🎳 Boliche do Amor

70 11 1
                                    

Andávamos de mãos dadas, percorrendo as lojas do shopping. A cada vitrine que passávamos, meus olhos se perdiam em detalhes que, normalmente, me chamariam a atenção. Mas hoje, nada parecia mais importante do que a simples alegria de estar ao lado de Diego. Sua presença era como um bálsamo para minha alma.

De repente, meus olhos se fixaram em uma famosa papelaria. Era como se o tempo tivesse parado. Ali, dentro daquela loja, estavam todos os materiais que eu sempre sonhei em ter como professora. Lembrava da minha infância, quando passava horas desenhando planos de aula imaginários. Diego, percebendo meu olhar perdido, se aproximou e me puxou para dentro da loja.

- Pode pegar tudo o que quiser, meu amor. Hoje você será mimada por seu namorado rico. Disse ele, piscando um olho.

Ri e o chamei de convencido. Mas a verdade é que me sentia a mulher mais feliz do mundo. Comecei a pegar tudo o que sempre quis: canetas coloridas, cadernos decorados, marcadores, adesivos... Era como se estivesse realizando um sonho de infância.
Também peguei algumas coisas para as crianças para realizamos atividades juntos.

Nunca na vida me senti tão prioridade para alguém como me sentia naquele momento. Agradeci a Diego por tudo o que estava fazendo por mim e por nossas vidas.

Saímos da loja com várias sacolas. Diego queria comprar um tênis novo e entramos em uma loja de esportes. Enquanto experimentava alguns modelos, eu também me encantei por um par. O vendedor nos mostrou um modelo de tênis de casal.

- E se a senhora quisesse no tamanho infantil? Perguntou o vendedor, lendo meus pensamentos.

Experimentei o tênis e amei! Diego comprou um par para nós e outro par igual para Caio e Elie.
Estávamos saindo da loja quando deparei com Hugo, meu ex-noivo. Nos olhou com um misto de raiva e surpresa. O cumprimentei, mas Diego, sentindo a tensão no ar, segurou minha mão com força.

- E aí, Roberta? Como vai? Perguntou Hugo, com um sorriso irônico. Sua mãe sabe que está namorando um branquelo burguês?

Antes que eu pudesse responder, Diego me puxou para longe dali.

- O que ele quis dizer com isso? Perguntou Diego, furioso.

Contei que minha mãe nunca aprovou nossos relacionamentos inter-raciais e que ela detesta homens como ele.

- Diego, a minha mãe tem um preconceito muito grande com homens brancos e ricos. Sei que nos próximos dias, com a volta dos meus pais de Minas, essa situação vai se intensificar. Mas não se preocupe, estou preparada para enfrentar qualquer coisa. Não vou abrir mão de você e das crianças por causa do pré-julgamento da minha mãe. Me olhou nos olhos, com um olhar de admiração e carinho.

- Não vou te deixar passar por isso sozinha, meu amor. Estamos juntos nessa.

Nos beijamos, um beijo apaixonado e cheio de promessas. Perdemos a noção do tempo, tão envolvidos um no outro.

- Acho que já passou da hora de almoçarmos. Disse Diego, quebrando o beijo.

- Verdade! Lembra que me convidou para um restaurante com comida nordestina, que tal irmos? Ele concordou com a cabeça.

Fomos até o restaurante de comida nordestina, um dos favoritos do Diego. Ao entrarmos, ele encontrou alguns amigos e me apresentou como sua noiva. Fiquei feliz com a forma como me apresentou, com tanto orgulho.

Pedimos feijão branco com dobradinha, um prato típico da região do nordeste. Diego, para a minha surpresa, adorava esse tipo de comida.

- Sério que você come isso também? Perguntei, incrédula.

- Claro! É uma delícia. Ele aperta a ponta do meu nariz.

Passamos a tarde toda conversando e nos divertindo. A sintonia entre nós era perfeita. Depois do almoço, fomos para um boliche. Nunca tinha jogado antes, então Diego me deu algumas dicas.

- Você é muito bom nisso! Exclamei, após derrubar alguns pinos.

- Com a professor certo, qualquer um aprende - respondeu ele, piscando um olho.

💭 Esse meu namorado, é tão bonitinho!

Passamos a tarde toda jogando, rindo e nos divertindo. Era como se o mundo estivesse parado apenas para nós dois.

Depois de algumas tentativas, já estava começando a pegar o jeito de jogar boliche. Diego era um ótimo professor e me incentivava a cada jogada. A competição entre nós era acirrada, mas sempre divertida.

Decidimos colocar nossos nomes na tela e começar uma partida oficial. A cada jogada, a adrenalina aumentava. Diego já havia feito dois strikes e eu estava determinada a alcançá-lo. Concentrei todas as minhas forças na bola e a lancei com força.

Quase consegui um strike, mas derrubei apenas nove pinos. A partida seguiu assim, com idas e vindas. No final, Diego venceu. Apesar da derrota, estava feliz por ter me divertido tanto.

- Que tal uma revanche? Propus.

- Claro, mas dessa vez com uma aposta. Disse ele, sorrindo.

- Qual seria? Indaguei com sorriso no rosto.

- Se você ganhar, eu nunca mais posso te abandonar. E se eu ganhar, você nunca mais pode me abandonar, ok? Ele sorri.

- Diego, Diego! Desse jeito está me acostumando mal. Eu aceito. Vamos começar?

Achei a proposta divertida e aceitei. A nova partida começou e, desta vez, a sorte estava do meu lado. Consegui um strike logo na primeira jogada e mantive o ritmo até o final. Quando terminei a última jogada e vi que havia vencido, abracei Diego com força.

- Você nunca mais pode me abandonar, ouviu? Disse, cruzando o dedo mindinho com o dele.

- Nunca mais vou ficar longe de você, meu amor. Respondeu ele, sorrindo.

Saímos do boliche sentindo uma felicidade imensa. Tínhamos passado um dia incrível juntos, cheio de aventuras e risadas. Ao voltarmos para casa, estávamos exaustos, mas também muito felizes. Entramos em casa abraçados, relembrando todos os momentos especiais que havíamos vivido naquele dia.

Sabia que havia encontrado em Diego o amor da minha vida. E, juntos, enfrentaremos qualquer desafio que a vida nos reservasse.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora