⏳ Capítulo 16 ⏳

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Esse é o livro que menos estou conseguindo controlar a quantidade de palavras. Super detalho as coisas para mostrar mais veracidade e é praticamente impossivel reduzir os números de palavras pela metade. Esse vai ser grande também e o de SEXTA, será o maior até agora. Maior de todos que eu já escrevi. Por isso, mais uma vez, peço desculpas pelo tamanho.

⏳ 12 horas antes

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12 horas antes...

As horas se passam e a cada volta do ponteiro no relógio, a minha vontade de estar em casa só aumenta. Infelizmente não existe folga prolongada para um dos poucos legistas que trabalham com a parte violenta e quase sem soluções da cidade. A cada pausa que faço, pego o celular e olho se tem mais alguma coisa.

Não sei o que é pior, receber avisos e mensagens perturbadoras, ou o completo silêncio. De qualquer forma, ambas refletem coisas ruins. No entanto, minha paz se reduz a cada minuto que passa e eu fico completamente no escuro.

Olho a hora no relógio preso na parede da sala de necropsia, e vejo que já está praticamente na hora de terminar o meu expediente. Hoje tive que trabalhar dobrado no instituto e infelizmente não irei conseguir ir para o outro. Se for para ser sincero, preciso admitir que hoje não estava nenhum um pouco disposto a ficar fora de casa.

Ando até a balança e coloco o órgão a ser pesado. Enquanto vejo os números subirem, escuto baterem na porta. Viro a cabeça de lado e mando com um acenar de cabeça, que o auxiliar novato vá ver quem é.

O Thomas conseguiu uma folga por causa do seu casamento e acabei tendo que ficar com auxiliares sem experiência alguma. Abrir os corpos estão se tornando estressantes por causa desses auxiliares que me mandam e fazem os procedimentos errados. Mesmo que eu ensine mil vezes, os sem talento tremem na hora de cortar a região torácica para os exames internos padrões. Não consigo entender o porquê de estarem aqui, se não são capazes de fazerem o básico! Ser bom na teoria não significa que irá se dar bem na prática. Para mim o que eles estão fazendo é perder o tempo deles em algo que não condiz com suas vocações.

- Kutner! - Meu nome é chamado, e antes de responder pego o fígado de cima da balança. Assim que me viro segurando o órgão com as duas mãos, vejo o Adan.

- Adan! O que veio fazer aqui? Ouvi que você tinha sido dispensado hoje. - Falo colocando o órgão em uma sacola para ser enviado para análise.

- Vim saber como está depois do acidente. Fui eu que atendi o corpo amassado pelo pneu do carro. Infelizmente eu não trabalhei com alguém competente igual a você para me ajudar a passar a solução do caso para os justiceiros de plantão.

- A justiça nessa cidade é uma piada, Adan! Não me surpreendo que não tenham chegado a solução alguma. E respondendo a sua pergunta, estou vivendo como posso. Agora as coisas estão ficando mais apertadas, não falo só em relação ao dinheiro, tem outra coisa acontecendo e meu tempo está se esgotando. - Respondo retirando as luvas e as jogando no lixo. Tiro o avental e o descarto também. - Auxiliar, leve essa sacola para o laboratório. Depois disso volte e termine de fechar o corpo desse homem, tudo bem? - Ele afirma e pega a sacola saindo do meu campo de visão.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora