Dor

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-...Kimberly Sparks...não sabe o quanto odeio você e Aaron Rogers por terem gerado essa...piranhazinha rebelde.- Darkness dizia enojada.
- Chame minha filha assim de novo e vou te dar um motivo para me odiar de verdade!- Minha mãe ameaçou.
- Você não é digna da repetição de minhas palavras Kimberly.- Ela ignorou arrogantemente.
- Isabelle...meu bem, para, eu imploro, pense na Mabel, no Nick, no Rid...pense em nossos filhos.- Patrick suplicou.
- Eu penso a cada minuto Patrick, principalmente em Lisbelle, eu amo meus filhos benzinho.- Ela redarguiu.
- Amor?! Tranca a gente em um prédio sem energia com um monte de "Assassinos", isso é amor?!- Nick trovejou, Ceci, tentava acalmá-lo.- Você é doente mãe!!! Completamente doente!!! Isso não é amor isso é paranóia!!!
- Ah meu filho...meu audacioso filho... eu francamente não espero que entenda o que etou fazendo agora, você não tem o raciocínio avançado que tenho para entender a minha vingança, mas dei ordens diretas para que não ferissem você e Mabel amorzinho, porque eu amo vocês com a minha vida.- Ela disse.
- Para!!! Mãe, eu tô cansada!!! Você é uma psicopata!!! Louca!!! Terrorista!!! Assassina!!! Maníaca!!! Eu tenho vergonha de ser sua filha, tenho vergonha de ter o seu DNA!!! Eu odeio você Isabelle Corine!!! Eu cansei do seu joguinho de merda!!! Eu cansei do seu banho de sangue!!! Da sua chacina!!!- Mabel gritou.
Algumas lágrimas escorreram pelo rosto de Isabelle, ela deu uma gargalhada cínica e forçada, eu tinha ódio de quando ela fazia isso.
- É com isso que os Puros tem enchido a sua cabeça? Ilusões..ou melhor, é com que Lydia e Kimberly tem enchido sua cabeça.- Ela perguntou pintando a face de tinta preta.
- Pelo contrário "mamãe" eles abriram a porra dos meus olhos!!!- Mabel tentava não chorar
- Acho que sua filha tem toda a razão presidente Darkness.- Um guarda ao lado dela, segurando uma metralhadora disse discretamente.
- Eu não lhe dei autorização para opinar 415.- Ela retrucou enfurecida, ele começou a rir.
- Eu não serei mais o seu escravozinho estúpido! E já que não se importa com a sua filha deixe-me poupar o sofrimento dela!- O guarda 415 deu um tiro certeiro com sua metralhadora, exatamente no coração de Mabel e logo depois se suicidou com um tiro na cabeça, Mabel gemeu de dor.
- Bel?!- Chamei, chocada com a situação.
Ela caiu no chão.
- Não!!!- Patrick gritou.
- Mabel!!! Não...amorzinho por favor não vai!!! Não deixe a sua mãe aqui!!!- Darkness chorava, suas lágrimas se misturavam com sua tinta preta, fui até Mabel, as lágrimas geladas escorriam por meu rosto, ela estava vulnerável, indefesa, ela não tinha a menor chance de se defender, ela estava morta.
- Bel!- Exclamei, querendo não acreditar naquilo, logo Nick veio ele chorou ao vê-la no chão.
- Irmã?- Ele perguntou com a voz falha, Patrick se ajoelhou ao lado dela.- Irmã, não me deixa logo agora.- Ele sacudiu o corpo de Mabel, tremendo, ele olhou para seus olhos mortos e petrificados e deu um grito de dor, ele abraçou o corpo dela, Cecilia chorava muito por ver os dois assim.
Darkness começou a se arranhar freneticamente com suas unhas pontudas, ela gritava.
Axel veio até mim em silêncio, nossos olhares se encontraram e já foi suficiente, eu o abraçei chorando.
- Tudo bem agora...- Axel sussurrou.
- Viu o resultado da sua ignorância Isabelle?!?!- Patrick vociferou entre lágrimas.- Agora a minha filha morreu por sua causa!!!- Patrick disse dando ênfase na palavra "minha" Darkness apenas gritava e gemia, murmurava coisas incompreensíveis e sem sentido.- Viva com isso!!!- Ele exclamou enfurecido.
Ela parou de chorar subitamente, tremeu e se arrepiou, rangia os dentes de ódio, seus olhos verdes faíscavam com sua fúria, ela olhou para mim diretamente em meus olhos, eu estava abalada demais pra fazer qualquer coisa, perdi dois amigos hoje, eu não queria mais aquilo, eu queria que acabasse, não aguentaria mais perder ninguém.
- Foi você...- Darkness resmungou, minha mãe olhou para nós confusa.-...Foi culpa sua, Lydia Sparks, você encheu a cabeça da minha filha com baboseiras...está tirando tudo de mim...tudo o que eu mais amo nesse mundo...e eu vou tirar tudo o que você mais ama, me aguarde.- Ela rosnou, se virou, e foi andando em passos lentos, eu enxuguei minhas lágrimas, um pouco aliviada por ver que ela não tinha cometido a loucura de matar ninguém, Axel passava a mão por minhas costas.
Darkness parou em frente a escada, olhei para Axel.
- O que ela está fazendo?- Perguntei franzindo as sobrancelhas.
- Eu não sei Lydia.- Ele confessou, quase suspirando, sabia como era ruim para ele também, ele arqueou assim como eu.
- Lydia!- Lorraine veio correndo e me abraçou, ela chorava muito, logo Eleanor e Adalia vieram também, todas choravam despreocupadamente com a opinião de qualquer um, abraçei cada uma delas, logo Jared e Isle vieram.
- Oi Ly.- Os dois disseram ao mesmo tempo.
- Oi gente.- Eu sussurrei forçando um sorriso, tentando apagar a dor.
- Ly?- Lorraine indagou.
- O que foi Lori?- Perguntei.
- Cadê o Flynn?- Ela perguntou...droga...eu sabia que ela amava Flynn, por mais que ela tentasse esconder de todos, eu tinha quase certeza de que mantiam um namoro em segredo, mas não adiantava nada.
- Flynn...foi muito corajoso lá em baixo Lori...- Murmurei preparando-a psicologicamente para o que eu iria dizer.
- O que está dizendo?- Ela deu de ombros, eu sabia que ela não queria entender, eu precisava serais direta, por mais que fosse machucar bem mais.
- Lori...o Flynn...faleceu no prédio.- Ela me fitou depressivamente e incrédulamente ao mesmo tempo, seus olhos azuis marejavam, ela começou a balançar a cabeça negativamente.
- Não...Não...Não pode ser...Lydia...- Ela sussurrava, baixei o olhar.
- Sinto...muito Lori.- Eu disse, ela começou a chorar e me abraçou, retribuí seu abraço e fechei meus olhos, eu já estava farta daquilo, das mortes sem sentido que Isabelle, ou melhor "Darkness" estava causando, ela me soltou, e só então vi que Darkness continuava parada em frente a escada.
- O que foi Isabelle?!- Patrick perguntou irritado, ela deu uma gargalhada, eu sentia o quanto estava chocada, ela desativou a barreira de choque ao nosso redor.
- Eu tentei...- Ela começou.-...Tentei ir embora...- Estranhei, todos se entreolhavam, minha mãe segurou minha mão.-...Mas eu não consigo ir embora sem fazer uma coisa antes.- Ela disse pegando uma arma, foi muito rápido, ouvi os tiros e não vi direito para onde foram disparados, só senti um enfraquecimento na mão de minha mãe, que apertava a minha.
Senti algo escorrer em minha mão e vi que o ombro de minha mãe sangrava e seu sangue escorria por seu braço, ela caiu para o lado e eu a segurei confusamente.
- Mãe?!- Perguntei assustada.
- Ly-dia...- Ela sussurrou trêmula, olhei para ela e vi duas balas cravadas em seu peito e uma cravada em seu ombro, ela tombou para trás e Axel a segurou, eu me desesperei imediatamente.
- Mãe!!!!

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora