- Qual é o plano?- Leslie indagou, minha mãe olhava para ela, Cally, Patrick, tia Morgie e tio Garry, Axel segurava minha mão e a acariciava a mesma com o polegar.
- Vocês devem se lembrar de quando Jeffrey se infiltrou e nos ajudou com informações sobre Era.- Minha mãe disse.
- Sim, pensa em fazer a mesma coisa agora?- Cally perguntou levantando as sobrancelhas.
- Exato, usando uma pessoa com quem Isabelle tem afeto, uma pessoa que ela confie.- Minha mãe disse.
- As intenções de Patrick seriam óbvias se ele fosse mandado, acho que alguém com quem ela ainda se importa muito deveria ir.- tio Garry disse.
- Por exemplo?- Patrick perguntou.
- Nick, por mais que ele a xingue ele ainda é filho dela.- Eu propus.
- Lydia tem razão, se o camuflassemos como maníaco ele seria o confidente de Darkness.- Tia Morgie confirmou.
- De jeito nenhum vou mandar meu filho para o lado daquela...vaca louca.- Patrick disse.
- Patrick, é preciso.- Minha mãe disse.
- Mandaria Lydia para ser a "confidente" daquela mulher?- Patrick perguntou irritando-se.
- É diferente, Lydia é minha filha, não sua nem dela.- Minha mãe retrucou.
- Ei, peguem leve aí, ok?- Eu disse tentando aliviar a tensão.
- Enfim, acho que Ly tem razão, sou a favor.- Axel disse autoritáriamente.
- A favor.- Minha mãe disse sorrindo para mim, eu apenas sorri.
- Lydia vai saber o que fazer, herdou os genes da mãe e do tio; A favor.- Tia Morgie disse piscando para mim, tio Garry deu uma risada e segurou a mão dela.
- Se ela está a favor eu também estou.- Tio Garry disse, Leslie assentiu.
- Sou a favor.- Ela disse.
- Concordo plenamente.- Callyssa disse, minha mãe deu uma risada irônica e olhou para Patrick.
- Sinto muito Patrick, mas não se pode contrariar a maioria.- Minha mãe ironizou.
- Que seja.- Ele bufou.- Traga Nick aqui, e se algo acontecer a ele Kimberly eu culparei você!
- Patrick, sem stress, ninguém aqui vai aumentar o tom com ninguém.- Eu disse.
- Lydia não te entendo, sempre achou ele um babaca.- Minha mãe deu de ombros.
- Obrigado pela informação.- Ele revirou os olhos.
- Eu achava ele um babaca, até hoje à tarde.- Ele arqueou e deu um suspiro, minha mãe meneou a cabeça.- Depois te explico tudo mãe.- Eu disse.
- Certo.- Ela disse confusa.
Liguei meu fone e iniciei uma chamada para Nick, logo ele atendeu.
- Oi Lydia.
- Oi Nick, vou ser direta com você, preciso que venha até o laboratório agora.
- Certo, mas a Ceci pode ir comigo?
- Claro, te espero aqui.
Desliguei o fone e fui até Axel.
- E agora? Estou confiante de que vai funcionar.- Ele disse.
- Mesmo se não funcionar, mesmo que ela descubra tudo, vai doer nela, eu odeio fazer isso mas Darkness é uma psicopata, ela é louca.- Eu disse dando um suspiro.
- Lydia Sparks, raciocínio lógico e rápido de "Imune" quase perfeito.- Ele brincou, eu apenas ri, ele ficou olhando para mim com um sorriso sarcástico no rosto, mas logo eu vi um terror em seus olhos verdes claros pela fase da doença que nunca vi antes, ele se afastou bruscamente de mim.
- Axel?- Ele sentia pavor, medo era pouco para descrever, sua respiração ficou ofegante de uma hora para outra, ele começou a suar e parecia extremamente desesperado, coloquei minhas mãos no rosto dele, ele tentou me empurrar mas não conseguiu por causa da força ganha com o soro.
- Axel!- Eu disse, foi como se ele acordasse de uma ilusão.
- Axel...tá tudo bem...foi só uma visão, ok?- Eu disse franzindo a testa.
- Foi mal Ly...eu...não sei o que deu em mim.- Ele disse passando uma das mãos pela parte de trás do pescoço.
- Viu algo?- Perguntei.
Ele assentiu.
- O que?- Perguntei novamente.
- Paredes, me espremendo em um cômodo, elas se moviam rapidamente, não cheguei a temer de verdade mas senti agonia, parecia real.- Ele disse.
- Axel, você é claustrofóbico e a sua esquizofrenia fez com que você visse esse medo.
- Eu não sei eu só...
- Axel Harrison, está tudo bem ok?- Perguntei passando as mãos por seu rosto.
- Ok Lydia.- Ele fez que sim com a cabeça.- Eu não quero que isso se repita...se eu ferir você em alguma circunstância por causa dessa droga de doença eu vou me odiar.
- Nada vai acontecer Axel.
- Ly, você é a melhor coisa que já me aconteceu, Darkness poderia tirar isso de mim, mas tenho medo de que eu mesmo faça isso.- Ele disse.
- Axel...eu...
Nick chegou no laboratório junto com Cecilia, baixei o olhar e Axel olhou para os dois.
- O que foi?- Nick perguntou.
- Precisamos conversar Nick.- Axel disse.
- Sobre?- Ele perguntou.
- Sua mãe.- Axel disse e Nick revirou os olhos.
- Olha cara, qualquer coisa que você queira dizer sobre a minha mãe eu já sei, tá legal?!- Ele disse irritado.
- Acalme-se, só precisamos que faça uma coisa.- Axel disse, Ceci estranhou e apertou o braço de Nick com força, encostando a cabeça em seu ombro.
- Ok, prossiga.- Nick disse enfim.
- Queremos que se infiltre, aonde quer que sua mãe esteja, queremos que finja estar do lado dela, que seja nosso informante.- Axel propôs convincentemente, Nick pensou um pouco, Ceci balançou a cabeça negativamente.
- Nick não faz isso, ela é perigosa.- Ceci disse, Nick balançou a cabeça e segurou o rosto dela com as mãos.
- Ela é minha mãe, não vai me machucar, além disso eu vou voltar, tá bom?- Ele consolou, ela assentiu e ele a beijou, ela retribuiu e eu sorri, eles pararam rapidamente, o rosto dela estava avermelhado.
- Eu aceito.- Nick disse.
- Ok, nós daremos um jeito de fazer com que se pareça com um psicopata, você tem que se parecer de todas as maneiras com um "Assassino".
- Como vou me parecer com um "Assassino" cara?!- Ele perguntou levantando as sobrancelhas.
- Lentes e treinamento, posso te ajudar a se parecer com um deles mas você vai ter que fingir muito bem, jogue o jogo sujo da sua mãe e use isso contra ela.- Eu disse.
- Eu quero um futuro com Cecilia, quero que meu pai fique bem, mas tenho a consciência de que ninguém está a salvo enquanto minha mãe estiver tocando o terror na Nova América...faço o que for preciso para libertar esse país dela.
- Bom, já que está disposto a salvar esse país, vamos começar...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...