"Todos têm o seu lado obscuro que - desde que tudo dê certo - é preferível não conhecer. "
E é a partir disso, que entraremos na mente e vida do Mikhail Kutner.
Obrigado a amadurecer antes mesmo de aprender a ler, Kutner precisou fugir de uma vida...
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Concordam? 👀
Não deixem de comentar e, por favor, me conceda a honra das suas estrelinhas? Beijo no coração de cada um de vocês.
Respira e não pira, o capítulo está grande 😅
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Dirijo concentrado, olhando algumas vezes para o cara desacordado ao meu lado. O único soco certeiro em seu nariz, fez o sangue escorrer, melando sua barba por fazer, entrando um pouco dentro dos lábios entreabertos. E, talvez, o pouco do sangue respingado em sua nuca, seja por um corte em sua cabeça devido ao impacto no muro. Tento pensar algo que fosse me trazer algum tipo de arrependimento, no entanto, simplesmente não consigo.
Esses sentimentos, e sensações de culpa, nunca me atormentaram e dessa vez não foi diferente.
Durante um bom tempo após o acontecido com a minha família, as crises de raiva extremamente agressivas, se tornaram um ponto comum nos meus dias. O Adan sempre tentou me ajudar, mas nada, absolutamente nada, foi capaz de manter a razão dentro de uma mente afundada, perturbada e sem um pingo de distinção do que pode ou não afetar o outro. Como um doente por sua droga, eu tinha à minha maneira de entorpecer e acalmar o meu estado, que era causando dor, sendo em mim mesmo ou em outra pessoa. Por mais que eu saiba que posso machucar, e acabar com alguém que não mereça, não consigo controlar os meus atos impulsivos, relacionados a minha personalidade hostil, e acabo deixando o que me consome impiedosamente, sobressair e sair ganhando da batalha interna contra os meus atos agressivos.
O Adan sabe que não há controle em meus atos nesses momentos. Essa não é a primeira vez que procuro liberar tudo que sinto em algo, e das outras vezes ele fez a mesma coisa se voluntariando para que eu aplacasse a raiva nele.
E eu fazia! Sem pena ou hesitação.
Um gemido dolorido entra pelos meus canais auditivos, e eu olho para o seu lado, vendo-o tentar sentar, puxando o cinto transpassado em sua lateral.
