"Todos têm o seu lado obscuro que - desde que tudo dê certo - é preferível não conhecer. "
E é a partir disso, que entraremos na mente e vida do Mikhail Kutner.
Obrigado a amadurecer antes mesmo de aprender a ler, Kutner precisou fugir de uma vida...
Oi, amores. Uma coisa muito ruim aconteceu e eu não estou com cabeça para revisar o outro capítulo (no caso, o que seria o 66)
Esse consegui com muito esforço revisar, porque eu não posso deixar meu compromisso com vocês de lado.
No entanto, não estou bem e peço que me entendam.
Amanhã ou domingo eu posto o outro, eu só preciso espairecer a mente e deixar a dor de lado.
Enfim, um beijo.
Amo vocês leitores do meu coração 🖤
Espero que gostem do capítulo.
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Não sei quanto tempo havia ficado no mesmo lugar, desde o momento que ele mandou que eu subisse, no entanto, não aguentava mais ficar sentada, olhando o sol começar a sumir e trazer o escurecer de mais uma noite sem conseguir cumprir com todas as minhas metas que criei, desde o primeiro momento que eu me vi conseguindo sair da casa dos meus pais.
Quando o Fabrizzio falou do casamento, no primeiro momento eu senti a negação querer me dominar, senti o medo de acabar sendo jogada nas mãos de outro homem ruim, todavia, percebi que essa seria a melhor maneira de começar a tentar fazer as coisas darem certo não só em minha vida, como também na vida das outras prejudicadas que moram naquela casa avessa e cercada de monstros.
Eu sei que podia ser ilusão da minha cabeça... Afinal, como eu poderia proporcionar tantas transformações se eu sabia que na mente dos homens da máfia, a mulher não tem voz, nem imposição para resolver os assuntos?
Sem deixar as minhas vontades de mudança de lado, eu sei que certas coisas eu devo ir com calma...
Não é porque sou uma mulher diplomada, em um curso que me dá um certo poder, que posso sair usando as leis ao meu favor.
Com certeza não posso...
Eu vivo no errado.
Respiro e vivo na ilegalidade, vendo a inversão criminosa ser imposta goela a baixo.
Seria suicídio usar tudo que aprendi durante a faculdade...
Se eu cometesse a loucura de querer ir atrás da justiça, o fim não seria como eu quero.
Talvez, só piorasse as vidas de quem amo.
Talvez não... Tenho absoluta certeza, pois em todos os locais inimagináveis há aquele pronto para agir nessas situações.
Por tanto, é com calma que tentarei livrar minhas irmãs da mente doentia do pai. Livra-las de serem, talvez, as próximas vítimas do que ele deixava que acontecesse comigo. E também tem a minha mãe... Por mais que ela tenha seus erros – grandes e duvidosos – quero que ela sinta a paz de não ter que se preocupar em sofrer mais agressões.
Por mais que eu saiba que a calma é a minha melhor arma, ainda sinto uma angustia todas as noites antes de dormir.
Uma angustia relacionada a menininha que tanto me apeguei e que se tornou a minha principal fonte de luta.
