» Kim Taehyung se encontrava em um momento difícil, sua vida estava confusa e tudo o que ele queria, era deixar o mundo. Planejara a sua própria morte e estava decidido a tirar a sua vida, em uma tarde de Outono, porém algo de inesperado aconteceu e...
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Saímos do estacionamento de um prédio comercial de luxo e caminhamos calmamente em direção a entrada. Namjoon caminhava ao meu lado e em alguns momentos sentia o seu olhar em minha direção, mas não quis retribuir. Não falamos muito durante o nosso percurso, não queria fazer questionamentos que soassem invasivos e nem queria começar assuntos que ambos não gostaríamos de terminar. O meu sofrimento teria um fim mesmo o mundo não acabando, eu colocaria um fim a tudo isso. Agora, as palavras de Taehyung faziam sentido, morrer é de fato uma bela forma de fugir dos seus problemas. Se continuasse viva tudo o que teria das pessoas seria pena e eu não estava preparada para viver assim, não era justo.
— Por qual razão estamos aqui? – indaguei quebrando o silêncio. — Por qual motivo você confia em mim e quer me ajudar? – eu poderia estar mentindo e ele nem saberia.
Namjoon parou e respirou fundo, me olhando nos olhos. Antes de entrarmos na recepção do prédio, ele ainda possuía algo para falar e a expectativa aumentou a minha curiosidade. No fundo, eu procurava um motivo para viver em suas palavras.
— Você fez algo impossível. – respondeu. — Algo que esperamos acontecer por algum tempo.
— O que seria? – retruquei.
— Você fez o Taehyung feliz. – ele respirou novamente. — Pensamos que ele não seria capaz de ser feliz de novo e que morreria em algum momento, você trouxe felicidade para ele e todos nós.
— Não entendo a impossibilidade disso. – murmurei.
— Um dia você entenderá. – as suas palavras eram firmes. — Ver a sua felicidade me obrigou a gostar de você. Por mais que eu não vá com a tua cara, ver a felicidade do meu amigo é algo valioso para mim.
Desviei o meu olhar do seu, não queria pensar em nada. O seu amigo sofria por minha culpa e eu sentia o peso disso sobre os meus ombros, a sensação não era boa e por vezes e entorpecida. Por não conseguir colocar limites na minha mãe, permiti que James fizesse qualquer coisa comigo e eu por muito tempo me comportei como se ele fosse meu dono. Crescer em uma tradição que te obriga a fazer tudo o que os seus pais querem, é cruel. A minha vida não tinha valor para ninguém e eu via isso agora.