MOVIMENTAÇÕES

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MOVIMENTAÇÕES


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        LENÖRIA

       O grupo de caça à besta da mina retornou bem menos numeroso que partiu. Sete morreram, incluindo o capitão da guarda real, Alderiak. Oito ficaram gravemente feridos e, incapazes de montar, chegaram mais tarde à capital. O rei Slaesh, Sor Ayvak, Kay'Lee e quatro homens, entre guerreiros e arqueiros entraram para a fortaleza real seguidos por mineradores e populares que festejavam, comemoravam e ovacionavam o rei e sua coragem.

        Quanto ao rei, ordenou dois dias de descanso a todos, para aproveitarem com sua família, com a desculpa que ía se desfazer do corpo do ser das trevas, deixando-o queimar por um dia e uma noite. Ordenou a seus homens que nada fosse dito sobre o monstro se transformar em gente após morrer. Caso esta informação chegasse ao povo, ninguém iria mais se atrever a entrar na mina, o que seria a condenação de Lenöria.

        Devolta ao castelo e com a coragem renovada, Rei Slaesh prosseguiu a organização do ataque surpresa a Tenébria. Havia alguns dias que o primeiro pelotão fora enviado para lá. Para transferir informações importantes dos planos de Slaesh juntamente com Sor Ayvak e dar-lhes coordenação e preparação para a insurgência contra Kitrina, além de transmitir a intenção de Lenöria de atacar a usurpadora e restituir o trono ao rei por direito, Helden, filho de Dáros, filho de Dayfus, descendente dos santos unificadores, descendentes dos deuses.

        As colheitas abundantes estavam sendo finalizadas em toda parte pelo reino afora. E não paravam de chegar carregamentos de grãos de centeio, triticale, e, em quantidade menor, aveia e cevada, também chegavam sacas sem fim de batata e carroças com carregamentos de figos e maçãs. Muita carne de tubarão, peixes, foca, urso, alce e veado salgadas chegavam e eram bem armazenadas e estocadas sob neve recém caída.

        Quanto às tropas, havia um número cada vez maior de homens se candidatando para a guerra além do longo mar. Eles eram enviados para um destacamento ou outro e colocados aos cuidados de comandantes. Eram armados, treinados e alimentados. O rei e seus conselheiros estimavam duas sesmas até finalizar a colheita de cada grão e alimento e pouco mais até estarem partindo para a guerra.

        Os navios estavam sendo carregados com grande quantidade de mantimentos, estavam pesados e fundos, pois parte do plano de conseguir aliados em Tenébria era através de fornecer alimentos aos famintos homens livres e escravos. O plano de Ayvak, de diminuir os estoques de Kitrina e armazenar comida em esconderijos e nos castelos dos aliados estava dando resultado, como ele sabia que daria. Muitos estavam pagando o preço com a vida, mas era a única forma, sem caos em Tenébria o povo temeria uma rebelião. Já sem outra opção a não ser a morte por inanição, muitos iriam aderir à insurreição, fazendo crescer os exércitos da aliança de Lenöria e Honória contra Tenébria.

       
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         TENÉBRIA


        Kitrina andava de um lado para o outro. Pela primeira vez realmente preocupada e sentindo o peso de sua coroa, de seu reino e de seu coração. Não aceitava o fato de Hayden ter preferido tornar-se um saco de ossos quebrados que seu eterno amante. Ela se recusava a assumir, mas sentia algo tão forte por ele que não parava de pensar nele em momento algum, estava louca de paixão por ele, e por isso não conseguia lidar nada bem com o que fora obrigada a lhe fazer. Tinha certeza que ele amava outra, desde o começo sabia, enquanto todos os homens anteriores que escolhera para si não pensaram duas vezes em possui-la, ele havia resistido à ela, e só com magia o havia domado e usado. Além disso ele era o melhor homem com quem ela havia estado, apesar de rude e fechado, era educado, respeitador, nobre e havia algo nele que a intrigava e atraía.

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