Diário de uma rebelde_Livro 2

Ataque final: Parte um

No dia seguinte o grupo inteiro já estava reunido novamente, Fionna e Castiel voltaram junto com a população Nova Yorkina, todos treinávamos com Justine, eu lembrei de que precisava contar o plano para Fionna se quisesse que tudo desse certo, fui até ela, que conversava com Castiel enquanto os dois treinavam.
- Fionna?- Chamei, ela olhou para mim rapidamente.
- Lydia?- Ela perguntou sorrindo porém era visível que estava confusa.
- Preciso falar com você.- Falei fazendo com que ela levantasse as sobrancelhas.
- Sobre o que?
- A queda do seu pai.- Ela deu um sorrisinho e me acompanhou.
- Então, qual é exatamente o seu plano?- Ela me perguntou.
- É simples, vamos invadir a Torre Fallberg, é onde seu pai está.
- Parece bem simples mesmo.- Ela concordou.
- Mas para isso preciso da sua confiança.- Eu disse fazendo com que ela ficasse confusa e curiosa.
- Como assim?
- Se eu apontasse uma arma para sua cabeça você confiaria que eu não puxaria o gatilho?
Ela ficou assustada me olhando por alguns instantes.
- O que está propondo?- Ela me perguntou.
- Se quiser fazer com que o plano dê certo você vai ter que fingir sua inocência, você vai precisar fingir que foi sequestrada por nós.- Respondi e ela franziu as sobrancelhas.
- Lydia, e se meu pai fizer algo com vocês? Eu conheço vocês a pouco tempo mas já são meus amigos.
- Então você terá a honra de livrar o país daquele homem de uma vez por todas.- Respondi baixando o olhar.
- Ly, eu não quero que vocês se machuquem, eu conheço Scott Armstrong melhor do que ninguém, eu sei melhor do que ninguém o quanto ele é perigoso.
- Fionna, precisamos fazer isso...Castiel, proteja ela caso algo aconteça...- Eu disse.
- Sempre foi meu dever protegê-la.- Ele segurou a mão dela.
- Por que?- Fionna me perguntou ainda triste e mostrando desespero, eu sabia que ela não queria que ninguém morresse, mas é a nossa única chance, temos a chance de salvar a Nova América definitivamente, de uma vez por todas.
- Porque você assumirá a presidência da Nova América depois disso.- Eu afirmei sorrindo e olhando para ela.
- Lydia eu nunca quis governar o país.- Ela balançou a cabeça negativamente, os cabelos curtos dela quase não se mexiam quando ela fazia isso.
- Fionna você é uma pessoa boa, você tem todas as condições possíveis para liderar o país.- Eu afirmei ainda sorrindo, mas ela parecia nervosa e indecisa.
- Ly, eu só tenho vinte e três anos, como vou governar os Novos Estados Americanos assim? Eu já não tenho capacidade para governar nem os Novos Estados Americanos quanto mais ser a Líder oficial da Nova América inteira!- Ela exclamou ainda nervosa.
- Preste atenção Fionna, você conseguiu virar Nova York inteira contra seu próprio pai e está arriscando a sua vida agora para salvar o país, além disso você é a filha única de Armstrong, a presidência é hereditária na Nova América, lembra? Não há outro sucessor ou sucessora a não ser você.- Ela ficou em silêncio, pensando por alguns segundos.- Só você pode fazer isso.- Encorajei, ela respirou fundo e olhou para mim, Castiel olhava para ela sorrindo, todos viam em Fionna a futura líder que esperávamos, todos viam nela o oposto de Armstrong.
- Se for pela Nova América eu farei.- Ela disse enfim, eu dei um sorriso.
- Tenho certeza de que você será uma ótima líder para este país.
- Agradeço...mas eu não sei se vou conseguir...
- Fionna, se você for melhor do que seu pai todos agradeceremos muito.- Todos rimos.
- Quanto ao plano, quando começamos?- Ela perguntou voltando a ficar séria.
- Amanhã estaremos em Toronto, vamos invadir Fallberg e Armstrong finalmente vai padecer...
***
Entramos na Torre silenciosamente, os funcionários começaram a atirar, tentei atirar em cada um deles e derrubei mais da metade deles, vi uma multidão de cientistas sair de um local que parecia ser uma porta secreta, em meio a confusão e aos ruídos quase ensurdecedores dos tiros consecutivos eu olhei para Axel.
- Devemos ir até lá?- Perguntei em voz alta, ele apenas assentiu, sério e frio como gelo, eu entrei vagarosamente na sala, percebi que era um laboratório de pesquisas, para que uma torre com objetivos políticos teria um desses? Escutei um grito e vi um maníaco colocar algo no pescoço de Axel, atirei no maníaco rapidamente e me ajoelhei ao lado de Axel.
- Axel?! O que foi isso?!
- Não...foi nada...- Ele disse com dificuldade para respirar.
Virei o pescoço dele lentamente e vi que se tratava de um chip, havia sido grudado no pescoço dele.
- O que é isso?- Perguntei nervosa.
- Não deve ter sido nada.
Ele se levantou ainda com dificuldades para andar e respirar.
Joguei ele em uma poltrona.
- Axel não posso deixar que vá assim.
Ele se contorcia, como se sentisse dor.
- Eu posso ajudar?- Uma voz masculina e trêmula perguntou, olhei para trás e vi um homem de cabelos pretos, era um maníaco, ele usava um óculos, parecia ser um cientista.
- Como vou confiar em você?- Perguntei.
- Somos da mesma espécie.- Ele disse em tom sincero e se aproximou de nós, ele observou o chip cautelosamente e deu um suspiro.
- Você tem que correr, em poucos segundos o efeito já terá afetado ele.
- Efeito do que?!- Perguntei preocupada e assustada ao mesmo tempo.
- Do sistema de controle mental criado por Armstrong, corra agora!- Fiquei assustada, Patrick havia dito a verdade, eu corri, vi que um dos maníacos que estavam na Torre atacavam Mabel, dei um tiro no maníaco, um deles me jogou contra a parede fazendo com que minha arma caísse no chão, a parede se quebrou, eu peguei-o pelo pescoço e começei a estrangular ele, que logo caiu no chão, imóvel, senti uma estranha perfuração em minha perna esquerda, olhei para baixo e vi que havia sido atingida por uma flecha, retirei a flecha furiosamente e olhei para trás, vi um homem com um arco, eu corri em direção à ele e desviei das flechas que ele disparava, agarrei uma das flechas e cravei no peito dele, vi uma explosão e vários canadenses morrendo, Missy havia usado uma granada para eliminar os maníacos que nos atacavam, isso só nos ajudou, eu começei a subir as escadas, ouvi um barulho e percebi que um elevador sairia no mesmo andar em que eu estava, esperei para ver quem era, segurando o canivete reserva que eu tinha com firmeza e força, quando as portas do elevador se abriram eu vi Axel.
- Axel?- Perguntei, ele me olhava seriamente.- Eu falei para você ficar...- Subitamente ele agarrou meu pescoço e me encarou, ele me jogou escada abaixo, eu nunca usaria minha força se fosse para machucá-lo, mas eu sabia o quanto ele queria me machucar, eu vi isso em seus olhos que haviam adquirido a cor cinza, eu sabia que não era culpa dele, mas ele continuava se aproximando de mim e eu não sabia o que fazer...