📱 Capítulo 25 📱

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Depois de mais de dez horas dentro de um avião, finalmente desembarquei no aeroporto El dorado

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Depois de mais de dez horas dentro de um avião, finalmente desembarquei no aeroporto El dorado. O mais movimentado e ao mesmo tempo mais perigoso aeroporto da colômbia. Não é difícil passar e ver grupos sendo impedidos de entrarem no país, por estarem portando mercadorias fora do padrão. Aqui é tão constante o tráfico de drogas em malas, que assim que você entra, já dá de cara com vários policiais antidrogas com seus cães farejadores. Além dos agentes, que ficam ligados nos comportamentos de cada passageiro que passam pela emigração.

Assim que passei pelo detector, fui em direção a pista de táxis e na travessia até o outro lado, não tinha como deixar de notar em como esse país se desenvolveu. Claro que eu tinha apenas memórias rasas de uma adolescente que praticamente não saia de casa, mas, dez anos é suficiente para acarretar muitas mudanças em um lugar como esse.

Sendo filha de um político, escutava vez ou outra ele dizendo que o dinheiro estava entrando e a tendência do país era crescer e se desenvolver absurdamente. Não sei como anda a carreira do meu pai, já que a cada quatro anos o seu cargo é reelegido, e a fama dele não era de bom feitor. Por assim dizer, talvez em uma das candidaturas, não tenha recebido votos suficientes. Minha mãe falava que não, mas meus ouvidos eram muito bons e eu ouvia bem quando o Fabrizio gritava com alguém ao telefone e dizia que faltava dinheiro na mesa dele. De alguma forma, meu pai recebia tanto dinheiro, que só sendo um tonto para não perceber que vinha de algo ilegal e desvirtuado.

Como nada podia dizer, ficava na minha, mas entendia que o sustento da família, era de lavagem de dinheiro e mais sujeiras bem guardadas dentro daquele escritório em nossa casa.

Como me lembrava, o clima dessa região é bem friozinho. Ao contrário das outras cidades que estão a níveis mais baixos de altitude, essa se encontra no pico. Ou seja, é a cidade mais fria de toda colômbia. Não era nessa cidade que morávamos, no entanto, foi definido, de uma hora para outra, que iriamos residir aqui.

Trazendo três malas, e mais uma de costas, andar pela multidão é uma tarefa de louco. Meio malabarista, consigo puxar duas em uma mão e uma na outra.

– Señorita, ¿necesita un taxi para irse a casa? – Um senhor me aborda, já se curvando para me ajudar com as malas.

– Sí! – O respondo e essa é a primeira vez em dez anos que falo no meu idioma de origem. Pegando minhas duas malas, fico apenas na tarefa de segui-lo com uma. Abrindo o porta malas do seu táxi, coloca cuidadosamente minhas bagagens. – Gracias! – O agradeço sorrindo e entro, me acomodando no banco de trás.

– ¿Adónde va, la chica? ¿Qué dirección debo tomar? – Informo e explico o endereço a ser seguido.

Quando digo o local, ele muda sua fisionomia e o senhor apto e sorridente, se torna um mar de tristeza e boca fechada. O que pensei que seria uma viagem tranquila até a minha casa, se tornou uma travessia incomoda e sufocante. Não entendia sua mudança brusca de humor, mas sabia que era relacionado a algo que algum dos moradores daquela rua fez com ele, e, com certeza, meu pai deve ser o primeiro da fila a ter perturbado esse senhorzinho.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora