💔 Chega de apanhar

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Roberta Antunes

Minha mente parece vazia sem objetivo. Somente observo a luz iluminando meu quarto neste hospital. Preciso deixar esse lugar imediatamente. Neste momento médico entra juntamente com a enfermeira.

- Bom dia, senhorita Antunes. Como acordou?

- Bem. Doutor, meu caso é grave? Preciso ficar internada? Pode me liberar agora? Eles me olham assustados.

- Calma. Uma pergunta de cada vez. Seu caso não é grave. Pretendo ter dar alta depois.... Interrompe.

- Doutor, não sei como vim parar aqui, mas não tenho condições financeiras de arcar com as despesas, então imploro ou assino qualquer coisa para me liberar, por favor Doutor.

- Senhorita Antunes, sei que é difícil, mas... interrompe novamente.

- Pelo amor de Deus, Doutor.

Depois de suplicar bastante, finalmente estou deixando o hospital. Ele receitou anti-inflamatório e analgésicos para dores fortes. Estou na parte administrativa. A enfermeira gentilmente entregou-me meus pertences e cedeu a parte de cima da roupa hospitalar, pois a minha blusa foi rasgada. A recepcionista me entrega o papel com demostrativo de valores.

💭 Vou ter que usar o meu FGTS e o valor que estava economizando.

- Moça, por gentileza pode passar esse cartão no débito. Ela pega da minha mão cartão.

Depois de pagar. Caminho com uma direção incerta. Até que uma buzina, me tira do meus próprios pensamentos Mia para seu carro ao lado de onde estou.

- Betinha, onde está indo? Já te deram alta?

- Forcei o médico me dar, não tinha condições de arcar com a despesas. Ela pega nas minhas mãos.

- Achei que a família... interrompe

- Eles são meus patrões, não me benfeitores, Mia.

- Betinha, porque está assim, hein?

- Nada, só queria sair do hospital, já que meu caso não era grave.

- Vem, vamos para meu apartamento. Concordo com a cabeça.

Enquanto o veículo circula pelas ruas de asfalto da cidade, observava a vida cotidiana de um domingo. Ruas que durante a semana está agitada e lotadas de pessoas, agora estava vazia e fria, assim como meu coração, cansado de apanhar por se iludir achando que sou especial para as pessoas que vêem de forma que realmente é, sem expectativas de nada.

Entro no apartamento das minhas amigas. Milena viajou com um grupo de amigas da universidade para esconder sua tristeza com o fora do seu peguete. Água quente do chuveiro escorregar sobre meu corpo, tirando o cheiro de hospital do meu corpo.

- Betinha, pode ficar a vontade no meu quarto. Ela me olha enquanto coloco sua roupa.

- Obrigada por tudo, principalmente por não falar com minha família, Mia. Eu quero me deitar e descansar.

- Você precisa se alimentar. Betinha, não se fique assim, por favor. Ela se ajoelha em minha frente.

- Não se preocupe, preciso me deitar.

- Tudo bem, minha amiga. Vou ficar de precisar.

Mia se retira do quarto. Tomo os remédios e me deito na cama. As imagens do sequestro se misturam com as lembranças do passado triste da execução do meu Tio Bateco. Fechos olhos tentando esquecer de tudo. Meu celular começa a tocar, pego olho o visor era o número do senhor Ribas. Ignoro a chamada e desligo o telefone.

💭 Nunca mais vou me iludir com qualquer resto de acessório da Barbie, agora é bipolar. Quero distância desse Diego Ribas.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora