.

A chamada cai na caixa de mensagem e novamente eu ligo até que enfim ele atende.

O silêncio preenche a linha até que digo.

—Não importa o quanto você tente ou o quanto você queira isso, eu sempre estarei um passo à frente de você. — com isso eu desligo a chamada é o telefone.

Me viro entrando na floresta até que chegue do outro lado onde meu carro está. A Bugatti preta me espera exatamente onde a deixei, entro no carro pegando meu celular para avisar para Bryce que já estou bem.

Não passa das duas da manhã quando eu arranco com o carro, jogando o telefone descartável pela janela assim que atinjo uma velocidade alta o suficiente para saber que não sobrará nada dele.

Um sorriso se espanta quando lembro que verei a reação dele nas câmeras mais tarde. 

Odiei esse capítulo, sinto que nn me esforcei

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Odiei esse capítulo, sinto que nn me esforcei. Mas faz parte pq o 18 promete

 Mas faz parte pq o 18 promete

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𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora