Eu fui colocada em uma cela, eu tinha certeza de que Nathan sentia medo de mim, logo um clone de Armstrong entrou na sala, revirei os olhos e respirei fundo.
- Lydia Sparks, a rebelde.
- Fala logo o que você quer e dá o fora, ok?
- Só tenho uma pergunta e vou ser bem direto: Como?
- O que?
- Não se faça de desentendida! Você derrubou quatro soldados treinados e quebrou dois braços de uma caçadora! Qual é o seu truque?!
- Não tem truque, eu só me defendi, é o que pessoas fazem para sobreviver.
- Não daquele jeito! É fisicamente impossível!
- Só porque você não sabe lutar não quer dizer que outros não saibam.
Mesmo que fosse um clone eu quase podia sentir a sua raiva.
- Você tem mais força do que os outros, por alguma razão.
- Quem está insinuando isso é você.- Eu respondia tranquilamente.
- Não acha que pode ser mais? Lydia você poderia ser transformada em uma arma, em algo maior.
- Nunca, se for para estar do seu lado.
- Ah pelo amor de Deus Lydia você e seu grupo são assassinos!
- Nos tornamos assassinos por sua causa.
- Você está calma demais.
- Se eu perder o controle eu quebro seu clone ridículo em pedaços.
- Já chega...qualquer coisa que me diga é inútil...só me responda uma coisa.
- Prossiga.
- Aonde está minha filha?- Ele perguntou em tom de súplica, manti a frieza.
- Eu não sei.
Ele respirou fundo e saiu da sala.
Logo alguns homens vieram, me algemaram e me levaram para uma nave.
- Para onde vamos?- Perguntei curiosa.
- Toronto.- Um deles me respondeu grosseiramente, eu apenas dei um sorrisinho falso.
- Hoje não...- Sussurrei para mim mesma.
Esperei que estivéssemos longe de Nova Montreal, os guardas da nave já estavam destraídos, calculei que haviam seis, contando com o piloto, seria fácil de derrubá-los.
Quebrei minhas algemas com facilidade, olhei para o guarda que estava de costas, quebrei o pescoço dele, outro deles me viu e começei a enforcá-lo, ele ficava com a boca aberta na esperança de respirar, seus olhos verdes escuros me fitavam e segurava meus braços com uma fraqueza que era quase desprezível, logo ele parou de respirar, joguei-o no chão e peguei uma faca em seu bolso, logo outro apareceu, cravei a faca no pescoço dele e retirei rapidamente, a tempo de dar um chute em outro que vinha em minha direção, cravei a faca em seu peito e retirei.
- Ei!- Olhei para o lado e vi um soldado com uma arma, joguei a faca e desviei do projétil que ele disparou.
A faca acertou sua garganta.
Só faltava o piloto, fui até a parte da frente da nave, ele percebeu minha presença e fez uma chamada no rádio, agarrei o pescoço dele, quebrei o pescoço dele, assumi o controle da nave e desliguei o GPS.
- Kai?- Chamei através do fone.
- Lydia, você conseguiu?
- É, consegui, nosso plano deu certo.
- Que bom, agora venha para Cleveland o mais rápido possível, descobrimos algumas coisas que você precisa saber, além disso tem surpresas para você também.
- Não dá para falar logo?
- Para que se eu posso te deixar curiosa?
Revirei os olhos.
- Ok, eu chego aí em menos de duas horas.
- Esperamos por você.
- Se preparem, Armstrong está com os dias contados...
***
- Lydia!- Mal desci da nave e já fui surpreendida por Eleanor e Adalia, elas me abraçaram com força, senti uma felicidade repentina ao vê-las vivas.
- Lea, Ada, que bom que estão bem! O que estão fazendo em Cleveland?!
- Theodore mandou reunir o grupo inteiro novamente! Agora estamos aqui e não sabe o quanto estou feliz por te ver viva!- Adalia dizia empolgadamente.
- Que bom que não tomou um tiro no peito princesa Lydia.- Eleanor ironizou sorrindo.
- Ly!!!- Vi Missy correndo para me abraçar, eu a abraçei rindo.
- Oi Missy.
- Eu sabia que ia dar na cara de todo mundo!- Ela disse entusiasmada.
- Ainda não acabou, a caçadora já era por um tempo, mas ainda temos que derrubar Nathan e principalmente Armstrong.
- Vamos conseguir.
- Que bom ver você de novo Lydia.- Vi Mabel dizer, sorri gentilmente.
- Acreditem sou a mais feliz de todas.- Lorraine disse em tom de brincadeira, nós rimos.
- Com certeza.- Eleanor disse em tom irônico.
- Lydia?- Flynn apareceu.
- O que foi Flynn?
- Sei que acabou de chegar mas Theodore e Kai querem falar com você.
- Claro.- Eu disse com meu sorriso desaparecendo.
- Acompanhe-me.
Eu o segui até uma sala, Axel e Kai estavam lá, Justine afiava uma faca seriamente.
- Ly.- Axel disse e me abraçou.
- E aí Lydia?- Tine perguntou.
- Oi Tine.
- Bem vinda Ly.- Kai disse dando um sorrisinho.
- O que queriam me dizer?- Perguntei confusa.
- Muita coisa Lydia, para começar, achamos uma espécie de micro chip de localização no pescoço de Nick Campbell...- Kai me mostrou o chip enquanto explicava.
- Está desligado?
- Obviamente sim, mas essa não é a questão, ainda não consegui encontrar o controle, mas sei que só pode estar com alguém próximo.- Kai dizia sem fazer pausas.
- E quem acha que é?- Perguntei.
- Patrick Campbell.- Axel acusou, olhei para ele e levantei as sobrancelhas, eu não acreditava mas também não duvidava.
- Prossiga.
- Patrick trabalhava com Armstrong mas também nunca confirmou que havia realmente se aliado a nós, então eu pergunto a vocês, por que acham que ele se aliaria a nós?
- Tem razão Theo, ele só se juntou a nós por insistência da criação do grupo...- Kai disse.-...Faz sentido.
- Acha mesmo que ele ame tanto o país a ponto de se recusar a traí-lo mesmo que seja para o bem?- Perguntei confusa.
- Não duvido Lydia.- Axel respondeu, respirei fundo.
- Talvez esteja certo, Patrick é muito cabeça dura de vez em quando.
- Sabemos disso, mas acho que você e Axel deveriam confirmar isso, provavelmente ele não vai negar e se ele negar com certeza é um tremendo cretino.- Justine disse.
- Justine é uma assassina, ela sabe como influenciar as pessoas, por bem ou por mal ela sempre consegue as informações que precisa.- Kai propôs.
- Acha que consegue tirar alguma informação de Patrick?- Perguntei para Justine curiosamente.
Ela sorriu irônicamente e jogou a faca na parede.
- É só trazer o babaca aqui e eu faço ele falar...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...