Plano

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Trouxemos Patrick para a sala, Justine não hesitou e amarrou ele na cadeira, logo apontou uma pistola para a cabeça dele.
- Mas o que é isso?! Eu conheço os meus direitos, seus incompetentes! Como ousam?!- Ele esbravejou.
- Você tem o direito de calar essa boca e escutar o que temos para dizer se não quiser que eu puxe esse gatilho e dê um tiro na droga da sua cabeça!- Justine ameaçou.
- Você não faria isso.- Ele desafiou rindo um pouco e balançando a cabeça negativamente.
- Quer apostar quanto palhaço?!- Ela disse colocando a pistola mais perto da cabeça dele, fazendo-o engolir em seco e olhar para Axel e eu.
- Relaxa aí Tine.- Kai disse.
- O que vocês querem?- Patrick perguntou nervoso.
- Só queremos fazer algumas perguntas e queremos respostas, sabemos que trabalhava pra Armstrong, quanto ao micro chip que foi encontrado no seu filho, o que tem a dizer sobre isso?- Perguntei tranquilamente, ele respirou fundo.
- Eu não sei de nada.
- Patrick abre logo o jogo, sabemos que esconde algo.- Axel disse ficando irritado.
- Eu não sei de nada.- Ele repetiu, Justine colocou o dedo no gatilho e encostou a pistola na orelha dele.
- Eu vou estourar seus malditos miolos se você não falar logo!- Ela ameaçou em voz alta fazendo-o estremecer.
- Tudo bem...eu sei de um experimento...- Patrick disse nervoso.
- Que tipo de experimento?- Perguntei levantando as sobrancelhas.
-...Scott Armstrong está fazendo experimentos com a morbonervosi, o vírus foi criado em laboratório e pode ser revertido ou até sofrer novas mutações nele.
- Está sugerindo que Armstrong quer alterar a morbo?- Axel perguntou.
- Possivelmente.- Patrick respondeu.
- Ele quer mudar o comportamento dos maníacos...- Concluí, Kai me olhou e franziu as sobrancelhas, Axel apenas esfregou o rosto com as mãos e Justine manteve-se fria.
- O que mais você sabe?- Axel perguntou.
- Sei de um sistema...Armstrong só mencionou isso uma vez, um sistema de controle mental através de um neurotransmissor, para humanos ou maníacos não sei dizer bem, mas provavelmente ele não fará isso, faz um tempo que ele disse isso.- Patrick falou, percebi que sentia medo.
- Ok...pode ir.- Eu disse, Justine desamarrou ele.
- Se você contar para alguém o que houve aqui considere-se um homem morto!- Tine disse empurrando-o para que saísse logo da sala.
- Acha que podemos confiar nas palavras dele?- Axel me perguntou.
- Ele estava sob pressão, não tinha como mentir, além disso, o que ele falou não parecia ser uma mentira.- Respondi olhando para ele.
- Lydia tem razão Theo, será que Armstrong está realmente criando um projeto com neurotransmissores para controlar o que quer que seja? Quer dizer, ele não tem um exército, pelo menos não um que esteja completamente a favor dele.
Então provavelmente ele deve ter pensado em usar controle mental para criar um.- Kai disse.
- Eu não sei, eu só sei que não duvido de nada.- Argumentei dando um suspiro.
- Armstrong é louco ele faz o possível e o impossível para que todos obedeçam ele e pensem como ele, meu pai sempre teve razão ele era um ditador não um presidente.- Axel disse.
- Tenho que concordar Theo, mas e a questão da modificação da morbo, o que ele pretende com isso?- Kai perguntou.
- Caos, é a única coisa em que a cabeça perturbada dele consegue pensar.- Justine disse de braços cruzados.
- Vocês acham que ele conseguiria criar algo que prejudicasse os seres humanos com a mutação que pretende criar?- Axel perguntou.
- Sem a menor sombra de dúvidas.- Respondi.
- Axel, ele vai continuar e todos sabemos que aquele desgraçado não vai parar, temos que agir, temos que matar Armstrong o mais rápido possível.- Justine falou olhando para nós.
- Tem razão Tine.- Ele disse.
- Ainda não, falta uma peça especial para que a queda dele esteja quase concluída.- Eu disse olhando para Axel, ele levantou as sobrancelhas e me olhou.
- O que?- Ele me perguntou curioso e ao mesmo tempo intrigado.
- Fionna.- Respondi ligando meu fone, eu esperei algum tempo.- Fionna?- Chamei.
- Lydia? O que houve? Estou escutando.
- Você quer acertar as contas com seu pai?
- Sabe muito bem que sim.
- Então tem sua chance, venha para Cleveland, eu bolei um plano para derrubar Armstrong.
- Deixar os Nova Yorkinos aqui? Lydia eu não posso, eles precisam de mim.
- Eu nunca disse para deixá-los aí, você sabe que os Nova Yorkinos são um exército poderoso.
Ela hesitou mas logo respondeu.
- Tenho algumas naves, acho que dá para os cidadãos que ainda restaram, provavelmente chegarei em Cleveland amanhã.
- Ok, esperaremos você, seu pai vai padecer.
- Assim espero, não quero mais que a população viva assim.
- Ninguém quer.
- Sei disso, tchau Lydia, vejo você amanhã.
- Tchau Fionna.
Eu desliguei o fone.
- Ly, você disse que tem um plano, pode nos explicar que plano é esse?- Justine me perguntou.
- É simples, vamos invadir secretamente a Torre Fallberg em Toronto, ponto em que Armstrong se encontra, se tem uma coisa pela qual Armstrong fraqueja é Fionna, se usarmos ela para enfraquecê-lo podemos vencê-lo facilmente, afinal ela é a filha dele, ele nunca recusaria nada se fosse para não deixá-la morrer.- Eu disse.
- Vai chantageá-lo?- Axel me perguntou sorrindo sarcasticamente.
- Não...digamos que vamos precisar usar Fionna como uma isca.- Respondi.
- Não mate Fionna ok?- Kai ironizou.
- Eu não irei, só vamos causar um medo em Scott Armstrong que irá vulnerabilizar ele.- Eu disse dando um sorriso sarcástico.
- Como ameaçar matar a filha dele?- Justine entendeu.
- Exato.
- É uma boa idéia.- Ela disse.
- Tem razão, só precisamos fazer com que Fionna concorde com a atuação necessária para isso.- Kai disse.
- Ela não vai recusar, ela está realmente interessada em derrubar o pai, por alguma razão.- Eu argumentei pensativa.
- Acha que ele já fez algum mal a ela? Para que ela queira se vingar assim?- Justine perguntou.
- Talvez, mas de qualquer jeito ela prefere não tocar no assunto então não vamos nos intrometer...nós só precisamos que ela nos ajude.- Eu disse.
- Fionna teria mesmo coragem de levantar uma arma para o próprio pai?- Axel perguntou, fazendo com que Justine desse uma longa gargalhada.
- Theo se eu fosse filha de Scott Armstrong eu não hesitaria.- Ela disse ainda rindo.
- Além disso não se sabe o que ele pode ter feito para ela, dependendo do que ele fez ela tem muitos motivos para matá-lo.- Kai disse.
- Acho que tem razão Kai.- Axel disse.
Ficamos em silêncio por um curto período.
- O que faremos a seguir?- Tine perguntou desanimada.
- Esperamos que Fionna chegue para começar a colocar o plano em prática...

Diário de uma rebelde_Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora