Explicação

727 85 2
                                    

Quando a nave pousou perto de Purity, desci da nave e fui correndo até a grande árvore que servia de camuflagem para os Puros, Cecilia veio comigo para me ajudar, logo o elevador da árvore foi aberto, entrei e esperei ansiosamente para que chegássemos ao subsolo.
Quando chegamos, a primeira pessoa que vi foi Odette.
- Tia Oddie?- Cecilia chamou, Odette olhou para nós e deu um sorriso.
- Olá Cecilia.- Ela disse, Ceci sorriu, a gentileza encontrada nos Puros é algo inimaginável.
- Tia Oddie, eu queria saber se a senhora sabe aonde Kimberly Sparks está.- Ceci disse.
- Kimberly...ah! A mãe de Lydia, não?- Ela perguntou, de acordo com Cecilia, Odette tem memória fotográfica, então se ela se lembrar do rosto de alguém, provavelmente se lembrará de seu nome também.
- Sim.- Cecilia respondeu enfim.
- Pelo que sei ela estava no laboratório de Dennis Allen, procurem lá, caso ela não esteja vocês podem ir até o dormitório dela ver se ela está bem.- Ela disse.
- Muito obrigada.- Eu disse, o sorriso dela se alargou.
- Fico feliz em ajudar.- Ela disse, assenti e fui correndo entre as pessoas de Purity, tentando encontrar o laboratório de Dennis, mesmo que eu não me lembrasse aonde se encontrava, parei de andar, confusa por alguns instantes, até que me lembrei que Cecilia era filha de Dennis.
- Ceci, sabe aonde fica o laboratório de Dennis?- Perguntei.
- Sim, te levo até lá.- Ela respondeu, fomos andando em passos rápidos até
um corredor diferente de Purity, não tinha as paredes repletas de plantas e flores, suas paredes eram de metal e havia uma porta de ferro, ela tinha que ser aberta a partir da impressão digital da pessoa que configurou, provavelmente Dennis, por sorte a digital de Ceci estava nas configurações, assim que a porta se abriu passamos por mais um corredor, logo eu vi o laboratório, abri a porta e lá estava ela, minha mãe, seus olhos estavam da cor dos meus, ela sorria, eu não consegui dizer sequer uma palavra, Cecilia ficou surpresa, ninguém poderia imaginar que ela estivesse realmente viva, eu me aproximei dela lentamente, ela respirava, sua pele tinha cor, seus olhos brilhavam mais do que nunca, ela estava viva.
- Lydia...- Ela sussurrou, sorrindo, eu ri.
- Mãe...- Eu disse em voz baixa e corri para abraçá-la, ela retribuiu o abraço caloroso e terno, ficamos em silêncio por algum tempo até que a soltei e olhei para ela.- Quase me matou de susto.- Eu disse, ela fez que sim com a cabeça.
- Eu sei, mas foi por uma boa causa, não quero me parecer com a louca da Isabelle mas foi realmente para poupar você e Axel.- Ela disse, baixei o olhar.
- Sem querer ser intrometida mas, tia Kimberly, você está mesmo viva?- Cecilia perguntou.
- Sim.- Minha mãe disse.
- Como?- Ela perguntou curiosamente.
- Chame os outros aqui e explicarei tudo a vocês, eu prometo.- Minha mãe disse, ela assentiu e saiu correndo empolgadamente para chamar os outros.
- Ela é um boa garota.- Minha mãe disse sorrindo.
- Todos concordam, Cecilia é uma das pessoas mais dóceis e gentis que já conheci em toda a minha vida.
- Purity é um lugar com boas pessoas, bons ideais, bons propósitos...só não podemos deixar que Darkness destrua isso.- Ela suspirou.
- Darkness não vai destruir nada, eu serei a ruína dela, precisamos elaborar um plano para que possamos acabar com isso de uma vez, a Nova América já não aguenta mais sua presidente, assim que terminarmos a presidência será de Fionna novamente.- Eu disse.
- Tenho um plano, já funcionou uma vez e sem dúvidas funcionará de novo.- Ela falou confiantemente.
- Que plano?- Perguntei franzindo as sobrancelhas.
- Direi a você mais tarde.- Ela disse, eu me virei para a porta, todos já entravam, Axel, Nick, Logan, Hannah, Missy, Rid, Phillip, Jazmine, Mikuno, Jared, Isle, Adalia, Eleanor, Callyssa, Leslie...todos se surpreenderam, Ceci, Dennis, Kai, tio Garry e tia Morgie entraram logo depois.
- Kimberly?- Axel perguntou confuso porém feliz.
- Bom...acho que seria bom dizer que eu tive que criar um clone meu, eu sabia que Isabelle iria matar alguém que Lydia amava, eu sabia que era um plano de Isabelle, e eu sei o quanto seria difícil para ela se eu morresse, mas também sei que se eu não estivesse lá Axel seria o alvo...e Axel, acredite, talvez a sua morte chegasse a ser mais dolorosa para ela do que a minha morte, foi por isso que eu criei um clone, com a ajuda de Garrett, Morgana, Dennis e Kai, eu sei que posso ter causado algum transtorno e peço desculpas por isso.
- Tia Kimberly, o mais importante é que está viva, mas por favor não faça isso nunca mais.- Adalia disse sorrindo, minha mãe começou a rir.
- Kimberly! Mas que susto!- Leslie disse.
- Não é novidade Lie.- Ela disse.
- Ficamos preocupadas com você.- Callyssa disse.
- Sei disso, já pedi desculpas Cally.- Minha mãe disse, as duas foram e abraçaram ela, Lea e Ada vieram até mim e fizeram o mesmo.
- Por que estão me abraçando mesmo?- Perguntei.
- Porque nós somos suas amigas loucas Lydia.- Lea disse, eu e Ada rimos.
- Lea tem razão, aliás, somos até piores do que maníacos em alguns quesitos.- Adalia disse.
- É por isso que vocês são minhas amigas?- Ironizei.
- Provavelmente.- Lea disse, todas rimos da situação.
Jared e Isle apareceram.
- Pois é garotas, o abraço aí tá muito legal mas...- Jared disse puxando Adalia levemente pela cintura.-...Eu preciso da minha Ada comigo.- Ele disse, Ada corou, riu e olhou para mim, Lea piscou, e ambos saíram andando.
- Quanto a nós Lea?- Isle perguntou com um sorriso malicioso no rosto.
- De jeito nenhum eu vou ficar aqui com a Ly e depois a gente conversa tá Isle?- Eleanor ironizou.
- Você sabe que eu não quero só conversar.- Ele disse ainda maliciosamente, ela empurrou ele levemente.
- Não perguntei.- Ela disse, ele riu, eu ri dos dois, senti dois braços me envolverem e me virei, vi Axel.
- Pensando bem Isle, acho que eu tô muito a fim de ir com você, vamos logo.- Eleanor disse sorrindo sarcasticamente e empurrando-o levemente para que se afastasse.
Axel e eu rimos da situação.
- Como se sente?- Ele perguntou.
- Feliz.- Eu respondi de um jeito bobo, ele riu e se aproximou de mim, beijei ele entre risos, ele sorria sem cessar, mas logo parou.
- O que a gente faz a seguir?- Ele perguntou.
- Minha mãe disse que tem um plano mas...
- Eu não estou falando disso.- Ele sorriu maliciosamente, eu sorri do mesmo jeito.
- É mesmo?- Perguntei.
- É.- Ele confirmou me beijando, eu continuava sorrindo.
- Depois quem sabe, não?- Perguntei.
- Você sabe ser provocativa de tantas maneiras, não é?- Ele perguntou, ri irônicamente.
- Talvez.- Eu disse.
- Certas pessoas não aprovariam esse tipo de comportamento entre um príncipe e uma princesa.- Ele brincou.
- E quer saber? Danem-se as pessoas.- Eu disse, ele sorriu e me beijou...

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora