SVAK CAP 4 BATALHA DE ZUNTAR

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BATALHA DE ZUNTAR

13/05/1618 da era
do despertar

        A maioria não acreditava nas profecias dos antepassados, cuja ancestralidade datava de outra era. Além disso, os demais assuntos, militares e políticos, também iam muito bem: uma grande batalha contra os orcs e daraks foi vencida com uso da estratégia magnífica e da superioridade dos guerreiros do império, e, assim haviam acabado de defender efetivamente um importante reino aliado do oeste, Zuntar. Agiram com tal maestria e superioridade, que o exército invasor, duas vezes mais numeroso e famoso por ser violento e destemido, foi completamente exterminado. Restando poucas dúzias dos mais de dez mil invasores, formados de orcs, hobgoblins, e homens do mundo não civilizado, sacrificadores de bebês, assassinos e violadores impiedosos. Alguns bruxos, feiticeiros e magos negros devotos do mal.

Este exército de aberrações e profanos foi exterminado heroicamente com a intervenção rápida, efetiva e surpresa dos heróicos Cavaleiros Dourados, Magos Brancos e Templários, devotos a proteção da humanidade.

Os invasores pretendiam aproveitar-se da ausência do exército de Zuntar, e assim devastá-lo, saqueá-lo e corrompe-lo. Pois todos soldados de suas defesas se encontravam numa campanha ao sul, enfrentando um clã livre de orcs que assolavam a região.

Porém, um foly (grande colibri), enviado dois dias antes da invasão, descoberta por rangers-espiões do reino de Zuntar, possibilitou a incursão dos Guerreiros Dourados em auxílio ao reino aliado mais à oeste do império.

Arthulius, o general do exército da capital, enviou dez Rangers (batedores de elite velozes, furtivos indetectáveis e excelentes atiradores) para encontrar e exterminar os espiões e batedores invasores, possibilitando a movimentação dos três mil guerreiros dourados até o reino Zuntar sem serem descobertos, e consequentemente denunciados ao exército invasor.

Tudo ocorreu com perfeição, o exército dourado não apenas surpreendeu os oponentes de última hora, como também os encurralou e exterminou quase por completo, não deixando fugir mais que uns cem.

Em virtude desta grande batalha vencida, o reino de Zuntar ofereceu o presente dos sonhos do imperador, parecia até um presente feito para Drak'Nazit, cuja bandeira era um dragão-dourado. Tratava-se de um arco do triunfo feito de ouro e prata, cravejado de pedras preciosas de poder e energia, com uma esfera de cristal no umbral superior, separando as cabeças de dois compridos dragões se encarando.

A prata e sobretudo o ouro, neste reino, são muitíssimo raros e escassos, chegando ao ponto de raridade de jóias. Mas sua importância para este reino vai além da ostentação, ornamentação e arte; ele significa poder.

O artefato havia sido capturado pelos guerreiros de Zuntar no acampamento do exército inimigo próximo do litoral. Estava sobre oito grandes rodas de madeira e precisava ser puxado por oito bugnulls (touros com dorso de dois metros de puro músculo), muitos do povoado temeram esta grande estrutura, certos de que se tratava de uma arma ardilosa e mortal, e temerosos de que fosse ouro amaldiçoado, pois jamais imaginaram ou sequer sonharam na possibilidade de ver tanto ouro e prata em toda vida, e alguns soldados jamais haviam tocado nestes metais preciosos.

Suspeitaram que nas terras negras distantes, os magos Daraks houvessem descoberto a maior busca da alquimia, a fórmula do ouro. Pois é raro nobres conseguirem juntar um quilo de ouro, enquanto eles dispunham de mais de cinquenta quilos só de ouro e cem de prata; para uma única arma; quantia que poderiam ter usado para equipar ao menos duzentos terríveis guerreiros com armas poderosas e letais, isto sem falar no fato de poderem ser encantadas, o que as tornaria mais letais e poderosas. O segredo para isto, porém, era guardado por Walt, o Artífice Sagrado.

