🔫~P R E S A A U M T R A F I C A N T E~🔫 ( Em Revisão )

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Luana ...

Estava tudo bem aparentemente, até os fogos serem lançados pro alto, me assustei tanto que comecei a passar mal, Gv levantou correndo e foi vestir o colete, pegar arma e munição.

Gv: Luiza se tranca no quarto com ela e não sai por nada, ouviu porra?

Luiza: não sou surda Gustavo, Marcelo pega água pra ela. - ela pede e me ajuda a sentar - calma gata, você não pode perder esse bebê.

- o que tá acontecendo Gustavo? - ele resmunga em resposta.

Limpo meu rosto tentando permanecer firme, meus olhos encontram com os de Gv, ele parecia sério, o mesmo Gv de antes, tinha encarnado o modo Gv ignorante, eu reconheço quando ele está daquela forma de longe.

Gv: fica dentro de casa Luana - ele prende uma pistola no coldre da perna e atravessa a bandoleira do fuzil nas costas .

- cuidado por favor - ele se aproxima e eu dou um longo selinho nele.

Gv: relaxa ruivinha, eu vou voltar - confirmo aceitando o copo de água da mão de Marcelo. - qualquer coisa tu já sabe né ? - ele pergunta e Marcelo afirma com a cabeça. - fé aí - ele beija a cabeça de Marcelo e da Luiza rapidamente.

Vejo ele sair pela porta, a angústia e o medo toma ainda mais conta de mim, não posso perder ele.

Luiza me ajudou a levantar, nos trancamos no quartos e ficamos ouvindo a trocação de tiro.

Durou pelo menos três horas a invasão, eu tava banhanda de suor e fedendo por esta presa neste quarto com esse calor infernal.

Quando cessou mesmo, Luiza deixou que eu saísse, mas mesmo assim não pude ir muito longe.

Quando eu abri o portão Gv caiu nos meus pés, abaixei chorando e segurando sua cabeça entre as mãos.

- Gv fala comigo por favor - eu pedi entre lágrimas, ele sangrava pelo abdômen, pela barriga e braço.

Ele me olha  desnorteado, Luiza liga para os moleque trazerem o carro, enquanto isso vou pressionando os ferimentos e Marcelo me ajuda.

Gv: vocês...estão bem? - ele pergunta com os lábios cheio de sangue, ele respirava ofegante e me olha quase fechando os olhos.

- estamos bem, eu e o bebê, você precisa aguentar firme até o hospital por favor Gustavo, não me deixa - aperto minha mão em sua blusa chorando compulsivamente.

Gv: eu não vou morrer ruivinha - ele ri e eu não acho a menor graça.

Cara ele levou três tiros, e ainda consegue sorrir.

- não rir, isso é sério - passo a mão pelo seu rosto.

Gv: não foi grave mulher - o carro aponta na esquina e eu levanto puxando ele com força para levantar. - deixa os meninos fazerem isso - ele briga comigo por está pegando peso .

Os meninos pega ele e leva pro carro, Luiza aparece entra no carro sem avisos.

Luiza: Vem logo Luana.

Ela me olha lá de dentro.

Sinto uma dor insuportável no peito.

- Gustavo cadê o bolinha?

Ele me olha com cara de dor pressionando onde foi atingido no abdômen.

- Responde!

Luiza: não temos tempo pra isso ele tá morrendo, se tu não for vim avisa que a gente tá saindo.

Gv: ele não conseguiu trazer...- ele para pra respirar fundo. - ele não conseguiu carregar o seu pai.

Meu pai.

Eu corro descendo o morro.

As lágrimas embaçava tudo, mas eu continuei correndo.

Pq eu fui mandar ele vim.

Lá na frente eu avistei ele e bolinha, ambos caídos, meu pai agonizando e engasgando com o próprio sangue e bolinha gemendo .

Bolinha:  ele é muito pesado Luana, eu sinto muito.

- pai ?- balanço ele e ele nem se move, nem mesmo mexe os olhos. - você não pode morrer... você tá aqui comigo agora, a gente é uma família e eu te amo muito pai, eu te perdôo por abandonar mamãe e por ter sido um péssimo pai mas não morre. - abraço seu corpo, me deitando por cima dele sentindo seu coração bater devagar e aos poucos eu percebi que havia perdido o homem que eu acreditava ser um covarde mas que morreu provando ser um pai maravilhoso.

Durante meus momentos com ele, que não foram muitos eu percebi que ele se arrependia pelo que fez, e para mim ele merecia uma nova oportunidade, nem que fosse só para se arrepender, já estaria de bom tamanho, eu só queria ele vivo.

😪 Sim eu dei a louca e matei o Conrrado, mas quem sabe se ele morreu mesmo né, ninguém sabe! talvez sim, talvez não, veremos nos próximos capítulos, talvez do próximo livro deles.