O REINO ARAGOR

191 56 16
                                    

O REINO ARAGOR

O castelo deste reino ficava no alto de uma enorme rocha, ao sul do pântano de onde vieram, para chegar até ele havia uma enorme escadaria com centenas de toscos degraus, e uma estrada bem guardada que circundava a rocha e subia em espiral até grandes portões cravado nos muros. Era uma fortaleza aparentemente inexpugnável.

Após praticarem o plano, se dispersando e comprando roupas típicas de Aragor com comerciantes indiferentes a tipos de clientes, importando apenas que pagasseem.

Após se misturar, voltaram a se encontrar nas proximidades da grande rocha do castelo, ali haviam numerosos soldados. Faltava apenas Hayden chegar.

Harley continuou tentando arrancar mais informações pertinentes dos moradores: perguntou a um garotinho, quando o rei costumava fazer assembleias para atender o povo. O garoto ficou confuso e respondeu que isso não acontecia, todos que quisessem reivindicar, reclamar, pedir ou consultar qualquer questão ao rei, deveria se encaminhar a um escrivão real e redigir uma petição por escrito.

Alguns minutos depois, Hayden chegou.

Com a informação que obteve, Harley passou a verificar onde havia um escrivão próximo. Não queria perguntar diretamente para não levantar maiores suspeitas de que eram estrangeiros armados, afinal, todos moradores do reino deviam conhecer onde ficavam esses locais. Sem obter nada de concreto, decidiu se arriscar, chamou outro garotinho e perguntou:

- Gostaria de ganhar uma moeda de prata garoto?

Sem pensar duas vezes a andrajosa criança respondeu:

- Sim moço.

- Então me leve a um escrivão em serviço imediatamente e seja discreto.

- Me acompanhe moço, hmm, senhor. É logo ali.

Harley pegou a valiosa moeda de prata, o menino tentou puchá-la depressa, mas segurando-a Harley disse:

- Nunca nos vimos ouviu?! - então o largou e deixou-o sair correndo.

O escrivão ficava numa atalaia, uma pequena torre com telhado branco.
Os garotos discutiram e decidiram que o mais indicado a entrar seria Kay'Lee. Harley era o mais hábil e de raciocínio veloz com negociações e palavras, mas era muito novo e chamaria suspeitas demais para si com o plano que tinha em mente. Stok odiava questões complexas de negociação, diplomacia ou negócios e Hayden, definitivamente não daria certo.

Conversando previram o máximo de coisas que poderiam ocorrer, sobretudo Harley, e tentaram criar hipóteses de ação e decisões. Após isso Kay'Lee adentrou o estabelecimento real.

No local, ficavam dois guardas na porta dois dentro, além do homem que escrevia as cartas que iriam para o rei.

Kay'Lee entrou, haviam apenas três pessoas na fila, bem vestidos e com cara de mercadores. Kay'Lee temeu os riscos, esperou sua vez imaginando que escrever a carta de petição não era gratuito devido aos poucos presentes. Ao chegar sua vez disse, conforme Harley instruiu e ensaiaram:

- Boa tarde senhor escrevente, tenho uma carta a enviar, mas se me permite gostaria de eu mesmo fazê-lo.

- Você sabe escrever? E onde aprendeu?

- Sou muito dedicado senhor, desde garotinho levava jeito para isso, meu pai era soldado e permitia-me a prática da leitura e da escrita, trazia-me muitas vezes mapas e documentos para que eu lesse para ele.

- Entendo e você seguiu os passos dele na carreira militar?

- Não senhor, tornei-me comerciante.

RELÍQUIAS SVÉKKRÖN I NIAT IOnde histórias criam vida. Descubra agora