"Todos têm o seu lado obscuro que - desde que tudo dê certo - é preferível não conhecer. "
E é a partir disso, que entraremos na mente e vida do Mikhail Kutner.
Obrigado a amadurecer antes mesmo de aprender a ler, Kutner precisou fugir de uma vida...
Não revisei esse capítulo, qualquer erro, relevem 😬
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O caminho todo até a minha nova moradia vou olhando os suntuosos edifícios dessa região de Manhattan. Por aqui ser um grande centro comercial, e o mais importante distrito financeiro, quase não se vê casas e ruas não movimentadas.
Passando pela estrada com muitos carros trafegando, dá para ver uma das linhas do metrô e acho incrível como ficamos pequenos ao olhar ele daqui de baixo.
Alguns minutos depois passamos por uma placa que identifica onde estamos e vejo que saímos de um distrito para o outro. Saindo do distrito financeiro, entramos no Queens e foi aqui, que além de ficar enfurnada dentro de um colégio interno, saia com a Amália pelas melhores boates de toda região. Lembrar da minha amiga me faz soltar um suspiro e pensar em tudo que fizemos nesses lugares. Amália era muito louca e me levava para cada lugar mais louco ainda...
Tenho que comprar um celular novo e tentar falar com ela, não sei como vou fazer isso, pois só sei os primeiros números do telefone dela. Não decorei, pois vivíamos juntas e não era necessário ficarmos nos contatando através do aparelho telefônico.
Entrando em uma rua mais afastada, onde os prédios vão diminuindo e uma entrada que identifica ser um condomínio fechado, vai se revelando, fico pensando em como pode ter essas partes tão afastadas do grande centro. Se você passa pelas estradas do centro, nunca imaginaria que há essa entrada que dá para um condômino desse porte. É tudo muito escondido e bem arquitetado.
As portas gradeadas e com o nome do condomínio se abrem rapidamente, e vamos passando até chegar em uma enorme casa no final da rua. Ela é bem afastada das outras residências, mas as outras também tem uma certa distância de cada uma que as cerca.
Abro a porta e desço, pegando em seguida a minha mala. Paro em frente a entrada, e se eu não soubesse do que meu pai participa, diria que é um lugar comum, onde vive uma família tradicional que gosta de arborização. Com toda certeza esse tanto de arbustos e plantas, é obra da Amy. Minha mãe sempre adorou cuidar de jardins e aqui mostra muito bem que tem dedo dela.
Vou andando na direção da porta de entrada e antes de chegar lá, tem umas escadas com um revestimento de pedras de diferentes tamanhos. Há uma pequena mureta com pedras do mesmo jeito que as do chão e em cima da mureta tem alguns objetos decorativos, como luminárias de jardim e um sapo que manda beijo. Chego a sorrir ao ver o tanto de plantas e árvores pequenas com os frutos saindo.
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