A luta

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- Você precisa aprender a se defender, a usar armas, bombas...sabe ao menos usar uma granada, uma espada, um arco e flecha ou pelo menos uma pistola?- Justine perguntou levantando as sobrancelhas.
- Nunca precisei lutar, então acho que não sei utilizar nada disso.
- Por isso é tão fraca e ingênua, sem ofensas...precisa aprender a lutar, lute comigo Serenity.- Ela disse.
- Você quebrou o braço de um...
- Eu sei o que eu fiz, mas prometo pegar leve com você.- Olhei desconfiadamente para ela.- Vamos, tenta me bater.- Ela disse impacientemente, tentei dar um soco em seu rosto mas me surpreendi, ela agarrou minha mão e me empurrou.
- De novo.- Ela disse.
Tentei dar um chute nela, ela puxou minha perna e me jogou no chão.
- Que porra foi essa?- Perguntei um pouco atordoada pelo choque forte da minha cabeça com o chão.
- Você é previsível demais Serenity, principalmente para alguém que está no mesmo país do que você...de novo.
Continuei tentando, ela sempre sabia o que eu faria antes mesmo de um executar tal ação, até que uma hora, eu já estava exausta, fingi que ia dar um chute nela, ela acreditou e dei um soco no nariz dela, vi que havia começado a sangrar, mas ela não demonstrou reação visível.
- Desculpe.- Eu disse.
- Está tudo bem.- Ela disse colocando um lenço para estancar o sangue.
- Doeu?- Perguntei.
- Eu não sinto dor.- Ela respondeu lavando o rosto.
- Como assim? Todos sentem dor de vez em quando.
- Fui treinada para não sentir dor e isso é só o que precisa saber.
Escutei um alarme soando, era estridente e parecia que iria estourar meus tímpanos.
- Merda, estão nos atacando.- Justine disse, nós subimos as escadas e fomos até uma sacada para ver o que se passava, vi um avião americano, ele soltava bombas em vários locais da cidade, haviam alguns guardas do lado de fora do palácio, um deles com uma bazuca, ele atirou no avião e o avião explodiu e vários pedaços dele caíram no chão, pessoas corriam desesperadamente.
- Que se dane, eu vou para casa, agora.- Ela pegou a mochila e pulou a sacada, caiu em cima do galho de uma árvore e desceu, eu a vi sair correndo, vi que alguns homens atiravam granadas no jardim do palácio, alguns guardas que estavam em outras sacadas atiravam neles com metralhadoras, a cena era horrível um deles implantou uma bomba perto do palácio, assim que ela explodiu senti o tremor e caí no chão, senti algo me puxar, vi que era Theodore.
- Está louca?! Não pode ficar na sacada, quer morrer?!
- Talvez.
- Serenity, é extremamente perigoso ficar aqui, por isso você precisa me acompanhar.
- Está bem.
Ele me guiou até um salão enorme, o rei Johan estava lá com a rainha Meredith e alguns soldados, ele dizia o que soldados na parte externa do palácio e na cidade, deveriam fazer através de um telão.
Uma garota loira com um vestido azul escuro chegou.
- Theodore?! O que está havendo?!
- Mexicanos e brasileiros estão nos atacando ao comando do presidente Scott Armstrong, ele os influencia a fazer isso.
- Mas que absurdo! Este homem é um grande estúpido!- A garota disse ficando enfurecida.
- Americana?!- Escutei o rei me chamar e fui até ele.
- Sim vossa majestade.
- Estamos planejando um ataque aos Novos Estados Americanos, para enfraquecer Scott Armstrong, por esta razão preciso que diga-me exatamente e detalhadamente tudo o que sabe sobre o país que possa nos prejudicar no ataque.
- Só lhe direi com uma condição.
- Você não tem o direito de pedir alguma condição.
- Ou você a concede, ou vai precisar me matar e perderá uma informante.
- E qual é a sua condição, senhorita Ronan?
- Prometa que não atacará a cidade de Nova Chicago.
Ele levantou uma mão.
- Palavra de rei.- Ele disse, parecia ter sido franco.
- Ok, a única coisa que pode realmente interferir no ataque de vocês são os drones se os desativarmos e o ataque for rápido, temos uma grande chance de vencer uma luta, por isso vocês precisam ir o mais rápido possível para os Novos Estados Americanos.
- E como exatamente se desativa esses drones? Você sabe mesmo como fazer isso.
- Sim, hackeando o sistema de computadores do governo.
- E a senhorita acha que consegue fazer isto?
- Provavelmente sim, mas precisarei de alguma ajuda, pode ser complicado.
- Theodore.- O rei Johan o chamou.
- Sim, meu pai.
- Chame Kai Fujishima, da área de tecnologia para ajudá-la e supervisioná-la nesta tarefa.
- Entendido.- Ele obedeceu rapidamente.
Logo um garoto japonês chegou no salão.
- É um prazer conhecê-la Serenity Ronan.
- O prazer é todo meu.
- Eu lhe ajudarei no que quer, mas antes acho que o rei Johan precisa planejar o ataque, que cidade exatamente pretende atacar vossa majestade?- Ele perguntou.
- Nova York, a Nova Capital.
- Certo...vamos começar...

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora