Diego Ribas
Sentado na cama, enquanto as crianças ainda dormem. Ontem vi a tristeza de Roberta durante o evento da Ribas. Durante esses três meses tenho lutado contra meu coração. Em pouco tempo ela invadiu-me de tal maneira que estou imensamente apaixonado por Roberta Antunes. Estou reprimindo meus sentimentos. Minha frieza e indiferença são uma máscara para meus reais sentimentos. Ela em pouco tempo, conquistou com sua doçura e sinceridade, com amor incondicional pelos meus filhos e por sua simplicidade, fez todos ao meu redor gostarem de maneira profunda.
...
A xícara de café ainda fumegava em minhas mãos, mas a bebida quente não conseguia aquecer a angústia que me consumia por dentro. Sentado à mesa, observava a janela, fingindo desinteresse, enquanto meus pensamentos vagavam por Roberta.
Desde que ela havia entrado em nossas vidas, algo dentro de mim havia mudado. A babá que contratara para cuidar dos meus filhos havia se transformado em uma presença constante, invadindo meus dias e meus sonhos. Sua gentileza, sua dedicação aos pequenos e sua beleza singular haviam me cativado de uma forma que nunca imaginei possível.
Mas por que me sentia assim? Era errado, impróprio. Ela era a babá, eu era o patrão. No entanto, a cada dia que passava, mais difícil se tornava manter essa distância. Tentei, de todas as formas, ignorar os sentimentos que cresciam dentro de mim. Fui frio, distante, tratando-a com indiferença. Mas por trás dessa fachada de indiferença, escondia um coração apaixonado.
Amava a forma como interage com Caio e Elie, a sua sinceridade e direta em sua opinião que me fazia admirá-la. Amava seu sorriso contagiante, seus olhos brilhantes e sua maneira de ser tão leve e espontânea. Era impossível não se apaixonar por ela.
No entanto, a razão me dizia para manter distância. Uma relação entre patrão e empregada seria complicada, além de gerar um grande desconforto para todos. Mas o coração, teimoso como sempre, insistia em ignorar a lógica. Ouvir-la dizer que escolhe passar seu sábado de folga com meus pequenos, sem nenhum peso, faz meu coração pulsar forte por essa mulher.
Algumas horas depois..
A tranquilidade do almoço familiar foi interrompida abruptamente pela entrada desesperada de Eduardo. Seus olhos arregalados e o rosto pálido revelavam a gravidade da notícia.
- Tentam sequestrar as crianças!, balbuciou, a voz falha.
O mundo parou de girar. A imagem de Caio e Elie em perigo me invadiu, e uma onda de pânico me tomou. Meus irmãos e cunhados, percebendo a gravidade da situação, se levantaram imediatamente. Sem hesitar, todos nos dirigimos ao shopping onde estavam as crianças. Grito de do carro.
- Como isso aconteceu, Eduardo? Ele com olhos aflitos.
Não, sei ao certo, mas as crianças estão bem. - Parece que Roberta conseguiu salvá-los, mas... o interrompe.
- O que aconteceu com a Roberta? Tenho medo da resposta.
- Ela foi ferida, senhor Diego. Já estamos chegando.
Ao chegarmos, o que encontramos foi uma cena caótica. Policiais, ambulâncias e curiosos se aglomeravam na entrada do estacionamento. Breno, nosso segurança, estava desesperado, tentando convencer Caio e Elie a abrirem as portas do carro blindado. As crianças, com os rostinhos pálidos e os olhos cheios de medo, se recusaram a sair.
Com o coração na mão, aproximei do veículo. Ao me ver, Caio finalmente destravou a porta, mas saíram correndo gritando por Roberta. A ausência dela era um fardo pesado em nossos corações.
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Meu amor de giz
RomanceRoberta Antunes sempre viveu uma vida cheia de desafios. Não ter admiração da mãe, enfrentar o preconceito das pessoas e enfrentar a ingratidão daqueles que se dedicou a ajudar, podem ser motivo para desistir, mas para ela tudo é motivação para cont...