VIAGEM A USDROR

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VIAGEM A USDROR
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        — Como posso ajudar? — indagou determinado o general Valden.

— Bem, precisamos de permissão para entrar em contato com a rainha Aldreem — respondeu de forma direta ao outro.

— Hmm... Podem achar estranho, mas a última pessoa que minha prima receberia seriam indicações minhas... Deixe-me pensar.

Se encontrarem algum dos oficiais podem lhes entregar isto — disse entregando um pequeno punhal —  e digam: Alegria a Veldran à mesa dos deuses. Saberão que eu os dei passe livre pelo reino, mas não digam isso a rainha Aldreem, ela teme a traição mais que tudo.

— Hmm... — murmurou Stok — por isso não indica que citemos vosso nome.

— Ela não confia em nenhum dos sucessores.

Mas, sei de algo que lhe serviria de comprovação. Num dos burgos a caminho e próximo à capital, a menos de um dia do castelo, andam ocorrendo fatos perturbadores e não houve ainda como sanar o problema. Estamos muito distantes para enviar maior número de soldados para averiguar, mas recebi um mensageiro há um dia dizendo que um ser sobrenatural, segundo as palavras da rainha, está matando pessoas do burgo Salmoire, sempre ataca perto da floresta de mesmo nome.
Talvez, se encontrassem e matassem a criatura, seja o que for, provavelmente ela os daria ouvido.

Dizem também que ela é erudita e estuda muito as lendas, crônicas e historias antigas. Talvez vosso ocultismo e refinamento de modos os ajude. Creio que é o melhor que posso fazer.
O que mais gostariam de saber?

— Estas dicas já foram muito úteis — observou Harley. — Sabe o número de vítimas da criatura e se houveram soldados que foram mortos por ela?

— Bem... Houveram mais de cinco vítimas de uma Lua Shastra para cá. Quanto a oficiais os únicos que foram mandados para investigar e caçar o bicho foram três inexperientes soldados da capital. E, não retornaram mais.

— Hmm... — suspirou Stok pensativo — Encontraram algum corpo? Ou...

— Sinto muito, não sei de mais detalhes a respeito.

— Tudo bem, iremos analisar as possibilidades e fazer o melhor possível.

— Agora é com vocês.

Eles conversaram e trocaram informações por algum tempo, por fim despediram-se e assim seguiram caminho.

***

Os garotos chegaram adiantados no ponto do mapa, concedido por Valden, onde havia uma torre e um moinho em meio a um riacho na floresta. Bateram na porta da maior casa, de paredes de pedra marfim, que o general havia indicado para passarem esta noite. Cumprimentaram ao homem que os atendeu respeitosamente e lhes mostraram ao punhal de Valden dizendo as palavras passe: Alegre-se Veldran à mesa dos deuses. Assim sendo recebidos com prazer pelo guarda local.

Passaram a noite confortavelmente em sacos de dormir grossos e quentes espalhados pela grande sala, um servo manteve a lareira acesa confortavelmente durante toda a noite. Na manhã seguinte fizeram uma rápida refeição, agradeceram o velho guarda da vila do moinho e partiram.

Viajaram pela estrada mais um dia, mesmo tentando viajar sem chamar atenção, eram motivo de olhares curiosos de moradores de raras cabanas à beira da estrada, viajantes e comerciantes com quem  cruzavam na estrada e até por dois destacamentos do exército usdroriano que passaram por eles apressados, mas não os abordaram.

Ao cair da noite procuraram abrigo em uma cabana simples a beira do caminho, o dono, um senhor chamado Ernest Collen e sua esposa Marild Collen, temeram de início, mas, quando viram apenas garotos distintos e educados e após narrarem quem eram, os receberam com humildade, porém com boa vontade, dizendo que já ouviram falar deles e, inclusive, já havia sentido os efeitos positivos de suas ações, sem problema algum descansaram ali. Não haviam lareira ou muitos tecidos quentes, mas havia chá de ervas quentes e reconfortantes além de uma hospitalidade humilde e feliz em servir e receber pessoas tão importantes e ilustres.

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