⚖️ Onde você está?

75 17 11
                                    

Uma semana depois...

Diego Ribas

Uma semana. Uma semana inteira sem ouvir a voz dela, sem sentir o calor do seu corpo, sem ver o brilho nos olhos dela. Uma semana desde que Roberta desapareceu, sem deixar rastros, além de uma mensagem lacônica para Vera, pedindo para que ela dissesse às crianças que eu precisaria viajar por alguns dias.

A cada dia que passa, a angústia me consome por dentro. A casa, antes repleta de risadas e de vida, agora é um eco vazio. Os quartos das crianças, antes cheios de brinquedos, parecem abandonados. A imagem de Roberta me perseguindo em todos os momentos: seu sorriso, seu olhar, a forma como ela me olhava quando dizia que me amava.

Tentei de tudo para encontrá-la. Liguei para todos os dias com a esperança que me atendesse. Vasculhei as redes sociais procurando um detalhe que me levasse até ela. Nada. É como se ela tivesse se evaporado no ar.

A culpa me corrói por dentro. Se não tivesse tido aquele momento de omissão, se não tivesse me envolvido com Milena e com as outras, nada disso estaria acontecendo. Eu a perdi por ser um covarde, da minha incapacidade de ser totalmente sincero com ela.


A cada noite, antes de dormir, imagino mil e uma possibilidades. Será que ela está bem? Onde ela pode estar? Será que ela me perdoará algum dia? A insegurança me paralisa. Tenho medo de perdê-la para sempre.


As crianças sentem a minha ausência. Caio me pergunta todos os dias quando a mamãe vai voltar. Elie se isola, desenhando em seu quarto. Tento ser forte por eles, mas por dentro estou desmoronando.


A única coisa que me dá esperança é a lembrança do amor que sentimos um pelo outro. Sei que ela me ama, assim como a amo. E acredito que o amor seja capaz de superar qualquer obstáculo. Mas, para isso, preciso encontrá-la. Preciso convencê-la de que estou arrependido e a fazer o que for preciso para reconquistar a sua confiança.


A cada dia que passa, meu amor por ela se fortalece. E prometo a mim mesmo que não vou descansar enquanto não a encontrar. Pego o celular, ligo o número dela, cai na caixa postal, então deixou uma mensagem:

- Roberta, onde quer que você esteja, saiba que eu te amo e que estou te esperando. Precisamos conversar, minha narizinho.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora