SLAESH APORTA EM TENÉBRIA

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SLAESH APORTA
EM TENÉBRIA


        — Finalmente chegamos — disse Rei Slaesh olhando pela amurada de proa a selva escura que compunha a paisagem do horizonte, e Kay'Lee soube que chegava o momento de​ pisar em Tenébria.

        Estraram na Baía de Jade a bordo do grande Vento Branco, navio que transportou-os por todo mar austral, gelado e bravio; pelo Oceano Hondraniano tempestuoso e infindo; e pelo Mar Durimau, perigoso, com suas trilhas tortuosas entre rochas e corais. Seu capitão era o experiente Stephan Brax, da casa Bramme de Devos, a grande cidade portuária de Lenöria.

        No navio do rei viajaram sua guarda real, seus médicos chefes, dez de seus sessenta lordes vassalos, pois era o Rei de todo sul, e todo senhor de burgo ou cidade era seu vassalo, e estes com seus próprios homens de confiança, esta era a companhia de guerra que seria liderada em campanha pelo Rei Slaesh, 1030 homens capazes e treinados para a luta. Íam dar o primeiro golpe e o mais duro e mais arriscado, por isso Rei Slaesh decidiu que deveria fazê-lo pessoalmente, sua missão era atrair os exércitos para si após adquirir aliados suficientes. 

        Segundo o mapa estavam acertadamente em Yulay, um reino vassalo do Império​ quase inteiramente rebelado. Dos dez lordes seis não cumpriram a convocação da usurpadora e os demais apenas parcialmente, por temor de ataque de seus vizinhos. 

       Na Baía de Jade desembarcaram oitenta navios, mais de seis mil homens, todos distribuídos em companhias e sob o comando de valorosos guerreiros lenörianos nomeados capitães. Muitos um tanto inexperientes, mas a maioria deles homens e mulheres honrados, corajosos e letrados. 

        A cerca de 300 milhas a oeste do local de desembarque ficava a capital Tenebran, onde, segundo informações de Sor AyvaK, estavam acampados mais de 60 mil soldados e mais de 500 navios ancorados. Homens e embarcações prestes a zarpar para atacar Lenöria, pois não faziam idéia que Lenöria estava ali, prestes a atacá-los. Kitrina jamais esperaria um golpe em seu covil, nem recebeu informação alguma da rápida preparação de guerra de Lenöria. Tudo graças aos maduros planos de Sor Ayvak e de sua ação conjunta com Rei Slaesh, que foram hábeis para guardar tanto segredo quanto suas fronteiras austrais, de forma que nenhum informante fez chegar ao conhecimento da Usurpadora a prontidão e ousadia de Slaesh em invadir Tenébria. 

       Das dezenas de navios desembarcaram toneladas de mantimentos e armamentos, em sacas, caixas e carroças que foram atreladas a cavalos e outras puxadas por homens​. Foi um trabalho de milhares de homens, que organizavam o comboio enquanto o rei e seus conselheiros consultavam os mapas e determinavam a rota para o castelo de Lorde Killiwan.

        Kay'Lee estava aflito por estar pisando o mesmo solo que seus companheiros​ novamente e ao mesmo tempo estar tão longe, a todo momento se pegava com o desejo de usar a relíquia da criatura alada que adquiriu nas minas de Lenöria, invadir o castelo de Tenébria e resgatar seus amigos, mas logo se convencia que isso não passava de suicídio.

        Após descarregar todas provisões e armas, as tripulações​ levantaram âncora e regressaram a Lenöria para buscar mais guerreiros, visto que o número total de navios capazes de navegar através do oceano era incapaz de transportar todos guerreiros de Lenöria. Além disso levariam notícias e trariam mais mantimentos.

       Lenöria não poderia enfrentar Tenébria numa batalha naval, suas frotas de guerra eram muito maiores, mais poderosas e com capitães mais experientes. Muitos deles habitantes dos mares por mais de uma década, sempre em busca de capturar navios e escravizar tripulaçoes, sem contar décadas de experiência naval e mercantil.

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