ENVIADOS A ARAGOR

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ENVIADOS
A ARAGOR


        A viagem marítima dos enviados de Lenöria a Aragor correu tranquilamente. Chegaram ao grande continente sem enfrentar maiores dificuldades. Nada além das típicas tempestades marítimas e frios invernais, mas nenhum navio naufragou.

        À frente a bandeira de Lenöria tremulava nos três navios, ostentando a grande cabeça de leão em fundo branco, e acima destas longas bandeiras brancas triangulares, símbolos da diplomacia suprema.

        Assim desembarcaram e foram recebidos no porto Sumankay, local em que mais de dois ciclos lunares atrás, Rei Vandrus acompanhou com o olhar a fuga de quatro garotos.

        Os sentinelas instalados ali os receberam como se deve receber diplomatas, com o máximo de cortesia que sua função​ dura os permite, embora tenham ordenado a vistoria dos navios. Depois os escoltaram para a cidade. Às portas do grande salão do trono, as armas de todos foram recolhidas, mas apenas um foi autorizado a entrar, Elliot, novo ministro do rei Slaesh e seu cunhado.

        — Então você é Elliot, irmão de Elenice, filho de Aldenor? — indagou o rei com o homem ainda caminhando pelo largo corredor do salão.

         — Elliot Dayrodan, a seu dispor, Rei Vandrus — respondeu com desembaraço enquanto andava a passos largos e eretos até o trono.

        Assim como a irmã, era belo, alto com ombros largos, cabelos e barba castanhos e seus olhos verdes eram brilhantes e espertos no rosto nobre e sincero. 

        — Vida longa, Rei Vandrus — saudou ao pé dos sete degraus que levavam a alta plataforma onde ficava o trono, não estava prostrado, pois era um alto nobre de Lenöria.

        — O que trás o ministro de Lenöria a meu reino?

        — Majestade, estou aqui como enviado do soberano de Lenöria​ para declarar a aceitação à Aliança e tudo que se refere a ela. Aqui está, majestade, a carta enviada por Rei Slaesh a vós.

        — Não tem autorização a negociar? — indagou o Rei com olhar carrancudo. — Slaesh enviou seu parente como um mero mensageiro sem voz, apenas com uma carta selada e uma decisão pré determinada?

        — Não há muito que negociar, majestade, ou há?

        O rei quebrou o selo, e perscrutando seu hóspede, leu a carta demoradamente. Analisando cada aspecto ali contido.

        Irmão Vandrus, da parte de nossos pais unificadores, uma lua antes do momento que escrevo esta carta, já havia enviado uma comitiva a Aragor, com objetivo de selar a aliança e a paz. Contudo a pequena frota foi capturada por Tenébria e seus seres medonhos. Mas agora, não somente aceito, como me alegro em adentrar à aliança, aceito as determinações do sábio conselho e envio a ti meu Ministro, Elliot, irmão de minha rainha. Para representar nossas finanças e tesouros na distribuição das moedas Aliance.

        Tenho hoje comigo três dos quatro garotos da profecia, que partiram de vosso reino, um está em poder de Kitrina. Eles pedem humildemente perdão pela maneira que deixaram sua magnífica terra, mas era destino deles, como sabes bem.

       Estamos sob ameaça de ataque da usurpadora. Mas não esperaremos em nossas lareiras, iremos até a sua terra e a derrotaremos. Temos muitos aliados lá, rebeldes fiéis a Honória, mas um reforço seria bem vindo. Peço a ti e a nossa aliança que enviem homens e navios. Um ou mil, nossa aliança só tem a ganhar dizimando o perigoso monstro que cresce ao leste.

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