Tudo o que nos resta é ansiedade, não sabemos ao certo se Isabelle estava contaminada ou não, se ela era "Esquizofrênica", "Imune" ou "Assassina"...tudo o que sabemos é que ela quer matar Missy e eu, entendo que ela quer vingança, mas a vingança só deve ser aplicada em pessoas verdadeiramente ruins, aquelas que não hesitam em apontar um revólver para um ser humano inocente, essas pessoas merecem a dor da vingança, e não aquelas que fazem de tudo para salvar uma nação, não uma criança, não uma garota que ajudou outra a trair o próprio país, não um homem que lutou por anos contra a mesma epidemia ao lado da mesma mulher.
- Prontinho!- Minha tia exclamou eufóricamente, retirando a venda que cobria meus olhos fortes e verdes, olhei diretamente para meu reflexo no espelho, analisei sorrindo as mechas rosas em meu cabelo loiro que tia Morgie havia feito, era um hobby dela pintar cabelos para que ficassem coloridos, lembrei que havia uma anotação no diário de minha mãe que dizia que ela pintou o cabelo de azul, eu não chegaria a pintar inteiramente meu cabelo mas as mechas ficaram legais.
- Lydia, você está linda!- Adalia disse sorrindo e colocando suas mãos sob a boca.
- Isso sim é sexy.- Eleanor brincou.
- Elas tem razão.- Tia Morgie pdisse sorrindo.
- Aí está Morgana, usando os cabelos da minha filha como objeto de diversão.- Minha mãe ironizou.
- Ora, cale a boca Kimberly, ela está muito linda, não?- Tia Morgie perguntou levantando uma das sobrancelhas e cruzando os braços.
- Mais do que já é.- Minha mãe disse piscando para mim, eu apenas sorria.
- Afinal, o que vou fazer com mechas rosas?- Brinquei sorrindo irônicamente.
- Deixar que eu te olhe a todo o momento?- Axel entrou na sala, ele dava um sorrisinho malicioso, deixando a mostra seus dentes extremamente brancos, minha mãe sorriu e fez um sinal para que todas saíssem, elas fecharam a porta e senti meu coração disparar ao vê-lo se aproximar de mim, ele colocou suas mãos em minha cabeça, acariciando levemente meus cabelos.
- Como consegue ficar mais linda a cada segundo?- Ele perguntou, eu ri e enrolei meus braços em volta de seu pescoço.
- Eu não sei.- Respondi enfim, sorrindo.
- Não precisa explicar, eu já sei que isso é um dom seu.- Ele disse com o mesmo sorriso malicioso.
- O que?- Perguntei mordendo os lábios levemente.
- Ser perfeita, você é muito boa nisso.- Ele respondeu, eu ri, senti suas mãos em minha cintura, olhei diretamente em seus olhos, coloquei minhas mãos em sua nuca e fechei meus olhos, ele me beijou com uma vontade que eu desconhecia nele, ele estava selvagem, ele me queria e eu sentia aquilo, nós sempre tivemos uma química sobrenatural, nossos beijos sempre eram perfeitos, eu sentia o calor em nossas bocas, ele puxava e apertava minha cintura com força, eu sentia nossas respirações ofegantes, senti o impacto leve de meu corpo contra a parede, ele parou de me beijar e começou a mordiscar minha orelha direita levemente, ele sorria maliciosamente enquanto fazia isso, me provocando, eu sorri e começei a desabotoar a camisa que ele usava.
Eu beijava seu pescoço, ele apenas apertava minha cintura, ouvi batidas na porta e parei imediatamente.
- Droga...- Sussurrei, ele olhou para a porta.
- Quem é?- Ele perguntou enquanto abotoava a camisa ágilmente.
- Sou eu, Mikuno.- A voz tranquila dela respondeu.
- Depois nós continuamos.- Ele sussurrou sorrindo maliciosamente novamente e indo abrir a porta.
Ela nos olhou e deu um sorrisinho.
- Eu não quis interromper mas Sean Palmer deseja ver vocês.- Mika disse.
- Certo, obrigado por avisar.- Axel disse assentindo com a cabeça levemente, fazendo com que seus cabelos castanhos ficassem mais claros diante da luz.
Nós saímos andando até a enfermaria, Sean estava sentado ao lado de Missy, ela tinha apanhado feio de Isabelle haviam marcas roxas por todo o seu corpo frágil, seu rosto estava inchado, eu vi um curativo enorme em seu estômago, eu sabia que ela havia levado uma facada.
- Ela está morrendo...eu esperei todo esse tempo para vê-la...só não esperava que ela fosse morrer tão cedo.- Sean disse, olhando para nós com seus olhos vermelhos.
É realmente incrível, até o mais forte pode padecer.
Por mais forte que Missy fosse, eu sabia que ela não resistiria, olhei para a tela que estava acima dela na parede, seus sinais vitais estavam fracos, seus batimentos cardíacos estavam desacelerando lentamente, ela estava parando de respirar vagarosamente, eu saí correndo da enfermaria, percorri pelos corredores do NEGL rapidamente, vi minha mãe conversando com o tio Garry.
- Mãe!- Eu disse desesperadamente.
- Filha, o que houve?!
- O soro de Era, eu preciso dele, preciso dele agora!- Falei em voz baixa, porém não perdendo o desespero.
- Por que?- Ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
- A Missy é a única que está morrendo morrendo, eu preciso usar o soro nela mãe.- Eu falei rapidamente.
- Lydia, Missy é uma criança, ela não saberá usar a invulnerabilidade que terá.- Ela argumentou.
- Eu não vou deixar minha amiga morrer.- Falei, ela suspirou, me levou até seu quarto e me deu uma seringa que continha o soro.
- Obrigada...- Sussurrei e a abraçei levemente e rapidamente, voltei para a enfermaria correndo.
Axel me viu e se assustou, Sean arregalou os olhos.
- Que merda é essa Lydia?!- Sean perguntou se levantando.
- A esperança de salvação da sua filha.- Falei injetando o soro nela, seu coração ficou acelerado no mesmo instante, ela respirava profundamente, ela abriu seus olhos verdes e se levantou assustada, rapidamente.
Sean se impressionou, Axel observava sério.
- Ly?- Ela sussurrou aterrorizada, o medo é um efeito do soro depois que se acorda, tudo é melhor quando se está acordado, você não sente nada.
- Missy, acalme-se primeiramente.
- O que aconteceu?- Ela perguntou.
- Eu vou te explicar algumas coisas mas eu preciso que você confie em mim e tenha muita paciência a partir de agora.
- Lydia, não estou entendendo você, Isabelle fez alguma coisa comigo?
- Não, Missy, eu só preciso que me dê a sua confiança mais uma vez.- Falei, ela olhou ao seu redor e respirou fundo.
- Ok...
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Diário de uma rebelde_Livro 2
Science FictionMeu nome é Lydia Sparks Rogers, tenho dezessete anos de idade. Eu sempre fui o tipo de adolescente irresponsável e às vezes imatura; Mas responsabilidade não é uma opção quando há uma Guerra Mundial além de uma epidemia mundial fatal que quase extin...