❣️ Ajudando você

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Diego Ribas

Pede a Valentino para retornar com as crianças de helicóptero. Enquanto vou até a casa de Roberta. Ela teve uma crise, fui atrás dela e de sua amiga, a vê vomitando. Estou dentro do carro em direção ao bairro Jardim Leblon.

O volante esquentava as mãos dos seguranças enquanto dirigiam em direção à casa de Roberta. A imagem dela pálida, com os olhos fechados, me atormentava. A crise de pânico que teve no restaurante me deixou desesperado. Tinha sido horrível vê-la assim, frágil e vulnerável. As crianças, graças a Deus, não tinham percebido a gravidade da situação.

Ao chegar na comunidade, saí do carro e me deparei com uma cena caótica. Uma mulher, mais nova, discutia acaloradamente com Hugo, o ex-noivo de Roberta. Ao me aproximar escuto a discussão.

- Deixa minha irmã em paz, Hugo. Vou chamar a polícia. Ele retruca.

- Essas folhas são para quê? Ela voltou a ter pesadelos? Vou cuidar dela, sei como ajudá-la. Deixe-me entrar. Ela o empurra.

- Não. Você destruiu o coração dela, não se aproxime mais. Eu vou cuidar da minha irmã, seu desgraçado do inferno. Some daqui, Hugo!

Sem hesitar, pedi aos seguranças que o removessem dali. Aquele homem não tinha o direito de perturbar a paz de Roberta, principalmente em um momento como este.

A mulher, era Vera, irmã mais nova de Roberta, me olhou com um misto de gratidão e preocupação. Apresentei-me e me convidou para entrar. Era uma residência simples e muito bem organizada.

- Obrigada por ter vindo, senhor Diego. Agradeço por me ajudar com Hugo. Sua voz era suave, mas carregada de emoção. Estava com algumas folhas na mão.

Seguimos para a sala. Ela parecia mais calma, mas ainda muito nervosa. Vera me explicou que encontrou Roberta desmaiada embaixo do chuveiro, que agora estava dormindo no quarto.

- Acho que estava tentando se acalmar. Vera suspirou. Betinha, dormiu agora. Estava com tanto medo.

- Tudo isso é minha culpa, se não tivesse acontecido a tentativa de sequestro, esse gatilho não teria sido acionado. Confessei. Ela teve uma crise de pânico no restaurante, quando o carro freou mais forte.

- Ela me contou, na realidade o gatilho não é esse, senhor Ribas. Eu não sei o que fazer. Hugo agora resolveu não deixá-la em paz. Ele nunca a perseguiu desde que terminaram, mas tem pouco tempo que resolveu procurá-la, graças a Deus ela estava em outra cidade.

- Talvez seja melhor ela voltar para Bauru comigo. Sugeri. Pelo menos por enquanto, até que a situação se acalme.

Vera concordou com minha proposta. Sabíamos que o melhor, neste momento, era estar em um lugar seguro, longe de todo esse estresse.

O tempo parecia se arrastar enquanto esperava Vera retornar com Roberta. A cada segundo que passava, minha preocupação aumentava. A situação estava mais complicada do que imaginava. Hugo era persistente e não iria desistir tão facilmente.

💭 Esse ex tinha que ressurgir logo agora.

Quando as vi descendo as escadas, meu coração se apertou. Roberta estava vestida com um conjunto de moletom, o rosto inchado de tanto chorar. Em seus braços, carregavam uma mala pequena.

- Hugo apareceu de novo. Vera me contou, com a voz embargada.

- Se não fosse pelo senhor Ribas, ele ainda estaria no portão. Vera afirmou. Ela me olhou com desânimo.

- Roberta, por favor, retorne comigo para Bauru por um tempo.  Implorei. Eu não quero que você passe por isso de novo.

Roberta me olhou nos olhos, seus olhos pretos marejados de lágrimas. Ela se aproximou de Vera e a abraçou com força.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora