Capítulo 92

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A surpresa que a Laura teve ao ver o seu "sapinho" parado na porta, observando-a com seu jeito silencioso de ser, foi enorme

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A surpresa que a Laura teve ao ver o seu "sapinho" parado na porta, observando-a com seu jeito silencioso de ser, foi enorme. Ela não sabia se ficava sentada no banquinho próximo a mesa, ou se levantava para vir falar com ele. Ela ficou nesse impasse até que eu a chamei e disse que queria que ela ficasse o restante da noite comigo e o Mikhail. Lana nos observou curiosa, principalmente ao ver a figura dele parada do outro lado, atento a tudo a sua frente. Porém, ela não falou nada e só deu um sorriso tímido sem mostrar os dentes. A filhinha do Mikhail recolheu os seus papeis de desenho – se despedindo da Lana, indo até ela dar um abraço e avisar que amanhã faria companhia a ela – e eu vi em seus olhos o brilho animado por conseguir, finalmente, ter um momento a mais com o homem que ela já admira tanto. Laura, como toda criança curiosa, antes de entrarmos no quarto desordenado, perguntou o que tinha acontecido com o meu pé... Eu dou graças a Deus que esse quarto possui uma estrutura que impede os sons de saírem, senão seria muito mais complicado explicar a ela o motivo do barulho de vidro estilhaçando e móveis sendo arremessados. Bem, essa foi o meu maior empece, porque não sabia o que falar, realmente, quando ela entrasse naquele quarto e visse como tudo estava praticamente revirado.

Entretanto, para o meu alívio, ela só passou os olhos pelo local, claramente impressionada por tudo está daquela forma, mas ficou calada e olhou para o lado, onde o seu pai caminhava não tão a vontade, mas fazendo o possível para demonstrar que estava bem o suficiente para permanecer na presença dela e minha também...

Eu sabia que não estava sendo fácil para ele, eu podia ver pela sua forma de interagir com a conversa da Laura – onde ela antes de mostrar os desenhos, perguntava de várias coisas ao mesmo tempo – que fazia uma força intensa para manter o equilíbrio que a pouco tempo tinha sedado. Mikhail a respondia, tentando acompanhar a fala rápida e cheia de dúvidas sobre assuntos tranquilos, mas era claro que ele precisava muito de espaço... Mesmo assim, o tempo que se seguiu desde o momento que eu consegui trazer a Laura para o quarto, foi mais agradável do que eu tinha pensado inicialmente, quando falei que ele precisava da companhia dela. Quando a conversa cessou, ela disse que tinha os desenhos para mostrar a ele. E, tão rápido foi as mudanças de assunto, ela se virou de onde estava sentada na beirada da cama e, pegando os papeis que tinha apoiado de lado, começa a mostrar um a um, deixando por último o desenho que ela fez com a representação dele, minha e os dois meninos. A expressão dele não mudou, mas ele pegou o papel e observou a imagem, concordando e balançando a cabeça quando ela falava de cada um ali desenhado. Inclusive, quando chegou na parte dos dois garotos, ele a olhou mais atento, e a sua atenção a fez falar ainda mais, confidenciando com ele sobre como foi o seu sonho.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora