"Todos têm o seu lado obscuro que - desde que tudo dê certo - é preferível não conhecer. "
E é a partir disso, que entraremos na mente e vida do Mikhail Kutner.
Obrigado a amadurecer antes mesmo de aprender a ler, Kutner precisou fugir de uma vida...
Oiiii meus amores, como estão? Se cuidando direitinho?
Bom, antes do casamento da Alexia será esse e mais um... Eu gostaria de saber o que vocês acham que vai acontecer? Eu posso garantir que máscaras vão cair...
Boa leitura, meus amores. Até o próximo capítulo ( Espero conseguir traze-lo logo, quero o casamento para ontem)
Olhem essa nova capa de capítulo (Eu não consigo definir uma, sou apaixonada na Lo. kkkk Mas creio eu que essa está muito lindaaa)
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A saída do Mikhail trouxe um floreio de incertezas e até um pouco de medo para mim. Não consigo confiar nas atitudes intransigentes que aquele homem, o futuro marido da Alexia, até então subcapo da organização, tem em relação a esse meio. Não é difícil entender o quanto ele não gosta de tal posição social... No dia do meu casamento pude perceber o quanto ele tinha raiva e queria ter um respeito muito maior do que eu poderia oferta-lo. O olhar dele é estranho, não tanto ameaçador quanto o do meu marido, mas, ainda assim, é um olhar que causa arrepios negativos. Dessa vez não consigo explicar, porém, algo nele me faz ter lampejos de recordações sem a formação de uma imagem em si. Não consigo ver na minha imaginação, apenas sentir uma mistura impertinente de sensações ruins e sufocantes. Por esse e outros motivos, que depois de amanhã não será um bom dia para mim. Ter que ir pela pura obrigação de estar presente em um enlace entre pessoas desnecessárias me cansa mentalmente antes mesmo de estar lá.
Algo grita sufocado dentro da minha mente, gritos que até agora não tomaram formas e muito menos expeliram significados. Entretanto, para não apagar a felicidade restaurada pela presença de pessoas boas, estou fazendo o melhor para manter essas ações involuntárias do meu cérebro bem escondidas e longe de causar qualquer efeito contrário e prejudicial para a minha própria saúde mental. Não está sendo fácil, mas sigo combatendo fortemente para que nada mude durante esse tempo que tenho a responsabilidade de cuidar de alguém que não merece presenciar constantemente distúrbios de uma mulher propensa a ter pensamentos um pouco... Dolorosos...
Durante o dia fiquei dentro do quarto – já não aguento mais esse único ambiente. Irei tomar providências para deixar esse lugar mais pessoal... Com uma cara de lar, para que seja agradável para todos que necessitam de um espaço aparentemente comum e acolhedor. – na companhia da Laura e da Lana. Antes de irmos até o quarto onde elas ficam, levei a Laura para um banho na banheira do meu quarto só para começar a sondar por partes o que vem acontecendo naquela casa tão infeliz. Aparentemente, com ela nada aconteceu... Na verdade, apenas palavras rudes e ignorantes do homem que me recuso a reconhece-lo como pai. Ela disse que ele a chamava para dizer que não deveria contar a ninguém, muito menos a mim, o que se passava naquela casa. Quem entreva, quem saia... Conversas que ela sem querer ouvia e tudo o que se passava ali não deveriam ser repassados para outra pessoa. Claro que seria assim, mas, a lealdade da Laura comigo é muito maior do que aquele verme pensa. A filhinha do Mikhail me contou que um homem estava indo quase todos os dias até lá. Mas sempre que ele chegava, a senhora Marícia deixava de fazer o seu trabalho para ir escondida busca-la. E nessa parte relatada, logo consegui associar... Então, o amigo do meu pai ainda retornava à aquela casa...
