Capítulo 48

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"Devemos ter esperanças sempre,
pois a felicidade, todos nós poderemos encontrar!
Basta acreditar!

E para começar a viver um novo tempo,
o mais importante, para mim, é saber,
que eu estou de bem com a vida!

Retomarei o leme do meu barco, que estava à deriva.
A previsão do tempo indica que a tempestade logo vai passar...

Neste roteiro, quero cruzar os meus mares, rios e oceanos,
pois ainda tenho muito o que velejar!

Antes de partir, escrevo na areia, uma mensagem:

"Sempre haverá no céu, um arco-íris,
depois que a chuva passar...""

O final de semana passou lentamente, mas, ao contrário do que imaginei, não foi tão angustiante e aflitivo como achei que iria ser

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O final de semana passou lentamente, mas, ao contrário do que imaginei, não foi tão angustiante e aflitivo como achei que iria ser. Não sei, é difícil explicar, mas minha mente bloqueou de uma forma insana e muito intensa qualquer pensamento, lembranças e sensações que pudessem me deixar em um estado de profunda tristeza. Sempre procuro não catalisar os meus pensamentos no negativo, faço de tudo para não sucumbir as imagens, as palavras e ao que já aconteceu comigo. E nessa situação fiz de tudo, absolutamente de tudo para não deixar a minha mente ser levada para a profundeza que eu já entrei tantas e tantas vezes... Onde, quando ainda não sabia como contornar, acabava optando por um esquecimento momentâneo, que traziam muitos problemas. Outro fato que pode explicar meu estado mais calmo, talvez, seja porque não estou dormindo no meu quarto. No sábado eu tranquei a porta e fui escondida para o quarto da senhora Marícia. Ela está me ajudando de uma forma absurda. O seu cuidado comigo está sendo tão sincero, tão leve e entregue, que não consigo encontrar palavras de agradecimento suficientes para mostra-la o quão grata estou por estar sendo ajudada com tanto esmero de sua parte. Estou indo escondida dormir lá, mas vale a pena, pois tendo alguém comigo nessa casa infernal sinto a paz e a calma necessária para relaxar e ficar bem.

Bem...

Ficar bem é tão subjetivo.

Mas, irei fazer o possível para não mostrar o quanto tudo me abalou.

Demonstrar os sentimentos chama muita atenção e não há coisa mais triste e torturante do que ter que voltar a tocar no assunto, para informar ao outro um motivo lógico para não estar feliz.

Sem falar que eu não consigo dizer nada sobre o que acontece comigo... É sufocante e doloroso falar, e, além disso, é insuportável ter que ver nos olhos do outro a pena. Não gosto disso, e fico constrangida quando acham que precisam falar ou agir com cautela só porque passei por coisas fodidas. Quando eu conheci a minha amiga Amália, demorou anos para eu falar o porque de certas coisas me atormentarem... E assim que desabafei, contando tudo, odiei o fato de ela querer mudar o seu comportamento comigo.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora