O príncipe

1.6K 151 21
                                    

Theodore Harrison, príncipe da Nova Inglaterra, o único país que continua sendo uma monarquia, antes era governado por um parlamento mas agora é governado pelo rei Johan Harrison, toda e qualquer garota, americana e não americana acha ele um sonho, ele pode até ser bonito mas não é tudo isso, eu já o odeio pelo simples fato de ele não ter me matado, eu devia ter ficado quieta, me meti na maior confusão da minha vida! Droga, eu sou estúpida!
Theodore e seus soldados me levaram para a frente de uma porta branca com detalhes prateados.
- Peço desculpas pelo modo como foi tratada, está tudo bem?
- Você ainda pergunta "Vossa majestade"?!- Perguntei irritada fazendo aspas com os dedos.
- Está incomodada?
- Muito.
- Quer voltar ao seu país?
Respirei fundo.
- Eu realmente não sei.
- Vou ter uma conversa com meu pai, talvez ele deixe que a senhorita permaneça aqui conosco e lute em nosso exército, se ele permitir...
- Espera aí, exército?!
- Sim, senhorita.
- Será que o meu destino é lutar?! Mas que saco!
- Acalme-se, e perdoe-me mas creio que a senhorita não tenha escolha.
- Acha que sabe de tudo mesmo não é?!
- Um pouco.- Ele sorriu irônicamente, como se fosse normal, mas ele não era normal, ele era um príncipe, a vida dele se resumia em pessoas bajulando ele, mimadinho otário...Theodore abriu a porta, lá havia um homem de terno, parecia um pouco velho.
- Pai? Perdoe-me interromper mas...
- Já basta Theodore!- Ele olhou para nós.- Como se atreve a trazer uma americana para cá?! Perdeu completamente a noção do que essa...garota pode fazer?!
- Pai creio que ela seja diferente.
Eu apenas baixei o olhar e percebi que o rei veio em minha direção.
- Como é chamada?
- Serenity Ronan.
- É um nome bem americano.
- Isto é um elogio ou uma ofensa?- Perguntei olhando para ele.
- Uma ofensa, sem a menor sombra de dúvidas.
Eu pensei...se eu os ajudasse, provavelmente ganhariam a guerra, de um jeito ou de outro, a Nova América finalmente se libertaria das mãos de Scott Armstrong.
- Posso ajudar você...majestade.
- O que disse?
- Isso mesmo, eu posso ajudar a Nova Inglaterra a ganhar a guerra.
- Pai, o que ela diz é verdade...
- Silêncio Theodore, prossiga senhorita.
- Eu sei muita coisa sobre meu próprio país, conheço muitos lugares sei o que o governo faz, posso lhe dar todas as informações que quiser, além disso...- Olhei para Theodore.-...Seu filho me deu uma proposta...para que eu lutasse pela nova Inglaterra em seu exército...eu aceito a proposta dada.- Ele cerrou os olhos e me encarou, fiquei nervosa e baixei o olhar.
- Theodore deveria ter matado a senhorita, mas sempre foi um hipócrita...certo, você ficará, mas se qualquer coisa acontecer, Theodore será o culpado, e filho, não me responsabilizo pelo que pode acontecer a ti.
- Entendi, perdão, meu pai.
- Desapareça de minha frente.
Ele assentiu e fez um gesto para que eu saísse e eu obedeci, quando saímos da sala eu vi que ele havia dado um suspiro.
- Seu pai é bem rígido, não é?- Perguntei de um jeito frio para não demonstrar a pena que eu sentia dele.
- Muito.
- Deve ser horrível ser príncipe.- Eu disse mexendo a cabeça.
- Alguns pontos.
- Ah claro, você é homem, devem ter várias garotas dando em cima de você o tempo todo.- Eu ri um pouco e ele sorriu levemente.
- É, tem mesmo, porém nunca encontrei alguma que não estivesse interessada apenas na coroa e no título de princesa da Nova Inglaterra...sei que este risco não é existente com a senhorita.
- Para começar: Eu não vou me apaixonar por você.
Em segundo lugar: Eu nunca quis e nem vou querer ser princesa, só se eu estiver louca, fala sério, todo mundo em cima de você, te bajulando, isso é chato demais, eu gosto de liberdade.
Em terceiro lugar: Eu te odeio.
- A senhorita é fria e direta, não?
- Ser fria te ajuda a não quebrar a cara.
- Americanos são frios.
- Dá para parar de me chamar assim?! Eu sei o que eu sou! Tá bom?! Não preciso que ninguém me diga isso!
- Peço que se acalme, com todo o respeito.
- Certo, só não me chame de americana, o seu pai tem razão, realmente soa como uma ofensa.
- É uma ofensa.
Revirei os olhos e vi ele rir.
- Eu odeio você.
- Perdão, pode repetir?
- Eu, Serenity Ronan, odeio você, Theodore Harrison.
- Acredite Serenity, farei o possível para reverter este estado, seremos amigos algum dia...

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora