MISSÃO EM TENÉBRIA

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MISSÃO EM TENÉBRIA


        Após uma conturbada viagem, entre tempestades e ventos ruins, a embarcação que levava Harley, Stok e diversos enviados de Lenöria, com diversas missões de extrema importância, chegou à costa. O clima era ameno, mas, para os homens do gelo sulista de Lenöria, era mais quente que qualquer verão que já haviam visto. Embora fosse inverno em Tenébria, o Sol aquecia sutilmente seus corpos cansados de forma revigorante.

        Aportaram no local instruído por Ayvak e ordenado pelo rei ao capitão Axell, que comandava a embarcação. O local, como informado, era ermo e desprovido de vigilância. Uma reentrância de pedras ao mar, denominada por Sor Ayvak Enseada da Conquista. Ela era formada de pedras cinza esbranquiçadas entre pedras negras, uma paisagem inconfundível.

        Ficava localizada, como ele instruiu, a cerca de um dia ao norte de um arquipélago de rochas negras e vulcões.

        Capitão Axell conseguiu ancorar o navio bem próximo da costa, numa localização que fora orientado a usar, os homens enviados desembarcaram em cinco botes, com muitos mantimentos, cavalos de carga, armas e remadores. Após serem deixados em segurança o navio retornou a Lenöria.

        Estavam em um grupo de duas dúzias de homens, liderado por Comandante Derkel. Um nobre guerreiro experiente, alto, forte, de pele branca e cabelos castanhos, bastante imponente, honrado, compenetrado, e de total confiança de Rei Slaesh.

       Eles rumaram para seu destino inicial: A cabana de um ermitão sobre as pedras. Era o único habitante da região e em um raio de muitas milhas. Era o guardião e guia de um recanto isolado e de difícil acesso ou partida.

        Eles se dirigiram ao local com dificuldade para controlar os cavalos através das pedras e rachaduras, das encostas, em seguida pelos cascalhos e rochas lisas. Num ponto provido de alguma vegetação, amarraram os cavalos carregados, deixaram a grande maioria dos homens descansando, descarregando os cavalos e apassentando-os. Então Sor Derkel, Stok, Harley e Garlic, um jovem enviado inteligente e simpático, foram ao encontro do velho ermitão Eyru.

        A cabana de colmo e palha não tinha portas. Então eles  chamaram pelo nome de Eyru sob os umbrais três vezes. Ninguém respondeu. Eles rodearam a cabana à procura de sinais que dessem pistas de onde poderia estar ou o que pudesse haver com ele. Viram cestos de vime cheios de frutas, ervas e raízes. Estavam em condição de consumo. Portanto concluíram que o homem devia ter saído em busca de algo.

        Ouviram sons de cantarolagens vindos da mata. Embora certos de que era o velho ermitão, Stok, Sor Derkel e até Garlic levaram a mão à espada, Harley ponderou e preparou-se para uma eventual situação de risco, afinal, estavam em solo inimigo e hostil.

        — Olá, cavalheiros — cumprimentou sorridente um velho homem​. Embora envelhecido e marcado pelo Sol e sal, tinha dentição completa, e vigor. Seus dentes eram amarelados, sua pele escura, seus cabelos desgrenhados, volumosos e longos, não usava camisa ou calçado, apenas uma toga curta em trapos e chapéu de palha.

        — Você é Eyru, certo? — indagou Sor Derkel sem dúvida da resposta que receberia.

        — Depende de quem procura — troçou divertidamente.

        — Sor Ayvak disse que podíamos falar abertamente com o senhor​.

        — E disse certo. Estamos em paz aqui.

        — Ele nos disse para procurá-lo, para que nos levasse ao castelo do conde Sigburn.

        — Amanhã cedo sem dúvida os guiarei até lá. Agora precisamos descansar, se alimentar e conversar. Há muitas luas não converso. Estão em quantos?

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