Sophie's Choice - VII

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4 de novembro

Diário de Kat

Quem já recebeu uma ameaça de morte da própria Morte, sabe o quanto é importante quando a dita cuja aparece para você em sonhos avisando onde a pessoa que você procura está.

Nós nunca chegamos à França para o desprazer de Sophie e Ellie. As seis nos viramos em direção ao Japão logo após meu sonho. Não que eu quisesse seguir uma dica que a Morte deu e nem estivesse satisfeita em saber que ela já conhecia minhas intenções, mas eu precisava ver até onde aquilo ia me levar.

Admito que só estou fazendo isso tudo por causa dos conselhos de Anika. É realmente muito estranho seguir uma garota que antes era vista como a criança do grupo, uma deslocada. Mas não se pode discutir com a razão.

Foram Miranda e Valentina que facilitaram nossa vinda para a ilha do Japão pela água e Sophie quem localizou Maebashi. Faz poucos anos que essa vila ganhou o título de cidade e ainda é chamada pelos moradores locais de vila. Como eu sou a única que sabe falar japonês, comecei a busca por minha prima.

Tia Juliette teve uma filha. Mas foi tarde demais e ela acabou morrendo ao dar a luz e deixando a criança órfã que foi vendida. A Morte fez questão de me atualizar sobre isso e outras coisas, mas deixou um buraco em muitas coisas importantes, como porque diabos ela sabe tudo isso. Eu faço questão de descobrir isso tudo com minha prima.

Encontrei Naomi ontem na floresta. Reconheci-a pelos olhos. Todas as Petry tem os mesmos olhos, normalmente num verde folha bonito e suave, mas pronto para se tornar uma arma letal em quando necessário. Ela é, indiscutivelmente, uma Petry e das poderosas. Tanto que quando ela me encontrou, a primeira coisa que disse foi:

- Que diabos é você?

Depois de tanto tempo na Áustria eu esqueci que nem todo mundo é tão polido e gentil.

- O que você quer dizer?

- Bem, definitivamente você não é humana. Mas não sei dizer o que é. Isso foi algo que a Morte não me avisou.

Se você não consegue notar a importância disso, lembre-se que Sophie era bruxa passou semanas comigo e nunca descobriu que eu era uma vampira.

- A Morte contou a você sobre mim. - Eu disse.

- E a você sobre mim.

- Ela contou por que eu precisava de você?

- Não, porque ela também não sabia. Ela conhece intenções, não o motivo por trás deles. É assim que enxerga o futuro, através de intenções. A medida que as pessoas mudam, o futuro muda.

- Ela contou muita coisa para você.

- Digamos que ela me queria com muita vontade. Mas não contou o que você é.

- Porque eu não sou uma criatura dela.

Ela suspirou.

- Então você realmente não está viva.

- É mais complicado que isso.

Fez um longo silêncio, antes de perguntar.

- O que você quer de mim?

- Eu não posso simplesmente dizer a você.

Outro suspiro.

- Escuta, Kat. Eu também não sei quem você é e nem o que você quer e aparentemente você é mais poderosa que eu, mas nos últimos três meses eu tenho sido um brinquedo da Morte, enquanto ela fica na expectativa de sei lá o quê. Eu realmente quero acabar com isso e seguir a minha vida.

As Crônicas de Kat - A História CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora