💗 Vou proteger vocês!

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Preciso extravasar toda raiva que estou sentindo neste momento. Vou para o jardim, começo a gritar até chorar. Como alguém pode fazer isso com duas crianças indefesas e inocentes. Depois vou ao meu quarto. Não tenho força para reagir. Fico sentada observando a noite chegar pela janela do meu quarto. As horas passaram, quando as crianças entram querendo minha companhia para jantar. Tentando disfarçar minha angústia. Abro o sorriso e juntos fomos para a cozinha.

Dona Abigail me informou que Diego estava no escritório com os irmãos e amigos, mandou chamar os funcionários. Seguimos com rotina, estou ajeitando eles em suas camas. Caio pergunta:

- Betinha, está triste com a gente? Eu abro um singelo sorriso.

- Não. Estou triste somente por isso, não é com vocês, mas sim, com os adultos. Elie fala com rostinho com sorriso tão lindo.

- Betinha, pode continuar a história? Respondo.

- Sim. Preparados, vamos lá.

" Depois de uma bela noite de sono, era momento seguir viagem para o Vale da felicidade, mas antes precisavam encher a barriga. O caracol muito esperto com seus tentáculos, logo sentiu o cheiro de folha fresca da árvore, mas cavalo precisou caminhar um pouco para achar grama nova. Se deliciaram com água fresca, caracol sobe no lombo do cavalo. Começaram a caminhada. Durante o percurso na mata antes mais aberta, agora estava ficando mais densa e fechada. Caracol tentando passar a imagem de corajoso. Dizia não sentir medo de nada, já o cavalo era desconfiado. Eles caminham atentos a cada barulho.

Até que escutam um rugido, cavalo acelerou as passadas, quando de repente uma onça pintada surge na sua frente. Ela tinha patas grandes, dentes afiados e olhos traiçoeiros. Frente a frente do perigo, o cavalo e o caracol estavam com medo terrível de serem devorados pelo felino. Enquanto a onça o cercava rondando a sua volta rugindo pronta para atacar, mas o cavalo se lembrou da força do seu coice. Em impulso começou a correr, a onça no percalço deles, quando ela se aproximou o cavalo levantou as patas traseiras e deu coice na onça, que caiu longe deles.

Eles aproveitaram e correram rápido. Quando chegaram à margem do grande rio com um monte de pedras escorregadias. O cavalo iria cair facilmente, então em atitude de amizade o caracol começou alimentar-se do musgo, mas iria demorar um pouco. Depois de alguns longos dias, o caracol conseguiu terminar o trabalho. O cavalo conseguiu atravessar para outro lado do rio.

Escuto o som familiar me avisa que as crianças apagaram. Depois de arruma-los debaixo do edredom, fico observando o sono deles. De maneira espontânea digo em em voz alta.

- Meus queridos, vou protegê-los, enquanto estiver aqui.

Ao sair pela porta do quarto, me deparo com senhor Ribas no chão do corredor só lado da porta. Ele estava com figura derrotada. Passo por cima das suas pernas e continuo a caminhar, escuto a voz dele:

- Roberta, eu realmente não sabia disso.

Estou cansada demais para responder.

💭 Esse homem está testando minha paciência.

Saio sem responder a sua afirmativa. O resto da semana correu da semana. Não conversei com ninguém. Estou deitada na cama com dificuldade de digerir tudo o que ouve. Fico imaginando como duas crianças consegue carregar dentro de si, a maldade de quem deveria amá-los. A noite será longa demais.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora