» Kim Taehyung se encontrava em um momento difícil, sua vida estava confusa e tudo o que ele queria, era deixar o mundo. Planejara a sua própria morte e estava decidido a tirar a sua vida, em uma tarde de Outono, porém algo de inesperado aconteceu e...
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As minhas pernas ainda estavam bambas e o meu coração batia aceleradamente. A minha mente tentava compreender as palavras de Taehyung e organizá-las nos lugares certos. Para a minha tristeza, tudo o que foi dito, soava exatamente da forma que ele proferiu. A sua dor já se encontrava em níveis incompreendidos, por um momento, temi ouvir que ele ainda pretendia continuar e abandonar o mundo. Ao entrar em meu apartamento, um sentimento me consumiu por dentro.
Em minha mente, havia confusão e não sabia explicar o que estava acontecendo. Somente neste momento, o peso de todos os momentos vividos durante o dia caiu sobre os meus ombros. Apenas neste momento, as palavras cruéis de Taehyung fizeram sentido. Respirei fundo e fui em direção ao meu sofá, retirando os meus sapatos em seguida. Não conseguia esquecer, precisava encontrar uma forma saudável para lidar com todos estes sentimentos.
A história de Taehyung conquistou o meu coração, ele encontrou confiança em momentos delicados que vivemos juntos e isso me fez bem. As suas lágrimas foram sinceras e o seu semblante triste, conseguiu encontrar felicidade em poucos momentos que passou ao meu lado. Queria poder arrancar a sua dor e confortar o seu coração, se dependesse de mim, ele não sofreria mais. Respirei fundo ao lembrar da pequena caixa que tomei de suas mãos.
Levei a mão até o bolso do meu casaco e a senti. Sem pensar muito, retirei o meu casaco e ergui o meu corpo com muita velocidade, indo em direção ao banheiro, talvez devesse me livrar disto. Porém, não consegui. Não era meu e eu não tinha o direito de fazer isso com ele. Estas pílulas eram a segurança de Taehyung, algo com um significado maior do que aquele que ambos poderíamos compreender. Somente uma alma machucada, sabe entender o valor de uma morte.
Não tinha o direito de jogar o seu alívio fora, somente ele poderia acabar com estes momentos que poderiam ser o seu fim. Voltei para o meu quarto, abri uma gaveta ao fundo do armário e joguei a caixa lá dentro. Um dia, ele a jogaria fora, me certificaria disso. Estava decidida a ficar, se ele me permitisse, e durante este processo, faria com que ele encontrasse um pouco de força para esquecer a sua dor. No fundo, eu desejo a ele, a felicidade que não consegui encontrar.
