💗 Cuidando de você

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Roberta Antunes.

A casa, normalmente agitada com a correria das crianças, estava silenciosa. Aproveitei a manhã para dar vida ao painel da festa de aniversário de Caio e Elie. Um cavalo e um caracol coloridos, grandes e vibrantes, tomavam forma em uma tela em branco. Enquanto pintava, minha mente divagava por um futuro repleto de alegria e celebração.

A tarde foi dedicada aos cata-ventos. Grandes e pequenos, de todas as cores, foram tomando forma sob minhas mãos. Imaginava a felicidade dos pequenos ao verem a decoração da festa.

Quando as crianças voltaram da escola, segui a rotina normalmente, sem deixar que percebessem os preparativos. Dois dias já se haviam passado desde que Diego havia ido para o tribunal, e a tensão era palpável. Nas notícias, ouvi comentários negativos sobre o caso, e meu coração se apertou ao pensar em tudo o que ele estava passando.

Após o jantar, coloquei as crianças para dormir e me sentei no sofá para assistir ao noticiário. O apresentador não poupou críticas ao advogado de defesa. Ao ouvir o nome de Diego, uma angústia me tomou. Imaginei-o naquele escritório, sozinho, carregando o peso de um julgamento que o colocava sob os holofotes.

Decidi que precisava fazer algo para confortá-lo. Preparei um lanche leve, com sanduíches de frango, sucos variados e frutas picadas. Troquei meu pijama por um macacão jeans confortável e peguei uma das lancheiras térmicas de Diego.

Com a autorização de Eduardo, o chefe de segurança, peguei um dos carros de Diego e segui para o escritório. A noite estava escura e o silêncio da cidade me deixava um pouco apreensiva. Ao chegar ao prédio, o segurança me reconheceu e me permitiu a entrada.

O escritório estava completamente escuro. Andei pelo corredor e acionei o elevador, sentindo um frio na espinha. Ao chegar ao andar dos criminalistas, a luz do escritório de Diego se acendeu. Corri em direção à porta e a abri de uma vez. Diego levou um susto com minha presença. Com a respiração ainda acelerada pela corrida, entrei no escritório de Diego.

- Preparei um lanche pra você, disse, tentando controlar a voz.

- Oh, meu Deus!. Isso é por causa do escuro. Ele retrucou e me envolvendo em um abraço forte e um beijo intenso.

- Estava morrendo de saudade, confessei, sentindo meu coração acelerar.

- Acariciei seu rosto, percebendo a tensão em suas sobrancelhas. Passei o dedo entre elas, tentando aliviar a tensão.

- Julgamento difícil, hein? Está te deixando tenso, minha coruja. Ele inclinou a cabeça e apoiou-a em meu ombro.

- Apelido novo, estou com saudades de você e de casa. Como estão as crianças? Perguntou, enquanto apertava minha bochecha.

- Estão bem. Você que não parece muito bem. Tu tomou isso tudo de café, Diego? Ele acenou com a cabeça positivamente.


Sentei-o no sofá e joguei no lixo todos os copos de café espalhados pela mesa. Organizei a refeição que preparei com tanto carinho. Diego deixou de lado os documentos e se jogou ao meu lado.

- Você que fez isso tudo? perguntou, incrédulo.

- Sim, respondi, sorrindo. Enquanto ele comia, perguntou:

- E então, por que a visita surpresa?. Respondi sem hesitar:

- Porque sou sua namorada e tenho que cuidar de você. Porque eu te amo. Ele sorriu, entre uma mordida e outra.

Comecei a falar sobre a simbologia da coruja, que tanto a advocacia quanto a pedagogia utilizam. Algumas espécies formam um casal para a vida toda, enquanto outras trocam de parceiros a cada ano, expliquei. Ele me olhou com um sorriso divertido.

- E nós, meu amor? Qual espécie somos? Responde sem hesitar.

- Acho que estamos criando a nossa própria espécie, respondi, me aconchegando em seu colo.

Para mudar o foco da conversa, comecei a falar sobre assuntos aleatórios, tentando tirar seus pensamentos do trabalho. Com a cabeça em suas pernas, senti um sono gostoso me envolver.

Quando acordei, ainda estava deitada em seu colo. Diego já havia terminado de comer e agora passava a mão em meus cabelos,senti seus lábios nos meus. Sorri para involuntariamente e voltei a dormir, sentindo-me segura e amada.

Abri os olhos vagarosamente, sentindo o calor da manta envolvendo meu corpo. O perfume de sabonete me indicava que Diego havia acabado de tomar banho. Ouvi sua voz rouca:

- Pode abrir os olhos, já vi que você está acordada. Ele se aproximou, ajeitando a gravata, e me deu um beijo suave. Sorri, dizendo:

- Você sempre me pega. Ele respondeu:

- É que sinto seu olhar em mim. Ele senta na mesa de frente para mim. Ele me olhou com olhos de ternura.


- Muito obrigado, por ter vindo aqui na noite anterior. Sua presença me trouxe muita paz para enfrentar o julgamento nesta manhã, confessou. Segurei seu rosto entre minhas mãos.

- Estamos juntos, amor. Assim como cuidou de mim quando tive aqueles pesadelos, agora estou aqui para te apoiar nesse momento difícil. Nos abraçamos com força.


- Preciso levar as crianças para a escola, me despedi. Tenha calma com a pressão do julgamento e não esqueça de tomar chá ao invés de café." Nos beijamos novamente.

- Te amo, ele disse.


- Também te amo, respondi.


Saí do escritório, entrei no carro e segui em direção à mansão, com o coração leve. A felicidade toma conta de mim, estamos cada vez mais próximos me enchia de energia para rotina diária. Ao chegar em casa, fui acordar meus pequenos, mas a imagem de Diego me acompanhava, e um sorriso involuntário se formava em meu rosto. A vida estava nos presenteando com momentos tão especiais, e eu me sentia grata por cada um deles.

Enquanto isso na mansão...

- Bom dia, companheiros. Breno chega cedo com uma flor na mão.

- Bom dia, Breno. Para quem essa flor, homem?


💭 Breno não entendeu que antagonista desse romance.

- Para Betinha, para quem mais seria, Eduardo. Carlos começa a rir.

,- Você quer morrer ou ser demitido? Pergunto.


- Não, só quero beijar aqueles lábios da Roberta, sei que vou conseguir beijá-la.

💭 Que cara tapado!

- Rapazzzz... Robertinha está com o patrão, não viu a aliança no dedo dela e igual a do patrão? Carlos pergunta.

- Não. É uma coincidência. Carlos e eu começamos a rir.

- Breno, meu amigo, ela está com Diego, inclusive olha ela chegando, foi levar lanche para ele no escritório, homem de Deus! Esqueça a Roberta, ela é nossa patroa agora.

Breno olha para Roberta descendo do carro do senhor Diego. Ela acena para nós, enquanto caminha para dentro da casa.

- Eu não tenho sorte. Breno joga a flor no lixo.

- Ela foi sincera, você que insistiu em conquistá-la. Vai estudar, tenho certeza que a mulher da sua vida, vai aparecer. Carlos aproveita meu comentário.

- Estava certo que eles são o casal desse romance, então Breno segue seu barco.

-Espero que logo encontre minha sereia. Passo o braço nos seus ombros

- Vamos trabalhar! Digo.

Meu amor de gizOnde histórias criam vida. Descubra agora