🥊 Segundo round

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Ao chegar na porta do hotel, que antes era um lugar de repouso, agora era um campo de batalha. Vejo, uma cena que vi me deixou atordoado. Roberta e Túlio discutiam acaloradamente. Ao me aproximar, ouvi Túlio dizer:


- Não adianta, Roberta. Um homem como o Diego nunca vai se casar com uma mulher como você.


A raiva me consumiu como um fogo. Antes que pudesse me controlar, já estava partindo para cima de Túlio. Um soco certeiro atingiu seu rosto.


- Cala a boca! Pare de contaminar a Roberta com suas palavras tóxicas! Roberta tentava me acalmar.


- Diego, por favor, para! Ela me segurava. Túlio limpou o canto da boca e riu.



- Vocês nunca vão dar certo. Nunca! Exclamou seu ódio.


Com essas palavras, ele entrou para hotel, deixando para trás a raiva que me consumia por dentro. Comecei a andar de um lado para o outro, gritando para aliviar a tensão.



- Como as pessoas têm coragem de dizer essas coisas?, gritei, com a voz embargada. Não têm o direito de julgar nossa relação! Roberta se aproximou e me abraçou por trás.


- Calma, meu amor. Tudo vai ficar bem. Ninguém vai nos separar, meu amor!



Encostei minha cabeça em seu ombro e comecei a chorar. O amor que sentia por ela era tão intenso que me consumia por dentro. A ideia de perdê-la me causava uma dor insuportável.


- Me escuta, não vão nos separar, Roberta, disse, minha voz falhando. Ninguém! Ela apertou meus braços com força.


- Eu sei, meu amor. Eu sei. Ela me aperta em seus braços.


Naquele momento, percebi que a luta seria longa e difícil. Mas com Roberta ao meu lado, estava disposto a enfrentar qualquer obstáculo. O amor que sentíamos um pelo outro era mais forte que qualquer preconceito ou julgamento.


Encostado na cabeceira da cama, observei Roberta. Seus olhos inchados e a expressão de tristeza me partiam o coração. A discussão com Túlio e as palavras de sua mãe haviam deixado marcas profundas nela.


Conversei com sua mãe, nessa manhã, Betinha. Apenas te faço uma pergunta: você sabe que te amo de verdade? perguntei, tentando mudar o rumo de nossos pensamentos. Ela assentiu com a cabeça, ainda com os olhos fixos no chão.

- Sim, o que aconteceu? Ela me olhou.

- Ela não quis me ouvir, meu amor. Mas não ligue para o que ela disse. Ela está magoada e confusa.

Roberta levantou e se sentou na cama. As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto. Me ajoelhei e abracei-a com força, tentando transmitir toda a minha segurança e amor.



- Nunca duvide do que sinto por você, Roberta. Eu te amo mais que tudo. Ela se virou em meus braços e me abraçou com força.



- Eu também te amo, Diego. Mais do que palavras podem dizer. Sei que sou complicada, mas por favor não desista da gente.


Confessar seus sentimentos foi um alívio para ela. Sentimos a necessidade de nos conectar mais profundamente, de nos fortalecer um ao outro.


- Aliás, quando saí da casa dos seus pais, encontrei com Hugo e tivemos uma pequena discussão. Mas Douglas, seu irmão, nos separou e até me convidou para tomar um café. Ele me disse que você falou muito bem de mim. Um sorriso tímido surgiu no rosto de Roberta.


- Ele é legal, né? Mas e aí, como foi a conversa com meu irmão?


- Ele frisou que não será nada fácil. Que sua mãe é muito controladora, mas ele, Vera e seu pai vão apoiar nosso relacionamento.

Para animá-la, pedi que o serviço de quarto enviasse nosso Brunch. Ao ver a bandeja com refeição, Roberta finalmente sorriu de verdade. Quando seus olhinhos viram o bolo e salgado da padaria.


- Isso tem aqui no hotel ? Perguntou ela, surpresa.


- Seu irmão me disse que ama esse salgado e adora esse bolo, que te anima quando está triste.


Passamos aquele momento juntos, comendo, conversando e nos amando. Mais tarde, decidimos voltar para Bauru. As crianças já deveriam estar de voltando da fazenda.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora