( 30 de Novembro de 2055- Novo Edifício Governamental de Londres [NEGL] )
- Está se espalhando rápido demais! Já temos a primeira vítima da quarta fase na Nova Inglaterra em Nova Liverpool! O que vem a seguir?! A Nova Inglaterra inteira?! O que iremos fazer quanto a isso?!- O rei Johan vociferava enfurecido com a situação, foi confirmado o primeiro caso da quarta fase no país, a morbo é bem mais contagiosa do que parece ser; Em dois meses ele já conseguiu contaminar a Nova América inteira e chegou na Nova Inglaterra por alguma razão desconhecida, há relatos de que já existem casos da quarta fase na costa da Nova África.
- Johan acalme-se por favor!- A rainha Caitlyn disse nervosamente porém ainda com ternura.
- A Nova América já trabalha na cura, poderíamos ajudar e começar a trabalhar na cura também, isso só iria acelerar o processo de cura para a quarta fase.- Propus, o rei olhou para mim ainda enraivecido.
- Com licença senhorita Sparks mas alguém aqui pediu a sua opinião?!- Ele me perguntou.
- Perdão meu pai mas eu não vou tolerar que você seja rude com ela! Ela é a princesa da Nova Inglaterra e merece respeito.- Axel disse em tom sério.
- Ela é a princesa, você é o príncipe, mas eu sou o rei e enquanto eu for o rei vocês devem calar a boca.- Ele retrucou.
- Se pensa que vai conseguir parar a morbo bancando o "rei", saiba que você não vai! Acha que o fato de você possuir o título de rei da Nova Inglaterra vai parar a epidemia?! Tem pessoas morrendo enquanto o senhor fica aí dando uma de cego, o seu povo vai começar a morrer em breve e o que você vai poder fazer se não colaborar?! O senhor vai poder fazer algo?! Abra os olhos rei Johan! Isso é a vida real, com ou sem a minha opinião!- Ele me olhou com raiva, mas respirou fundo.
- Certo, vou fazer o que pediu, se não conseguirmos, você será a culpada pelo ato e vai assumir a responsabilidade para todos os habitantes da Nova Inglaterra.- Ele propôs tentando me intimidar, ignorei completamente sua estupidez.
- Eu nunca tive medo de assumir as consequências de meus atos.- Respondi firmemente, com a certeza de que daria certo.
- Dispensados.- O rei disse sorrindo, porém ainda nervoso.
Saímos da sala principal, Axel começou a rir.
- Você é completamente louca, sabia?- Ele perguntou rindo.
- Algumas loucuras sempre dão certo.- Eu disse com um sorriso irônico estampado em meu rosto
- Tem razão, é exatamente por isso que considero o fato de me apaixonar por você uma loucura.- Ele ironizou fazendo com que eu risse.
- Lydia?!- Ouvi a voz de Fionna em meu fone.
- Fionna?
- Eu preciso da sua presença e da de Axel na Nova América, o contágio da quarta fase está piorando, estamos tentando e trabalhando arduamente para a descoberta da cura mas a morbo continua avançando cada vez mais, eu simplesmente não sei o que fazer.
- Calma Fionna, eu vou falar com Axel, se possível eu atendo ao seu pedido.
- Ok, obrigada Lydia.
- De nada.
Desliguei o fone, Axel me olhou desnecessariamente preocupado.
- O que foi?- Ele me perguntou.
- Fionna, ela quer que o grupo volte para a Nova América.- Respondi.
- Por que?- Ele perguntou curiosamente, abrindo um sorriso levantando as sobrancelhas pois sabia que eu adorava quando ele fazia perguntas bobas sorrindo daquele jeito, o sorriso de Axel Harrison é capaz de me deixar tão sem jeito que às vezes tenho vontade de beijá-lo a todo o momento.
- Contágio, o avanço da morbo.- Respondi, e em milésimos de segundos o sorriso que antes marcava seu rosto e complementava seus olhos profundamente azuis já tinha desaparecido, dando lugar a uma expressão séria e preocupada, ele deu um suspiro.
- Certo, precisamos ir para lá, eu vou ter uma conversa com meu pai, ele vai deixar.- Ele afirmou, Axel podia ser brincalhão às vezes, mas sabia o tempo certo para tudo.
- Tudo bem, aguardo sua resposta.- Eu disse.
- Ok.- Ele deu um leve sorriso e saiu andando pelo corredor, cada canto iluminado pela luz da manhã no NEGL era simplesmente bonito.
- Filha?- Olhei para trás e vi minha mãe sorrindo, abraçei ela com força moderada para não machucá-la, afinal a força ilimitada tem um preço.
- Oi mãe.- Pronunciei rapidamente porém delicadamente.
- Sabe aonde Callyssa está?- Ela perguntou sorrindo enquanto se desprendia suavemente de meu abraço.
- Não, mas Isle ou Noah devem saber.- Respondi.
- E aonde eles estão?- Ela perguntou olhando para os lados de olhos semicerrados, fingindo curiosidade, eu sorri.
- Isle provavelmente está com Eleanor, e Noah está em frente ao lago.- Respondi.
- Ok, obrigada minha filha.- Ela sorriu e se despediu, saiu andando pelos corredores e logo a perdi de vista.
- Você é bem carinhosa com sua mãe não é?- Ouvi Patrick me perguntar.
- Se chama família.- Ironizei, ele riu por alguns instantes.
- Lisbelle sempre foi a mais carinhosa comigo depois de Mabel.- Ele resmungou tristemente.
- Alguma notícia dela?- Perguntei.
- Não.- Ele respondeu dando lugar à frieza.
- Como é que estão o Nick, o Rid e a Mabel?- Perguntei depois de respirar fundo.
- Nick está pouco abalado, mas ainda incrédulo, Rid não liga muito para essas coisas, mas Mabel está extremamente desapontada e chocada pelos atos da irmã.- Ele respondeu.
- E Isabelle?- Perguntei.
- O coração de Isabelle é bem frágil, mesmo que não pareça, por esta razão me encantei por ela, mas a questão é que ela disse que a dor que sente pelo que Lisbelle fez apodreceu uma parte do coração dela, e depois que Lisbelle fugiu ela ficou terrivelmente abalada.- Ele disse com olhar triste.
- Sinto muito.- Eu disse baixando o olhar.
- Não sinta.- Ele disse ainda triste.
- Minha sobrinha gosta de conversar com babacas.- Meu tio Garrett e a tia Morgie apareceram.
Eu abraçei a tia Morgie enquanto o tio Garrett cumprimentava Patrick, no passado o tio Garry costumava odiar Patrick por causa de minha mãe, mas hoje não é mais assim.
- Como está?- Tia Morgie me perguntou, sorrindo, ela tinha pintado os cabelos de um vermelho que eu adorava, embora Adalia odiasse a cor.
- Ly?- Ouvi a voz de Axel me chamar, olhei para ele, ele assentiu com a cabeça, entendi o significado do ato e o acompanhei...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...