Capítulo 35 - Parte II

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Me ergo do chão e sem olhar para os lados, me apresso em levantar a tampa da abertura que libera a entrada para dentro do balcão, e saio chegando rapidamente à porta, sendo aturdida pelos gritos desesperados e dos pedidos aflitos por salvação de t...

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Me ergo do chão e sem olhar para os lados, me apresso em levantar a tampa da abertura que libera a entrada para dentro do balcão, e saio chegando rapidamente à porta, sendo aturdida pelos gritos desesperados e dos pedidos aflitos por salvação de todos que tiveram que pagar pelo erro de uma pessoa.

O barulho alto dos disparos, junto com a gritaria perturbadora, me paralisa com o braço erguido e a mão trêmula na maçaneta de puxar da lanchonete.

– Nã.não adianta fugir. Não adianta fugir, não adianta fugir. – Olho para trás ao ouvir o Arllen dizendo em um estado atônito, completamente perturbado, se balançando como se ninasse um bebê indo para frente e para trás, com as mãos cruzadas apoiadas em sua boca.

Quando escuto novos disparos, me alertando que ainda estou parada feito uma completa suicida na linha de fogo, abro desengonçadamente a porta e assim que consigo sair, na frente um carro antigo está parado e nesse momento quase perco a respiração por perceber que há alguém dentro. Mas, movida pela adrenalina e o medo de morrer, corro feito louca, procurando um beco que seja menos perigoso que os que estou passando e vendo que está repleto de drogados tão loucos que não saem do lugar, mesmo ouvindo os disparos e a confusão.

Um disparo que parece tão próximo me faz olhar para trás e ver o homem que deve algo, soltando um grito por terem acertado sua perna.

Continuo correndo e ele grita pedindo ajuda.

Ninguém ousa colocar suas cabeças nas janelas para verem o que está acontecendo. Também, quem seria louco de arriscar suas cabeças para olhar uma cena como essa?

Sentindo o cansaço bater e as costelas arderem a ponto de me fazer sentir uma queimação fortíssima, vou diminuindo o ritmo, pedindo que esse louco que não esperou sua morte, não consiga me alcançar, deixando seus rastros que chegariam até mim.

Sem saída, cansada e sem ar, entro no beco com algumas luzes presas nas laterais dos prédios, que não iluminam perfeitamente, mas deixam o beco em um tom amarelado, mostrando a neblina fria da noite passando embaixo do bocal que seguram as lâmpadas.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora