Diego Ribas
Acordo com a luz do sol que se infiltra pelas frestas das persianas, e um sorriso involuntário se espalha pelo meu rosto ao ver Roberta dormindo serenamente ao meu lado. Decido preparar-lhe uma surpresa e, com cuidado para não acordá-la, saio do quarto em busca de uma bandeja para o café da manhã.
Faz alguns minutos que estou admirando Roberta dormir. Seus cabelos cacheados despenteados sobre os lençóis da minha cama e a visão mais linda que estou vendo neste momento. Acaricio o seu rosto, enquanto ela dorme profundamente. Desço até a cozinha, depois de me trocar e fazer minha higiene matinal. Ao chegar encontro D. Abigail está organizando o café.
- Bom dia, D. Abigail. Seria possível preparar uma bandeja com tudo de gostoso para servir um café da manhã para minha namorada. Ela sorri.
- Lógico. Vou providenciar. Estou muito feliz, senhor Ribas. Que finalmente o senhor encontro uma mulher maravilhosa. Lembrar do que passou com senhora Hayer. Ela suspira fundo.
- A senhora tem razão, não imagino minha vida e essa casa sem minha Roberta. Vou subir com bandeja. Vamos ficar no quarto o dia todo. Obrigado, D. Abigail.
Enquanto ajeito a bandeja com cuidado na mesinha de centro, meu coração se enche de gratidão por ter Roberta em minha vida. Volto para o trabalho e ligo o notebook na escrivaninha e me dedico aos e-mails, atento a cada movimento de Roberta.
De repente, ela começa a se agitar na cama, murmurando palavras incompreensíveis.
- Não, por favor, não leve as crianças! Diego! - ouço sua voz trêmula. Aproximo-me da cama, tentando acalmá-la.
- Roberta, acorda, amor. Foi só um pesadelo. Seus olhos se abrem de repente, arregalados de terror.
- Brigitte! Ela levou as crianças! Diego, não! Ela grita, tentando se levantar da cama. A abraço com força, tentando acalmá-la.
- Calma, meu amor, está tudo bem. Foi só um pesadelo.
Ela se afasta de mim e corre para o banheiro, ligando o chuveiro no máximo. A água fria ecoa pelo seu corpo ainda com roupa, e meu coração se aperta. Entro no banheiro e a abraço por trás, sentindo seu corpo tremer.
- O que foi, meu amor? Me conta. Sinto sua respiração.
- Sonhei que a Brigitte tinha sequestrado as crianças e te matou na minha frente. Eu estava presa em um cubo de vidro e não conseguia fazer nada. Ela chora, soluçando.
A envolvo em um abraço forte, tentando transmitir toda a minha segurança.
- Calma, amor. Está tudo bem. Ninguém vai machucar você ou as crianças. Eu estou aqui.
Passamos um bom tempo debaixo do chuveiro, a água fria nos acalmando. Depois de nos trocarmos, ajeitei novamrnte o café da manhã e a convidei para se deitar novamente. Mas ela queria falar com as crianças. Liguei para minha tia Judite e, finalmente, ouvi as vozes alegres de Caio e Elie. Roberta se acalmou ao ouvir suas vozes, e passou um bom tempo conversando com eles. Depois de comer a refeição em silêncio.
Depois da ligação, ela se deitou ao meu lado, exausta, mas mais tranquila. Passamos a manhã juntos, lendo, trabalhando e conversando. A cada momento, me sentia mais apaixonado por ela.
No almoço, enquanto comíamos, Roberta me olhou com um sorriso melancólico.
- Estou amando esse tempo que estamos passando juntos, mas sinto muita falta das crianças.
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Meu amor de giz
RomanceRoberta Antunes sempre viveu uma vida cheia de desafios. Não ter admiração da mãe, enfrentar o preconceito das pessoas e enfrentar a ingratidão daqueles que se dedicou a ajudar, podem ser motivo para desistir, mas para ela tudo é motivação para cont...