Meu amor de giz

❤️‍🔥 Vai que sua Taffarel!

Roberta Antunes

Estou dentro do elevador, com meu corpo em êxtase com o que acabou de acontecer na sala de Diego. Quando a porta do elevador se abre estou com um sorriso no rosto, mas meus olhos se cruzam com os olhos de Milena. Ela abaixa a cabeça ao me ver, simplesmente me retiro do cúbico de aço. Queria contar para ela o que acabou de acontecer, mas infelizmente não será possível. Mando mensagem para minha irmã. Entro no carro e vou até o prédio que está trabalhando.

O prédio comercial era imponente diante de mim. Sentia meu coração palpitar acelerado enquanto aguardava Vera. A manhã havia sido intensa e repleta de novas sensações. Precisava compartilhar tudo com ela, minha confidente e amiga. Vera surgiu logo em seguida, seus olhos curiosos me analisando de cima a baixo.

- Por que não dormiu comigo ontem? Foi embora bêbada!

- Queria colocar em prática o “deixa acontecer naturalmente'", respondi, um sorriso bobo no rosto. Os olhos de Vera se arregalaram.

- Roberta Antunes, você está me dizendo que... você fez... com o Diego? Assenti com a cabeça, sentindo minhas bochechas corarem.

- Ebaaaaa! Minha irmã finalmente está experimentando os prazeres da vida! Vera gritou, me abraçando com força.

- Cala a boca, Vera. As pessoas estão olhando. Enquanto ela dá pulinhos com salto anabela.

Tentei contê-la, mas foi impossível. Ela estava radiante, comemorando como se tivéssemos ganhado na loteria. Compartilhamos nossas histórias, relembrando os relacionamentos anteriores que nos fizeram sofrer. Mas agora, estávamos livres e prontas para sermos felizes.

- Pelo menos uma das Antunes vai ser feliz, Vera disse, com os olhos marejados.

- Vou garantir que também seja, prometi, abraçando-a com força. Dei abraço forte.

Após um tempo conversando, fui buscar as crianças na casa dos amiguinhos. Ao ver no portão, Caio e Elie correram para me abraçar, animados para a tarde. Decidimos ir à feira que acontecia no condomínio. Lá, compramos legumes, verduras e frutas para o jantar. Em uma das bancas, vi um capacete de astronauta. O vendedor garantiu que era verdadeiro e, sem pensar duas vezes, o comprei. As crianças ficaram eufóricas com o presente para o pai.

Em casa, preparei o jantar: arroz com couve-flor, feijão, salada e frango ao molho branco. Enquanto as crianças faziam um embrulho especial para o presente, me arrumei e as ajudei a se arrumar também. Mal podia esperar para ver a reação de Diego.

A sala estava aconchegante, a luz suave da televisão iluminando nossos rostos. As crianças estavam animadas, esperando ansiosamente pela chegada de Diego. De repente, um grito ecoou pela casa:

- Alguém em casa?

Caio e Elie correram para a porta, com o presente cuidadosamente embrulhado. Os segui de perto, sorrindo. Quando entregaram o presente a Diego, ele fingiu surpresa.

- Mas... não sabia que era meu aniversário, disse ele, piscando para as crianças.

- Quando a gente ama alguém, a gente pode dar presente sempre que quiser, né, crianças? Exclamei, Caio respondeu, com a maior naturalidade.

- Amo o papai! Elie diz no mesmo instante.

- Eu também te amo, Papai. Ela o abraça.

Elie concordou com a cabeça. Diego nos olhou, emocionado. Abraçou as crianças com força e me deu um beijo apaixonado. Agradeceu pelo presente e, em seguida, pegou sua pasta e me puxou pela mão para a sala de jantar.

- Papai, foi a mamãe que fez tudo isso! Acho que está gostoso, vamos comer!, Caio gritou, animado.

Sentamos à mesa e desfrutamos de uma refeição deliciosa em família. Depois do jantar, organizamos tudo juntos. Quando colocamos as crianças para dormir, me senti exausta, mas feliz.

- Estou com muito sono, murmurei para Diego.
Ele me beijou na testa.

- Vou tomar um banho e depois vou para o quarto secreto. Tenho um caso para analisar.

Entrei no meu quarto e tirei a roupa, ficando apenas de lingerie. Vesti uma blusa de malha do Backstreet Boys e me deitei na cama. Meus pensamentos voltaram para Hugo, meu ex-namorado. Lembrei de todas as vezes que implorava por um pouco de amor e ele me negava. Sempre me sentia inferior, desprezada. Mas com Diego era diferente. Ele me amava, me respeitava e me desejava. Dei um tapa no meu próprio rosto.

- Diego te ama, mulher. Vai para cima, Taffarel!