DESCOBERTAS NA TABERNA
✔️16/08/1618 da
Era do Despertar
Inverno Astral
Em uma mesa Harley, Stok, Shmyishthra, Kay e Dêm comiam uma deliciosa ceia, conversavam e riam um pouco após algumas bebidas. Foram servidos com pão, presunto e muita cerveja preta. Dêm achou deliciosa, Shmy bebeu apenas uma antes de sentir um sono insistente. Na mesa ao lado Hayden e Bshrunder enchiam a cara para esquecer. Hayashmoll observava o amigo, compartilhando de sua dor mas não de suas canecas de cerveja. Estava determinado a manter a sobriedade. Não confiava em ninguém naquele estranho lugar e odiava o fato de estar calçando desconfortáveis botas.
Um bêbado jovem se aproximou da mesa lotada dos garotos e puxou uma cadeira de outra mesa, sentando-se de frente para eles e dizendo estar intrigado.
— Não são do Reino de Thórin nem de Tenébria, não é? — perguntou ele na língua comum com a já conhecida diferença enorme da falada pelos garotos. Seus olhos perscrutavam e brilhavam de interesse em cima de Dêm e de Harley.
Dêm não falava aquele idioma. Aquela era a língua comum. Dêm falava apenas sua língua tribal e grosseira e a chamada língua dos reis.
— Não, Senhor — respondeu Stok chamando imediatamente a atenção do homem para si.
— Hmm! Nunca ouvi esse sotaque. Se não são bois sarnentos nem peçonhentos, então sejam muito bem vindos — disse o rapaz quase caindo de bêbado.
— Cale a boca, Jullen — mandou a atendente que mais cedo havia atendido Stok e o ajudado a arrumar cavalos. — Quer que eu tire ele daqui, senhores?
— Não, pode deixar — disse Stok.
— Não é seguro ficar falando alto contra Thórin e Tenébria — disse a mulher ruiva com lenço no cabelo. Em seguida concluiu olhando em volta — Eles têm ouvido em toda parte.
— Traga um café para ele.
— Ei, Gryska, nem pense em café. Preciso de cerveja. E então, de onde vocês vêm, afinal? — indagou o bêbado.
— Isso não podemos dizer — afirmou Stok. Mas fale mais de Thórin e Tenébria.
— Entendo... e quanto a este de aspecto selvagem, vem do mesmo lugar que vocês? Ele não fala?
Stok e Harley começaram a ficar incomodados. O rapaz percebeu então prosseguiu:
— Respondendo a sua pergunta, garoto: primeiro deixem de me tratar como senhor, pois não o sou. Terceiro, ou seria segundo... paguem essa cerveja — disse agarrando um caneco da bandeja de Gryska — quarto.... Ah, enfim. Vamos lá, Tenébria vem fazendo incursões pelos mais longínquos povoados em busca de riquezas e de algo que chamam de esferas preciosas.
Os garotos se lembraram da relíquia da serpente. Stok se lembrou, inclusive, de ouvir dizerem sobre Rainha Serpente.
— Essa rainha serpente, porque tem esse nome? — perguntou Stok.
— Porque este foi o símbolo que ela deu a seu reino... Mas além disso... dizem que ela se transforma em serpente... Não uma cobrinha qualquer, uma serpente gigante e devora até mesmo membros da corte. Mas isso é conto para crianças, não acham? — gargalhou. Em seguida despejou o caneco de cerveja na garganta e pediu outro a Grysca.
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RELÍQUIAS SVÉKKRÖN I NIAT I
FantasiSINOPSE Após despertarem sozinhos e sem lembranças no meio de uma floresta, eles precisam lutar para sobreviver e descobrir quem são e de onde vieram. Se deparam com um mundo diferente de tudo que lhes parece natural, e acabam enfrentando os piores...