☠ SERES DAS TREVAS ☠

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☠ SERES DAS TREVAS ☠

        A criatura horrenda, semelhante a uma fumaça sombria, desceu suas garras cortantes no rosto de Stok. O Ranger, com toda sua velocidade e agilidade, ficou paralisado, incapaz de se esquivar. Ao toque gélido e lancinante das unhas de navalha em seu rosto. Ele acordou. Estava apavorado e molhado com suor frio e com um copo de água que seu amigo jogou em seu rosto.

— Stok, você está bem? — indagou Kay'Lee preocupado com o amigo — você estava se retorcendo todo. 

— Tive um terrível pesadelo. Mas foi muito real, e ainda sinto meu rosto queimar onde fui ferido no pesadelo.  Espero que nunca se torne real. Mas pareceu mais um aviso que um pesadelo.

— Acalme-se. Foi apenas um sonho altesa, embora isso seja muto estranho... Precisa de algo?

— Por favor, sem formalidades a esta altura, Kay. Vou ficar bem, só preciso de um tempinho.

— Em poucas horas estaremos chegando ao nosso destino — avisou o templário. Os outros estão trabalhando no convés.

— Quanto tempo falta? — inquiriu Stok.

— Não mais que seis Cintras.

— Então vamos arrumar nossas coisas — disse Stok erguendo o tronco da cama e ficando assentado sobre ela.

— Senhor... seu nariz... Está...

Stok limpou o nariz com as costas da mão. Seu nariz sangrava copiosamente.

— Deve ser a febre.

— Deixe-me ver... Ah sim, está quente. Irei preparar algo para isso. Enquanto a água do chá esquenta eu adianto as coisas para embarcarmos no bote.

Kay fez compressas de água fria e ministrou a poção ao amigo. Então o deixou descansar uns minutos e subiu ao convés para conversar com um marujo alegre e divertido chamado Josek.

***

O tempo passava e o destino de desembarque se aproximava. Os marinheiros começaram um canto que sempre entoavam nas chegadas das viagens. Era um agradecimento pela viagem através do grande mar e pela proteção dos perigos. Os garotos acompanharam a alegre música com palmas e assovios, juntamente com os marinheiros que cantavam e trabalhavam.

Assim a viagem passou mais rápido. A poção de Kay tratou a febre de Stok e ao final da tarde receberam o aviso do feliz e sorridente capitão Jhorns:

— Selva da Perdição à vista. Preparem o bote!

Puseram a pequena embarcação na altura do convés inferior, pronta para ser lançada ao mar. Já era noite e a Lua Shastra brilhava suavemente na noite escura e nebulosa, a âncora já estava firme, as velas baixas e o navio bem estabilizado numa baía segura, então os garotos deram adeus aos tripulantes e subiram no bote.

Agradeceram a todos e principalmente ao capitão. Trocaram desejos de boa sorte e mais uma vez o capitão foi sombrio ao dizer:

— Que os bons deuses os  protejam.

Do local onde desembarcaram até a margem da floresta era menos de uma milha. O capitão não conhecia a região e preferiu evitar uma aproximação mais arriscada.  Teriam de se valer dos remos dali em diante.

RELÍQUIAS SVÉKKRÖN I NIAT IOnde histórias criam vida. Descubra agora