No campo de batalha, em frente ao exército americano, tinham poucos homens comparados aos nossos mas já era uma quantidade significativa, tudo parecia desmoronar ao nosso redor, eu só queria que tudo acabasse de uma vez.
- Lydia, fique atrás de mim.- Axel sussurrou e eu o obedeci, eu olhava para Armstrong com todo o ódio do mundo e ele parecia perceber isso.
- É o seguinte, se nós ganharmos, poderemos bombardear a Nova África e a Oceania tranquilamente, mas se vocês ganharem nós vamos parar e continuar com a verdadeira guerra.- Armstrong disse cinicamente.
- Fechado.- Axel respondeu.
- Tem certeza?- O presidente sorria com todo o cinismo possível, eu tinha um pressentimento horrível, eu sentia que algo aconteceria conosco.
- Absoluta.- Axel confirmou.
- Muito bem, vamos contar até dez.
A maioria de nossos soldados apontava seus rifles e metralhadoras para o presidente Scott, visivelmente ele havia percebido isso, mas ele apenas continuava sorrindo com ar diabólico para os habitantes da Nova África do Sul e de Londres.
- Um...dois...três...quatro...cinco...- Os soldados dele pareciam tranquilos demais e começei a estranhar aquela situação.
- Axel?- Eu sussurrei segurando o rifle firmemente.
- O que foi?- Ele perguntou.
- Isso está errado.
- Seis...sete...oito...nove...dez.
Quando ele terminou de contar o exército americano recuou e uma multidão ainda maior do que o exército saiu de trás dos soldados, eu fiquei assustada principalmente porque o a multidão não era de homens era de maníacos, eles só atiravam e nos matavam insignificantemente como se viéssemos do lixo.
- Merda!- Eu exclamei atirando, eu atirava loucamente, Axel me dava cobertura o tempo todo, não é à toa que ele acabou levando um tiro, ele tenta proteger demais aos outros, isso é bom mas não na nossa situação vi um maníaco com uma metralhadora atrás dele e atirei sem hesitação, muitos soldados morriam, alguns maníacos tentavam pular em cima de mim, Axel e alguns soldados, eu me concentrava em cada ângulo da minha visão e em cada ruído que pudesse significar perigo para alvum de nós, eu senti alguém me cutucar e olhei para trás, vi uma maníaca com duas facas, ela cravou as duas facas em meus ombros, eu dei um grito e caí no chão, possuída pelo ódio, ainda consegui arranjar forças para pegar a arma e dar um tiro na cabeça dela.
- Lydia!- Assim que Axel me viu largou a arma e se ajoelhou ao meu lado.
- Axel, presta atenção na guerra...eu ficarei bem.
- Ly...você...
- Axel, vai logo.
Ele assentiu e removeu as facas de meus ombros, aquilo doía muito, eu queria gritar, mas eu não podia gritar, eu iria demonstrar a minha fraqueza e na minha opinião e na de minha mãe, isso não é bom, eu consegui pegar uma granada e me levantei, vi o local onde havia a maior concentração de maníacos e soldados americanos misturados, tirei o pino e joguei ela, logo vi a explosão no local, o barulho quase me ensurdeceu, eu corria e atirava como se minha vida dependesse daquelas ações.
Eu vi Mikuno atirando, foi a primeira vez que eu vi uma expressão realmente violenta no rosto dela, os tanques de guerra ingleses atiravam e revidavam agressivamente contra o exército americano, mesmo com os maníacos, pareciamos estar ganhando, percebi que eu precisava ficar quieta se não quisesse perder mais sangue do que havia perdido, eu olhei para o chão e vi uma sombra, a silhueta de um homem com uma seringa na mão, me virei rapidamente e agarrei o braço dele, olhei para a seringa e percebi que ela continha sangue, eu chutei o maníaco que havia tentado me atacar e joguei a seringa contra uma árvore, fazendo com que ela se quebrasse, eu caí no chão, e o maníaco começou a me enforcar, Mikuno apareceu e deu um golpe com o rifle em sua cabeça, ele caiu no chão e ela me ajudou a levantar.
- Está tudo bem Serenity?
- Mais ou menos.
Assim que ela viu meus ombros arregalou os olhos.
- Ai meu Deus, Serenity, os seus ombros!- Ela disse.
- Eu sei.
Vi um maníaco com um pé de cabra correndo atrás dela e a empurrei para o outro lado, eu segurei o pé de cabra com toda a força possível, mas acabei fraquejando e ele me empurrou ele ia me dar um golpe com o pé de cabra mas Mikuno tentou impedí-lo, ele a jogou no chão e Axel atirou nele.
- Ly?- Ele sussurrou.
- Você deveria estar lutando.
- Esquece a batalha, você é mais importante do que essa guerra, pelo menos para mim.- Ele me pegou no colo e me carregou correndo até uma nave.
- Espera, Axel, o que você vai fazer?
- Vão te levar para um hospital.
- Você vai ficar bem?
- Eu não garanto nada, mas prometo tentar.- Ele me deu um beijo na testa.- Preciso ir Ly.
Ele saiu da nave, era horrível quando nos distanciávamos daquele jeito, eu simplesmente odiava ter que partir, ou ter que vê-lo partir, mas o que eu podia fazer? Eu só podia esperar por ele e pensar sobre meus pais, e eles eram uma preocupação muito grande para mim naquele momento, mas eu não podia fazer nada...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...