O fato é que os ancestrais dos reivindicadores do trono, conheciam e guardaram o grande segredo da.fora destes metais. Ouro, prata, ouro branco e até titânio e pedras preciosas, são excelentes para serem encantados e se tornar armas mágicas. São verdadeiras matérias primas de poder destrutivo e defensivo, variando de acordo com o material. Mas sendo necessário conhecer o método de encanta-los e forja-los.

Por isso estas matérias primas se tornaram incomensuravelmente valiosas, sobretudo o ouro supremo, mais leve, mais duro, e sem limitação de potencial de encantamento conhecido.

Contudo, apenas pouco mais de um quilo já fora encontrado, e mesmo o artesão supremo Walt, teve dificuldades para malhar o material, mas, por fim, forjou uma espada para si, para o filho, para seu irmão imperador e gêmeas curvas para o sobrinho Elthorn.

Todas foram abençoadas por dez Clérigos Templários e encantadas por dez Magos Arcanos. O segredo alquímico das misturas, da forja e do trabalho, nem mesmo o imperador conhece, senão o irmão.

Agora este grande volume de matéria prima, pronto para se tornar um futuro arsenal, estava em posse do poderoso Império, e aos poucos, Walt Axels produziria maior número de armas do que já havia feito em toda sua vida.

Atualmente o reino todo contava com onze quilos de ouro puro, distribuído em trinta espadas e outras armas, e cinquenta quilos de prata em forma de cento e trinta armas, em posse de poderosos guerreiros de elite ou poderosos Senhores de grandes castelos do império.

Cada arma que sai das forjas de Walt e dos magos recebe um nome único e memorável. Eles reconhecem cada uma quando às vê. Há também algumas espadas lendárias que não são usadas, são excelentes armas, mas seu valor histórico e lendário superam su importância bélica, assim sendo, ficam expostas na sala do trono do palácio. Uma delas é a espada do reivindicador Menelak'Kalain. Uma grande espada de duas mãos com mais de metro e meio de lâmina.

Quanto à eficácia, as armas de ouro e prata, são exímias contra seres místicos e monstros do "mal" ou caóticos, porém se danificam contra aço, as de ouro branco e titânio resistem mais, porém também são consideravelmente danificáveis, já as de ouro supremo mal precisam de polimento e afiação. E partem aço ao meio sem adquirir um arranhão ou mossa no fio da lâmina.

Helf Henghar é ministro do imperador e rei de Zuntar, foi ele quem presenteou o imperador Ëllion com este tesouro ímpar de valor incalculável, oferecendo-se ao grande general Arthulius para inspecionar o transporte juntamente com seus homens. Talvez Helf Hengar temesse ter seu título retirado e seu reino invadido caso não abrisse mai de tesouro tão Magnífico. Imperadores anteriores haviam declarado guerra contra reinos aliados por muito menos.

Arthulius e Helf Hengar acompanhariam Juntos o transporte do enorme espólio de quatro metros de altura e cinco de largura, para garantir que chegaria intacto à capital, onde o imperador o receberia e decidiria seu destino.

Os duques e condes poderosos, partiram depressa para o reino, montados em seus kalazaks (cavalos sagrados, animais enormes e potentes de extrema raridade nos dias atuais, possuem quatro pulmões e um potente coração, correm sem precisar de descanso por até três dias).

Eles levariam apenas cinco dias de regresso, sem desgastar os animais parando em ótimas estalagens e comendo e bebendo do bom e do melhor.

Os soldados dourados sem títulos acampariam em pântanos, florestas perigosas, montanhas frias e pedregosas, desertos, campos, bosques e estradas e comeriam, muitas vezes, ração e carne salgada.

Já os magos arcanos, independentes e não subordinados do exército, os quais foram decisivos na guerra, chegariam, em geral, ainda mais rapidamente que os poderosos homens de comando; montados em suas raras feras aladas como águias gigantes, côndores místicos, grifos e até sobre um tapete mágico, vindo do misterioso oriente, levariam cerca de vinte horas de vôo.

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        Todos ansiavam a chegada do dia da festa anual da colheita e equinócio da primavera. Haveriam comemorações como nunca; festa, muita comida, bebida e músicas dançantes.

Era com essa expectativa que os soldados conseguiam empenho para transpor o mais rápido possível a distância, e suportar o sofrimento e esforço de transportar o grande e agourento espólio de guerra.

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