Ataque final: Parte dois

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- Axel para!- Eu gritei, ele me ignorou e me jogou contra uma parede, tentando me enforcar, joguei-o no chão e tentei subir as escadas mas ele puxou meu pé fazendo com que eu caísse novamente e me batesse, deixando marcas roxas em meu rosto e em meus braços.
Eu tinha que machucá-lo, eu não tinha escolha, peguei meu canivete e quando ele ia me empurrar por mais degraus abaixo eu cravei o canivete na perna dele, ele caiu no chão sangrando e se contorceu.
- Me perdoa...- Eu sussurrei e fiquei ao lado dele, ele me olhava com ódio seus olhos estavam cinza, pareciam estar sem vida, passei a mão pelo chip e ele tentou me enforcar dei um soco na cara dele e subi as escadas correndo.
Alguns maníacos me atacaram, eles me jogaram no chão e um deles tentou atirar em mim, chutei ele e a bala acertou o chão ao meu lado, o barulho fez com que eu ficasse surda por alguns instantes, eu peguei um vaso de plantas de porcelana e quebrei na cabeça de um deles, eu corri pelos corredores e eles me perseguiam, me escondi em uma sala escura, deixei a porta encostada e esperei que passassem, senti o suor escorrer por minha testa, eu estava ofegante pelo cansaço, de repente as luzes foram acesas e senti um choque em meu corpo, caí no chão tremendo e me contorcendo, olhei para cima ainda tonta e vi Nathan com uma arma de choque.
- Loirinha, você é corajosa mesmo, devo admitir que estou intrigado com sua audácia.- Ele disse de um jeito cínico, percebi que minha visão já voltava ao normal, pude ver o sorriso diabólico em seu rosto a cicatriz que cortava parte de seu olho direito só me dava mais medo.
Ele pegou uma faca.
- Eu fiquei sabendo da morte do seu pai...- As palavras dele me deram ódio.-...Gostaria de honrá-lo? Morrendo do mesmo jeito?- Ele perguntou sorrindo diabólicamente enquanto levantava a faca para cravá-la em mim.
Ouvi um disparo e vi a bala perfurando seu braço, fazendo-o sangrar e dar um grito, seus olhos verdes faíscavam de ódio, olhei para a porta e vi Lorraine e Flynn, Lori veio correndo em minha direção enquanto Flynn dava mais um tiro na cabeça de Nathan, matando-o.
- Não cansa de se meter em confusão Lydia?- Lori perguntou irônicamente enquanto me ajudava a levantar.
- Acho que sou um ímã para confusão.- Falei com sarcasmo.
- Garotas, precisamos ir rápido.- Flynn disse segurando firmemente a metralhadora que carregava, fiz um sinal para que esperassem.
- Fionna?- Chamei pelo fone.
- Oi Lydia.- Fiquei aliviada por saber que ainda estava viva.
- Alguém te viu?
- Não.
- Ótimo, vá para o penúltimo andar e me espere lá, diga para Castiel ir com você.
- Ok, tome cuidado, Axel está com você?
Respirei fundo antes de responder.
- Axel está inconsciente, seu pai está controlando ele através de um neurotransmissor.
- Ai meu Deus! Que droga! Quer saber, nós vamos subir e vamos acabar isso de uma vez por todas, mas seja rápida, o grupo já se livrou dos maníacos, qualquer um pode atrapalhar o plano se subir agora.
- Tem razão, estou subindo.- Desliguei o fone e olhei rapidamente para Lori e Flynn.- Fiquem aqui.- Ordenei seriamente e os dois assentiram, eu subi rapidamente, encontrei Fionna e Castiel no penúltimo andar da Torre como combinamos, eu peguei uma corda e amarrei os pés de Fionna.
- Finja que está com as mãos amarradas.- Eu disse e ela obedeceu, coloquei uma pistola nas mãos dela.- Você atira nas pernas, eu faço o resto.- Eu disse e ela assentiu.
- Entendi.- Ela confirmou.
Castiel a carregou até o último andar e nós subimos.
Parei diante da única porta do andar, a única barreira que me separava de meu maior inimigo, eu podia ouvir a música tocada em um violoncelo através da pequena caixa de som que o corredor tinha embora eu estivesse desarmada eu tinha que parecer hostil, dei um chute na porta, arrombando ela, a primeira pessoa que me surpreendeu foi Axel, que me empurrou contra a parede e cravou uma faca em minha cintura, seu olhar era frio, minha cintura sangrava e latejava, chutei ele, ele se chocou contra uma estante, fazendo com que vários objetos caíssem em cima dele, Armstrong riu sarcasticamente.
- É a discussão de casal mais interessante que já vi.- Senti meu sangue ferver de ódio, retirei a faca.- Observe Lydia, as pessoas que amamos são nosso maior ponto fraco, somos tão burros por acreditar nelas.
- Reverta isso agora, se quiser ver sua filha viva!- Gritei enfurecida, mentindo descaradamente.
Ele franziu as sobrancelhas, e reverteu a situação de Axel através do neurotransmissor que tinha na cabeça.
Axel que tinha os olhos cinzas pelo chip voltou a ter olhos azuis, ele colocou a mão no ferimento da perna que eu havia feito e me senti culpada, ele olhou para o ferimento em minha cintura confusamente, olhou para cada parte roxa pela queda da escada.
- Ly...- Pude ouví-lo sussurrar, Armstrong amarrou ele e me controlei muito para não bater nele, eu queria vingança, mas queria uma vingança digna.
- Cadê a minha filha?!- Armstrong vociferou.
Sorri cinicamente e saí do cômodo, peguei uma arma com Castiel e arrastei a corda que segurava os pés de Fionna, ela tinha começado a chorar, lágrimas de crocodilo, pelo que ela havia me dito ela havia feito aula de teatro e aprendido a ser uma boa atriz em situações com essas.
Levei ela para o cômodo, assim que entrei Armstrong me fitou incrédulo, os olhos frios dele marejavam ao ver a situação de Fionna.
- Pai...- Ela sussurrou em falso desespero.
- Lydia, eu faço qualquer coisa...- Ele implorou.
Eu ri irônicamente.
- Conta até três, palhaço.- Eu disse em um tom de frieza que eu nem podia imaginar que teria, coloquei o dedo no gatilho e encostei a pistola na cabeça de Fionna.
- Um...- Ele começou trêmulo.
- Mais rápido.- Ordenei em voz alta.
- Dois...- Ele disse fechando os olhos por alguns instantes e abrindo-os lentamente.
- Três...- Ele mal pode terminar de falar, Fionna mostrou a arma que segurava e atirou em suas duas pernas rapidamente.
Ele caiu no chão nos olhando assustado, surpreso, chocado, ele começou a chorar silenciosamente, as lágrimas caiam a medida que seu sangue manchava mais a sua calça.
- Tinha razão Armstrong...- Eu disse.-...As pessoas que amamos são nosso maior ponto fraco.- Ironizei, Fionna se aproximou dele em passos lentos, mostrando todo o ódio que não tinha mostrado antes com sua inocência, suas lágrimas também caiam, mas não eram de tristeza, eram de ódio, nojo, repulsa, ela odiava ele por alguma razão.
Castiel apareceu na sala e abraçou Fionna, olhei para Axel, ele parecia aliviado, mas ainda estava ferido, olhei para a facada em minha cintura, não doía tanto mas sangrava muito, eu cuidaria daquilo depois, peguei uma faca com Castiel e me ajoelhei ao lado de Armstrong.
- Eu, Lydia Sparks Rogers, jurei a mim mesma, por mim e pela minha mãe, que vingaria a morte de meu pai, libertando de uma vez por todas o meu país, jurei que você iria pagar pelas mortes que causou, pelas famílias que destruiu, jurei que me vingaria do homem que tirou a vida do meu pai, nem que isso custasse a minha própria vida.- Repeti o juramento em voz alta e cravei a faca no estômago dele, ele parou de respirar lentamente, no mesmo ritmo em que seu coração parou de bater definitivamente...a Nova América finalmente está livre e Aaron Rogers finalmente foi vingado...

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora