Três semanas se passaram rapidamente, a guerra piorava cada vez mais, a morbo se espalhava consideravelmente, muitos países euroasyanos já haviam caído aos pés da epidemia, a Nova América estava infectada, principalmente o Novo Chile, o Novo México e o Brasil.
O mundo está sucumbindo, à guerra, à epidemia, à violência, ao egoísmo, à manipulação, Scott Armstrong está arrancando as esperanças de cada habitante da Nova América, ele sabe entrar na mente dos mais sensatos.
Crianças americanas estão aprendendo a matar outras pessoas sem dó nem piedade.
A pureza, o amor e a paz estão sendo tirados delas, da população americana em geral, os canadenses, os mexicanos e os brasileiros guardavam ódio dos euroasyanos, e faziam questão de demonstrar esse ódio com ataques terroristas extremamente agressivos, pontos turísticos e monumentos que atravessavam centenas e centenas de anos foram destruídos por eles, um símbolo de fúria da guerra que acabava completamente com o mundo que eu conhecia.
A morbo estava presente, a Nova França, a Nova Itália e a Nova Espanha estão completamente tomados pela epidemia, não há mais um humano sequer nesses locais.
O meu romance com Axel já está conhecido internacionalmente, Armstrong já sabia que nós havíamos mentido para ele e dizia para os americanos que o príncipe havia me seduzido, me manipulado e que eu havia passado para o lado ruim, o lado do caos e do descontrole, mas ele me dizia através de hologramas que eu traí meu país e que se eu por acaso pensar em voltar, as consequências serão devidamente severas.
Ele é um falso, ele mente, engana, atua, e programa americanos para fazerem coisas ruins como se fossem robôs, inúteis, como se fossem lixo reciclável, ele só tem outro nome para isso, ele chama a Terceira Guerra Mundial de Novo Caos, mas se alguém é responsável por este caos, é ele, ninguém mais, ninguém menos do que Scott Armstrong.
Os americanos estão completamente cegos com os argumentos daquele tirano, eu preciso ajudar de algum modo, mas como ajudar algo que realmente precisa de ajuda, mas não quer receber a ajuda?
A chuva molhava meu cabelo, eu estava encharcada, mas nem liguei, sempre gostei da chuva, é como se fosse uma demonstração de que o céu é como um ser humano, é como se ele também chorasse com toda a catástrofe presente.
Ouvi batidas na porta e fui abrir, vi Axel, nas últimas três semanas, nós quase não nos falamos.
- Axel?
- Oi Ly.- Deixei que ele entrasse no quarto.- Você está ensopada.
- Sei disso...aconteceu alguma coisa?
- Não, eu só precisava muito falar com você.
- Fala então.
Ele se aproximou.
- Eu senti sua falta.- Ele colocou meu cabelo para o lado e começou a beijar meu pescoço, agarrei ele com força, como se eu não quisesse soltá-lo e eu realmente não queria.
Ele me beijou, acariciando meus cabelos parecia que minhas mãos tinham se prendido à camisa dele, acabei ragando-a um pouco.
- Droga, foi mal.
Ele deu um sorrisinho malicioso.
- Eu não vou contar para ninguém.- Ele fechou o casaco azul marinho, tampando o rasgo feito na camisa branca, senti minhas bochechas arderem.- Lydia Sparks Rogers, você é a minha escolhida, por isso vim te dar uma proposta.
- Que tipo de proposta?- Perguntei.
- Vou ser extremamente direto...eu quero te nomear como princesa da Nova Inglaterra, para que participe mais de planos, estratégias e decisões políticas, e principalmente para que se seja oficialmente reconhecida pelo povo como minha namorada.
- Axel...o que você está me propondo é loucura...além do mais eu não quero casar agora...
- Não vamos nos casar, você será coroada como princesa, não haverá matrimônio algum.
- Bom...eu não sei Axel, eu realmente não sei se vou aceitar...
- Pense bem.
- Vinte e quatro horas...eu preciso de vinte e quatro horas para pensar sobre o assunto, te dou a resposta amanhã ao mesmo horário de agora.
- Espero o tempo que for preciso.- Ele sorriu e me beijou.- Eu preciso ir...ok?- Ele disse como se não quisesse ir embora, mas eu sabia melhor do que ninguém que ele precisava ir, eu tenho essa consciência, embora eu o ame muito.
- Ok, te vejo amanhã.- Eu disse sorrindo.
- Até amanhã.
Eu abri a porta e ele saiu do quarto.
Mas que merda, eu não sei se eu quero ser princesa! Eu sou burra ou o que?! Não vou conseguir respondê-lo em apenas vinte e quatro horas...tem que ter um jeito...eu preciso de ajuda...Adalia!
Eu tomei um banho e troquei de roupa, fui até o quarto de Adalia e bati na porta, escutei o barulho da televisão então obviamente ela estava acordada, fiquei aliviada, logo ela abriu a porta.
- Ly?
- Ada, eu preciso da sua ajuda mas também preciso que você mantenha segredo.
- Sabe quantos segredos seus eu tenho guardados? Uns cinquenta ou mais.- Ela disse irônicamente.- Mas falando sério Lydia, você parece estar nervosa, aconteceu alguma coisa?
- Sim.
Eu entrei e ela fechou a porta e a trancou, me sentei na cama.
- Então, o que foi?- Ela perguntou.
- Theodore...tem um tempo que estamos juntos, primeiro ele resolve assumir e agora ele quer me coroar como princesa!- Eu disse em tom nervoso, Adalia cruzou os braços.
- Está louca Lydia?! Não pode se casar com apenas dezessete anos, precisa ter dezoito para se casar, de acordo às leis.
- Não, nós não vamos nos casar, ele só quer me nomear como princesa, para que eu participe mais das políticas em Londres.
- Lydia isso é desculpa, ele quer que seja a princesa por que quer ter mais tempo ao seu lado, ele é um príncipe, é ocupado e tal, mas se você for princesa, vocês vão ter mais tempo para se conhecer.
- Tem certeza?
- Sim.
- Mas não é só isso, eu não sei se quero ser princesa Adalia, tantas obrigações, pessoas te bajulando o tempo inteiro isso é um saco.
- Lydia, está claro que você ama Theodore.
- Eu não tenho a menor sombra de dúvida.
- E está disposta a mudar um pouquinho a sua vida por causa dele?
Eu pensei um pouco, ela tinha toda a razão, embora eu não queira ser uma princesa eu amo Axel, obviamente não vou deixar de ser quem sou por causa disso, estou quase tomando minha decisão.
- Obrigada por me ajudar Ada.
- Vou ajudar sempre que precisar, e se ele te magoar, eu não vou nem ligar se ele é um príncipe eu quebro a cara dele.- Ambas rimos e ouvi um barulho, de repente eu me surpreendi.
- Ada o que é que tá acontecen...?- Vi Jared sair do banheiro só de toalha.
- Mas o que...- Eu sorri maliciosamente e os dois coraram.-...Ada você e o Jared estão juntos?
- Mais ou menos.- Ela disse sem graça, fazendo um sinal para que ele voltasse para o banheiro.
- Agradeço pela ajuda, e divirtam-se tá bom?- Provoquei irônicamente.
Ada abriu a porta e a fechou, eu dei uma risada por causa da situação, e fui andando pelos corredores escuros do palácio até meu quarto...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...