BATALHA FINAL

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BATALHA FINAL


         A enorme onda cavalgante estava bem perto de atingir os lenörianos, agora predominantemente posicionados na linha de frente. O som de trovão que faziam ao galopar, estrondava o solo e o fazia tremer. O grande lorde Titus, amigo de Slaesh e alto comandante, quase não suportou esperar na posição, conforme as decisões tomadas em conselho, e estratégias montadas para defesa. Titus rugiu, e deu o comando para todos lutarem como leões, desafiando cada um dos capitães chamando-os pelo nome e clamando por morte e vingança ao Rei.

Os tenebrianos também gritavam em ataque, haviam pisoteado a poucos instantes o corpo do rei, estirado sem cabeça no solo.

Lorde Slayton, em terra, deu o comando de atirar e Lorde Yrwen Corbin, deu a mesma ordem a seus arqueiros na muralha. Quando a chuva de pontas de aço despencou no exército, milhares de brados foram silenciados e outros se transformaram em gritos e gemidos de dor e sofrimento. Os arqueiros disparavam continuamente e faziam milhares de flechas chover sobre os inimigos. Quando uma flecha acertava o alvo outras duas ou três se dirigiam através do ar rumo aos cavaleiros.

Cada arqueiro havia derrubado ao menos um inimigo, ferindo cavalo ou cavaleiro, o que equivalia a uns quatro mil homens, quando os inimigos chegaram perto demais para que as flechas fossem usadas sobre a linha de frente, corredores predefinidos se abriram no exército para o trabalho dos arqueiros prosseguir. A grande onda de cavaleiros empunhando lanças e espadas finalmente estava a poucos passos do impacto, vinham consideravelmente alinhados, o que geraria um impacto indefensável contra a infantaria lenöriana. Os tenebrianos bradavam assustadoramente, convictos de que esmagariam a linha defensiva inimiga, mas quando estavam bem perto, seus olhares tornaram-se desconfiados e confusos. A linha inimiga inteira recuava lentamente.

Os comandantes lenörianos repetiam comandos sem sentido que os mais atentos atacantes ouviam, embora sem compreender. O avanço prosseguia, os cavaleiros ergueram as espadas e prepararam as lanças para atravessar os inimigos. Nem puderam entender o que houve, o chão sob seus pés se abriu e eles despencavam aos milhares a poucos metros de colidir com os inimigos, um atrás do outro os cavaleiros despencavam na trincheira, enquanto os defensores permaneciam incólumes.

O exército lenöriano havia recebido o comando de puxar, e em instantes arrastaram enormes pranchas (formadas por milhares de estacas de quatro metros unidas lado a lado) que cobriam toda extensão das trincheiras. Cada uma havia sido escavada com quatro metros de profundidade, pouco mais de dois de largura e cinquenta de comprimento. Intercalando com as trincheiras havia um trecho estreito de terra formando uma ponte, então começava outra trincheira e assim, haviam onze trincheiras e dez pontes, por onde os cavaleiros lenörianos estavam prontos a avançar em ataque ou recuar, e por onde os arqueiros disparavam.

Os atacantes se davam conta, tarde demais, da armadilha. Chocavam-se contra a borda oposta das fendas e despencavam quatro metros abaixo, acumulando-se como entulhos na terra úmida. Quebrados, feridos, desesperados ou furiosos. Mas agora todos os demais cavalos haviam notado, e, ou saltavam sobre a trincheira, ou se recusavam a prosseguir, ou buscavam se dirigir às pontes de terra. Milhares agonizavam nos fossos, homens e cavalos, em alguns pontos pareciam formar um riacho de corpos se retorcendo.

Um embate sangrento prosseguia agora, os cavaleiros que haviam saltado sobre o fosso eram milhares, mas os lenörianos não recuavam o suficiente para serem atropelados pelos tenebrianos, nem abriam suas paredes de escudo frente a carga da cavalaria.

Sangue não parava de jorrar. Muitos morriam, de ambos os lados, mas os atacantes sofriam mais. Neste momento, sob ordens de comando, eles recuaram para se organizar e atacar novamente com carga impetuosa. Mas os bravos lenörianos avançaram lentamente com lanças em riste, deixando os inimigos mais acuados que eles, e não os dando tempo de se organizar. Não tinham espaço para impulsionar e saltar sobre o fosso para recuar, nem para atacar a floresta de lanças. Muitos despencaram fosso abaixo, feridos ou ferindo-se na queda.

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